Pacote do BNDES de ajuda a aéreas faz cinco meses sem liberação de recursos
Principal ponto de discórdia é o desenho formatado pelo banco de fomento para liberar o financiamento, por meio de um instrumento ainda pouco explorado no Brasil: os títulos de dívida conversíveis em ações
Logo após a covid-19 se tornar uma pandemia, em março, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, anunciou que estudava lançar um pacote de apoio ao setor aéreo, um dos mais afetados pela crise.
Em maio, as três principais companhias aéreas do País receberam cartas com condições gerais da linha de apoio. Mas, até agora, quase cinco meses após o primeiro anúncio, nenhuma operação foi fechada, embora o BNDES tenha aprovado, em meados de julho, R$ 3,6 bilhões para o programa.
Com esse orçamento, cada companhia poderá levantar no máximo R$ 2 bilhões - inicialmente, a cifra era na casa de R$ 3 bilhões. Impasses nas negociações entre o banco de fomento e as companhias são apontados como motivo para a demora.
O principal ponto de discórdia é o desenho formatado pelo banco de fomento para liberar o financiamento, por meio de um instrumento ainda pouco explorado no Brasil: os títulos de dívida conversíveis em ações.
Com a emissão desse papel, um dos principais custos fica com os acionistas, visto que ele leva a uma diluição de sua participação. Ao longo dos meses, as três companhias aéreas seguem reticentes sobre esse ponto.
O BNDES tem sido pouco flexível nas condições. A atual diretoria do banco e seu conselho de administração - chefiado por Marcelo Serfaty, que é próximo ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e tem participado ativamente do desenho das linhas de apoio - insistem num modelo de apoio "de mercado", sem subsídios.
Leia Também
Além dos títulos conversíveis, o modelo inclui a necessidade de que ao menos 30% do total dos papéis sejam vendidos a investidores do mercado - o BNDES ficará, no máximo, com 60%. Além do BNDES, os bancos privados também trabalham para colocar de pé o pacote e se comprometeram a ficar com 10% de cada operação.
Nesse desenho, o custo do financiamento, segundo apurou o Estadão/Broadcast, é CDI mais 4% ao ano, mais o bônus de subscrição, que é negociado em Bolsa. "De fato, não é barato. Mas isso não foi precificado pelos bancos. Foi o BNDES", disse uma fonte próxima às negociações, lembrando que o uso dos títulos conversíveis encarece o financiamento.
Ainda nas regras estabelecidas pelo BNDES está a obrigação de que os recursos levantados sejam investidos no Brasil e na operação - ou seja, não podem ser usados para pagar outros credores. Além disso, o BNDES tem reiterado que a operação não sai sem a participação mínima dos investidores privados e as companhias beneficiadas devem ter capital negociado no Brasil - o que não é o caso da Latam, listada no Chile.
As regras gerais do pacote do BNDES valem para todos os setores. O programa de apoio via títulos conversíveis em ações foi desenhado no contexto dos pacotes setoriais do BNDES em parceria com um sindicato de bancos privados. Inicialmente planejado para apoiar outros segmentos afetados pela pandemia, o programa acabou ficando só com as empresas aéreas.
A postura do BNDES nas negociações, alinhada com a política econômica "pró-mercado" do ministro Guedes, acabou encontrando eco no temor, por parte dos técnicos do banco de fomento, de serem responsabilizados pelas decisões em torno do apoio às empresas. Operações com títulos de dívida conversíveis estão no centro das acusações de desvios na atuação do BNDES no apoio ao frigorífico JBS, que levaram a uma série de investigações, entre elas a Operação Bullish.
Sem chancela do Tesouro para ajudar as aéreas, o BNDES desenhou a linha em condições de mercado para não assumir, ele próprio, os subsídios. O modelo serviria também contra futuras contestações dos órgãos de controle, já que as condições finais - montante financiado, taxas de juros e de conversão de títulos de dívida em ações - serão definidas em ofertas públicas. Haveria, portanto, pouca margem para ilações sobre favorecimentos.
Dois lados
Procurada ontem, a Azul não fez comentários específicos sobre o apoio do BNDES. A Gol afirmou que segue negociando com o BNDES e espera que a proposta de crédito possa ser definida em breve. A Latam informou que "as negociações continuam e espera poder contar com o financiamento do BNDES".
O banco não acrescentou comentários após o diretor de privatizações do BNDES, Leonardo Cabral, reafirmar a posição pró-mercado, na última sexta-feira. Apesar de o banco ter fechado questão sobre o modelo, executivos da instituição financeira já disseram publicamente que, como está, o programa é pouco atrativo às aéreas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Quanto ganha um piloto de Fórmula 1? Mesmo campeão, Lando Norris está longe de ser o mais bem pago
Mesmo com o título decidido por apenas dois pontos, o campeão de 2025 não liderou a corrida dos maiores salários da Fórmula 1, dominada por Max Verstappen, segundo a Forbes
Caso Master: Toffoli rejeita solicitação da PGR e mantém acareação em inquérito com Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central
A diligência segue confirmada para a próxima terça-feira, dia 30
Bons resultados do fim de ano e calendário favorável reforçam confiança entre empresários de bares e restaurantes para 2026, aponta pesquisa
O próximo ano contará com dez feriados nacionais e deve estimular o consumo fora do lar
O que aconteceu com o ganhador da Mega da Virada que nunca foi buscar o prêmio
Autor de aposta feita pelos canais eletrônicos da Caixa não reivindicou o prêmio da Mega da Virada de 2020 e o dinheiro ficou com o governo; saiba o que fazer para não correr o mesmo risco
Governo estabelece valor do salário mínimo que deve ser pago a partir de 1º de janeiro; veja em quanto ficou
A correção foi de 6,79%, acima da inflação, mas um pouco abaixo do reajuste do ano anterior
Caso Master: Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central vão depor frente a frente no STF
O objetivo é esclarecer as diferentes versões dos envolvidos na tentativa de compra do Banco Master pelo BRB
Das 4 praias mais limpas do Brasil, as 3 primeiras ficam em ilhas — e uma delas no sudeste
Entre as praias mais limpas do Brasil, três estão em ilhas e apenas uma fica no Sudeste, com critérios rigorosos de preservação ambiental
ACSP aciona Justiça Federal para garantir isenção de Imposto de Renda sobre dividendos de micro e pequenas empresas
A medida é uma reação às mudanças trazidas pela Lei nº 15.270, que alterou as regras do IR
Primeiro foguete comercial lançado pelo Brasil explode no céu; ações de empresa sul-coreana derretem
Após uma série de adiamentos, o Hanbit-Nano explodiu logo após a decolagem no Centro de Lançamento de Alcântara e derrubou as ações da fabricante Innospace
Bancos funcionam no Natal e no Ano Novo? Veja o que abre e o que fecha
Bancos, B3, Correios e transporte público adotam horários especiais nas vésperas e nos feriados; veja o que abre, o que fecha e quando os serviços voltam ao normal
Com atenção voltada para prêmio bilionário da Mega da Virada, Lotofácil abre semana fazendo um novo milionário
Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores ontem; prêmio principal da Super Sete foi dividido por dois apostadores
Ano eleitoral, juros menores e Ibovespa em alta: o que esperar da economia brasileira em 2026
Cenário global favorável para mercados emergentes deve ajudar o Brasil, e trade eleitoral será vetor importante para guiar os investimentos no próximo ano
Só 1 em cada 10 praias de São Paulo está imprópria para banho no início do verão; veja onde
Levantamento da Cetesb mostra melhora em relação ao ano passado e aponta que apenas 1 em cada 10 praias paulistas tem restrição para banho
Brasil tem hoje a última chance de lançar primeiro foguete comercial
Após quatro adiamentos por falhas técnicas, clima e problemas em solo, o Hanbit-Nano, primeiro foguete brasileiro comercial tem nesta segunda-feira a última janela para decolar do Centro de Lançamento de Alcântara
Mega-Sena interrompida: agora toda aposta vale apenas para o bilionário sorteio da Mega da Virada
Mega da Virada vai sortear pela primeira vez na história um prêmio de R$ 1 bilhão; sorteio está marcado para a noite de 31 de dezembro
Final da Copa do Brasil: veja o horário e onde assistir a Corinthians x Vasco
Após empate sem gols no jogo de ida, Corinthians e Vasco decidem o título da Copa do Brasil neste domingo, no Maracanã, com premiação milionária em jogo
“Nossos países não têm mais 10 anos a perder”: para Milei, lentidão do Mercosul é o que está travando acordos com a UE
Na cúpula do Mercosul, presidente argentino acusa o bloco de travar o comércio com burocracia, diz que acordos não avançam e defende mais liberdade para negociações individuais
Mega da Virada em R$ 1 bilhão: prêmio estimado bate os oito dígitos pela primeira vez
Ninguém levou o prêmio de R$ 62 milhões do último sorteio da Mega Sena neste ano, no concurso 2953, que foi a jogo ontem (20). Prêmio acumulou para Mega da Virada
Enquanto União Europeia ‘enrola’ Mercosul vai atrás do próximos na fila para acordos comercias; veja
Enquanto acordo com a UE segue emperrado, bloco aposta em Emirados Árabes, Ásia e Américas para avançar na agenda comercial
Último sorteio da Mega-Sena: R$ 62 milhões vão a jogo hoje no concurso 2.954. Depois, só a Mega da Virada
O concurso 2.954 da Mega-Sena sorteia na noite deste sábado (20) prêmio estimado de R$ 62 milhões. A partir de amanhã as apostas se concentram na Mega da Virada