70% dos fundos de previdência que sofreram na crise já reverteram perda; e mais da metade tem retorno positivo no ano
Planos de previdência tiveram mais resgates que aportes em março e abril, mas quem resgatou porque entrou em pânico perdeu chance de recuperação
No mês de março deste ano, quando o pânico decorrente da pandemia de coronavírus tomou conta dos mercados, os planos de previdência privada viram R$ 10,1 bilhões em resgates, contra R$ 7,7 bilhões em aportes, resultando em uma captação líquida negativa de R$ 2,4 bilhões.
Foi o mês com o maior valor de resgate e pior captação líquida no período de janeiro a maio, data dos últimos dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). Em abril, a captação ainda foi negativa em R$ 1,5 bilhão, com aportes de R$ 4,9 bilhões e resgates de 6,3 bilhões.
Os planos de previdência evidentemente não passaram incólumes pela crise. Boa parte deles teve retornos negativos no período de março a maio. E quando falamos de investimentos onde as pessoas alocam suas reservas para a aposentadoria, é claro que isso assusta.
Porém, pelo seu foco no longo prazo, a previdência privada é justamente o investimento com maiores condições de se recuperar e atenuar os soluços do mercado com o passar do tempo. Deveria ser, portanto, o último a ser resgatado, ainda mais num momento de pânico.
É claro que muita gente pode ter resgatado a previdência no auge da crise por necessidade mesmo - mas aí, podemos questionar se a carteira dessas pessoas estava adequada ao seu perfil, uma vez que, antes de investir em previdência privada, é preciso ter, pelo menos, uma reserva de emergência.
Seja como for, tirando as pessoas que realmente precisavam do dinheiro e se viram sem alternativa se não sacar sua previdência privada, aqueles que entraram em pânico e resgataram assustados com os retornos negativos podem ter se convertido nos apressados que comeram cru.
Leia Também
Um levantamento da gestora de investimentos Magnetis que incluiu 1.016 fundos de previdência privada mostrou que 668 deles (65,75%) tiveram retorno negativo de 1º de março a 31 de maio, tendo sofrido, portanto, com a crise nos mercados.
Estamos falando, portanto, de fundos que têm alguma exposição a risco, não aqueles ultraconservadores, que praticamente só investem em Tesouro Selic e CDB de banco de primeira linha.
Destes 668 fundos, 464 - quase 70% dos que caíram na crise, portanto - conseguiram reverter a perda do período, obtendo retorno positivo de 1º de março até 29 de julho. E de todos os fundos que caíram na crise, 369 - ou 55,24% - acumulam retorno positivo em 2020.
Em outras palavras, a maioria dos fundos de previdência que sofreram com o pânico dos mercados por conta do coronavírus reverteu essa perda, e mais da metade já está no azul no ano. Quem não resgatou seus recursos, conseguiu recuperar.
Dos fundos que tiveram algum retorno negativo de março a maio, eu listei a seguir os dez com maior rentabilidade em 2020:

As duas primeiras colocações ficaram com fundos de renda fixa que investem em títulos de crédito privado, que sofreram com a alta dos juros futuros durante a crise, vendo seus preços caírem. Ainda assim, não são fundos muito arriscados.
Seja como for, mesmo com o revés no período de março a maio, esses dois fundos não só foram os mais rentáveis dentre os que tiveram retorno negativo no ano, mas também os mais rentáveis dentre todos os fundos de previdência do levantamento da Magnetis.
Note, ainda, que no restante do ranking aparecem vários fundos multimercados (FIM) e até um fundo de ações (FIA), que utilizam estratégias com ativos de maior risco em busca de retornos mais altos no longo prazo.
Eles não só conseguiram se recuperar, como exibem retorno positivo e interessante no acumulado do ano. Lembre-se de que, até 29 de maio, a taxa básica de juros (Selic) acumulava um retorno de apenas 1,94%.
Fica a lição
Mesmo com uma crise sem precedentes, em meio a uma pandemia como não se via em 100 anos, a maior parte dos fundos de previdência até agora conseguiu se recuperar. Se imaginarmos que se trata de um investimento de longo prazo, então, daqui a dez, 20, 30 anos, a crise do coronavírus provavelmente terá sido apenas um dos soluços do caminho.
“Como a previdência privada é um investimento de longo prazo, o investidor deveria justamente tomar mais risco. Com o tempo, as crises políticas e econômicas no meio do caminho se anulam, e o investidor fica com o retorno das estratégias de investimento”, observa Marcelo Domingos, sócio e CEO da DLM Invista, gestora responsável pela seleção dos fundos que compõem os fundos de fundos (FOFs) previdenciários do Banco Inter.
Assim, quem entrou em pânico e resgatou recursos da sua previdência privada pode ter perdido uma chance de recuperação. “Depois da globalização e com o avanço da tecnologia, a volta das crises costuma ser bem rápida. Os fundamentos não necessariamente voltam rápido, mas os mercados sim”, diz Domingos.
O gestor lembra a importância de ter uma carteira de previdência diversificada e com ativos descorrelacionados entre si, justamente para não sofrer tanto nas crises. O investimento em um fundo com múltiplos gestores é uma das formas de fazer isso.
De mais a mais, bons gestores também costumam aproveitar as oportunidades que se abrem na crise. “O investidor tem que entender essa volatilidade como natural. E, na hora que os preços baixam, se ele investe com os melhores gestores, eles vão justamente aproveitar para comprar a preços mais atrativos, complementa o gestor da DLM.
O corte da Selic vem aí? Resposta do Copom estará nas entrelinhas do comunicado desta Super Quarta
Na última reunião do ano, mercado espera mudanças sutis no comunicado do comitê para consolidar apostas de cortes nos juros já em janeiro
Estes brinquedos já custam quase o mesmo que um smartphone da Samsung; veja a comparação
Modelos premium de Barbie, Lego e itens colecionáveis chegam ao varejo com preços que rivalizam com eletrônicos
Haddad crava: votação de projeto contra devedores contumazes deve acontecer nesta terça (9); ministro tenta destravar pauta fiscal
Haddad vê clima favorável na Câmara para avançar em medidas que reforçam a arrecadação e destravam o Orçamento de 2026
CNH sem autoescola aprovada: veja como será o novo processo e quanto você vai economizar
As novas regras da CNH sem autoescola, agora dentro do programa CNH do Brasil, reduzem custos, flexibilizam aulas e ampliam o acesso à habilitação
Com dividendos no radar, Prio (PRIO3) é a queridinha do BTG Pactual, mas preço-alvo cai
A atualização veio na esteira do Investor Day, quando a petroleira forneceu mais detalhes sobre o momentum operacional e as prioridades
Como vai funcionar a renovação automática da CNH para quem é bom motorista
Novas regras da CNH incluem renovação automática para bons condutores, provas mantidas, instrutores autônomos e queda de até 80% no custo da habilitação
'Não devemos ficar em berço esplêndido, temos de fazer um esforço fiscal maior', diz Alckmin
“Nós estamos num momento importante, com 5,4% de desemprego, o menor da série histórica, e com 4,4% de inflação, caindo, isso é raro”, afirmou o vice-presidente
Mega-Sena 2949 distribui R$ 20 milhões hoje, mas Timemania rouba a cena e dispara para R$ 61 milhões; veja os prêmios das loterias da Caixa
Confira os valores oferecidos pela Mega-Sena, Timemania, +Milionária, Lotofácil e demais modalidades da Caixa nos sorteios desta terça (9) e quarta-feira (10)
A nova compra do Itaú (ITUB4), que envolve cartões de Casas Bahia (BHIA3), GPA (PCAR3) e Assaí (ASAI3)
O maior banco privado do país adquiriu as participações de três varejistas na Financeira Itaú CBD; entenda a operação
O ano dos bilionários: nunca houve tantos super-ricos quanto em 2025, e eles nunca foram tão endinheirados
Os quase 3 mil bilionários do planeta concentram fortunas de US$ 15,8 trilhões; alta é decorrente do crescimento das empresas ligadas à inteligência artificial
Loterias da Caixa: Quina sorteia R$ 7,5 milhões nesta segunda; Timemania, com R$ 61 milhões, lidera premiações da semana
Com dezembro avançando e a Mega da Virada no horizonte, prêmios se acumulam e movimentam apostadores de todo o país
Super Quarta no radar: EUA e Brasil decidem juros em semana de IPCA; confira a agenda econômica dos próximos dias
O calendário também conta com publicação de dados dos Estados Unidos de meses anteriores, já que a paralisação do governo norte-americano interrompeu a divulgação de indicadores importantes
Representante dos EUA diz que compromissos comerciais da China estão ‘indo na direção certa’
O fluxo entre os dois países já caiu cerca de 25%, afirma o representante comercial dos EUAZ. “Provavelmente precisa ser menor para que não sejamos tão dependentes uns dos outros”
Mega-Sena: Ninguém acerta as seis dezenas e prêmio vai a R$ 20 milhões
Quarenta e dois apostadores acertaram a quina e vão receber, cada um, R$ 42.694,24
Renda da população deve continuar subindo no curto prazo: isso é bom ou ruim para a economia? Veja qual o impacto na inflação e nos juros
Mesmo com desaceleração da atividade econômica, renda deve continuar em alta; no entanto, isso não preocupa tanto os economistas
XP vê início dos cortes da Selic em março, mas não descarta começo mais cedo: sinais são positivos, e um dado atrapalha
Com a desaceleração da inflação e valorização do câmbio, BC pode começar ciclo de cortes da Selic, mas gastos do governo ainda preocupam
Ao Cade, entidades se posicionam contra fusão Petz (PETZ3) e Cobasi, que criaria gigante de R$ 7 bilhões
Além disso, alegam que a fusão Petz-Cobasi eleva em 35% o risco de fechamento de pet shops de bairro
Relator de PL sobre fim da escala 6×1 apresenta novo texto, com jornada de no máximo 40 horas semanais
Prates também colocou um dispositivo que dá a possibilidade de regime de trabalho na escala 4×3, com limite máximo de 10 horas diárias
Metrô de SP testa operação 24 horas, mas só aos finais de semana e não em todas as linhas; veja os detalhes
Metrô de SP amplia operação aos fins de semana e avalia se medida tem viabilidade técnica e financeira
Salário mínimo de 2026 será menor do que o projetado; veja valor estimado
Revisão das projeções de inflação reduz o salário mínimo em R$ 3 a estimativa do piso nacional para 2026, que agora deve ficar em R$ 1.627
