O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizou um "block trade" de 40 milhões de ações da Vale na tarde desta segunda-feira (16). Por volta das 17h40, os papéis da mineradora sobem 2,6%.
O preço definido de cada papel foi de R$ 63,62 e o banco embolsou R$ 2,5 bilhões com a operação, segundo informações de Valor Econômico, que informa ainda que o Morgan Stanley foi o principal comprador da transação, com ordem de 25 milhões de ações.
As ações Vale ON (VALE3) entraram em leilão a partir das 14h10, diz o jornal, e saíram às 15h04.
Por volta das 17h40, o volume financeiro movimentado com a ação Vale ON (VALE3) é de R$ 5,26 bilhões. É o papel mais negociado do mercado à vista hoje.
Segundo operadores e analistas, tratou-se de uma operação bem-sucedida que vai diluir o controle da empresa, uma vez que recentemente se encerrou o acordo de acionista da Vale que mantinha a companhia sob controle de um grupo de grandes investidores institucionais.
Há a visão, nesse sentido, de que grandes "players" devam entrar na empresa conforme ocorrerem novas vendas de fatia da Vale — como da parte detida pelo BNDES.
Em dia de vencimento de opções sobre ações, os papéis de Vale movimentaram cerca de R$ 680 milhões em opções de compra, diz a B3. No geral, o exercício de contratos movimentou 11,4 bilhões em opções de compra e R$ 2,6 bilhões em opções de venda.
Em agosto, o BNDES já havia feito uma venda de 2,56% do capital da mineradora — a fatia do banco então havia caído de 6,3% para 3,7%.
Na ocasião, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, disse em seu perfil do LinkedIn que havia se tratado do maior "block trade" — uma grande oferta de ativos realizada em bolsa — da América Latina, movimentando R$ 8,1 bilhões.
Na ocasião, a ação saiu ao preço de R$ 60,26 na operação.