O número de pedidos de seguro-desemprego caiu na primeira quinzena de abril, mas há um represamento de cerca de 200 mil pedidos, segundo o governo federal.
O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco disse que a fila de espera se deve ao fechamento de agências do SINE - embora estas estejam funcionando de forma remota.
O ministério da Economia calcula que haveria aumento dos pedidos de seguro desemprego, considerando março e abril, ante 2019, mas que não ultrapassaria 150 mil.
Oficialmente, o número de pedidos de seguro de desemprego na primeira quinzena de abril atingiu 267.693, uma queda de 13,8% em relação ao mesmo período do ano passado (310.509), segundo a Pasta. Até o momento, na segunda quinzena de abril, houve 235.328 solicitações. Em março, há queda de 3,5%.
Para Bianco, os dados até agora mostram que o Brasil está conseguindo preservar empregos formais. "Temos aumento do desemprego, mas Brasil está conservando muitos empregos", disse.
O secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo reconheceu que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é a principal base do mercado de trabalho formal do Brasil, mas que, no momento, com muitas empresas e escritórios de contabilidade fechados, fica difícil a coleta de informações para que se tenha uma base fidedigna.
O secretário afirmou que os dados do seguro-desemprego, informados nesta terça-feira em coletiva, são os melhores para analisar o cenário atual em meio à crise do coronavírus.
"Queríamos ter divulgação do Caged todos os meses, mas dado tem que ser fidedigno. Não é razoável que tenhamos essa divulgação agora."
A última divulgação dos dados do Caged ocorreu em janeiro, referente ao mês de dezembro.
São Paulo
São Paulo é o Estado que teve maior número de pedidos de seguro-desemprego em março, de 165.632, seguido por Minas Gerais, com 52.337 solicitações, e por Rio de Janeiro, com 41.628 pedidos, segundo Dalcolmo.
Na primeira quinzena de abril, foram 90.592 pedidos em São Paulo, 34.689 em Minas Gerais e 22.435 solicitações no Rio de Janeiro.
Por setores, Dalcolmo frisou que os resultados estão em linha como os padrões históricos, assim como os números gerais.