🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Ouro: pode comprar que o FED garante

Chuva de dinheiro acompanhada de expectativa futura de estagflação pode ser o terreno perfeito para disparada do ouro: que comece a corrida.

27 de junho de 2020
11:00 - atualizado às 14:28

Antes de mais nada, quero alertar o caro amigo leitor que o título acima é enganoso. Marketing que fiz para atraí-lo para minhas linhas. Se você comprar ouro, baseado nas razões que farei desfilar no texto desta crônica, o FED não garante nada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Aliás, nem precisa. A coisa tem tudo para acontecer baseada em fundamentos próprios.

O que irá fazer com que sua operação dê lucro serão as atitudes que, julgo eu, o Federal Open Market Committee – FOMC –, órgão que define as taxas básicas de juros nos Estados Unidos, irá tomar nos próximos meses e anos.

No momento em que redijo esta coluna (16:35 de quinta-feira, 25 de junho) a onça troy do ouro spot está cotada a US$ 1.772,20 em Nova York. Estamos testemunhando os preços máximos de todos os tempos (desconsiderando-se a inflação americana).

Como quem lê meus trabalhos há bastante tempo sabe, gosto de indicar compras quando o mercado faz novos highs históricos. Não só se trata de um momento em que ninguém que comprou aquele ativo está perdendo, mas para que uma cotação suba desse modo tem de haver um motivo forte.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É o que está acontecendo com o ouro.

Leia Também

Só a título de ilustração, vou dar três exemplos de papéis negociados em Bolsa. Mesmo quem os adquiriu quando romperam novas máximas, lavou a égua.

Esse pessoal encheu as burras de dinheiro. Enricou.

Vamos lá: Microsoft, Apple, Magalu.

Com as commodities e outros ativos acontece a mesma coisa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As grandes altas do ouro costumam ser lastreadas em dois fundamentos básicos: taxas de juros (nominais e/ou reais) negativas e fraqueza do dólar. Isso porque estou falando na cotação do vil metal (desculpem o clichê) na moeda americana.

Das duas condicionais acima, no momento prevalece apenas a primeira: juros negativos. Isso em quase todo o mundo.

Ah, já ia me esquecendo. O medo também exerce grande influência no preço do ouro.

Durante a Grande Depressão, época em que falência de banco era não mais do que notícia de página do meio nos jornais, a onça subiu de US$ 20,63 (1929) para US$ 34,42 (1939), uma alta de 66,84%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isso numa década na qual a deflação era quase uma constante.

Leia Mais: O Plano da Sua Vida com Dara Chapman. Clique aqui para assistir.

Na média de todos os preços, algo que valia US$ 10,00 em janeiro de 1931 caiu para US$ 8,18 em dezembro de 1939.

Há uma razão acima de todas pela qual recomendo a compra de ouro. Desde o início da crise do coronavírus, os bancos centrais e os governos vêm imprimindo dinheiro sem parar, para salvar a economia semiparalisada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nos Estados Unidos, as autoridades monetárias estão também recomprando seus próprios títulos no mercado e agora se dispõem a adquirir papéis de empresas privadas. Tais como debêntures, por exemplo.

Trocando em miúdos: há uma chuva de dólares, euros, ienes, libras esterlinas, reais, etc.

Obviamente, as mineradoras de ouro não têm como acompanhar esse movimento. Procurar novas jazidas, ou reabrir as que se tornaram deficitárias, leva tempo. E o resultado é apenas um aumento residual na produção do metal.

Mais cedo ou mais tarde, essa inundação monetária se transformará em inflação. Ou melhor, estagflação, já que o PIB mundial levará anos para voltar aos níveis pré-pandêmicos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nessa oportunidade, dificilmente o FED irá adotar uma postura hawkish (contracionista), temendo uma depressão.

Poderemos ter uma repetição do que aconteceu na década de 1970. Em 1979, por exemplo, a inflação chegou a dois dígitos nos Estados Unidos (13,3%), pegando o Federal Open Market Committee no contrapé.

Naquele momento, a taxa básica era de “apenas” 13% ano.

Não por acaso, a estagflação dos Anos Setenta, combinada com juros negativos, causou um dos maiores bull markets do ouro de todos os tempos. O preço da onça subiu de US$ 36,56 (junho de 1970) para US$ 643,46 (julho de 1980).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ou seja, um aumento percentual de 1.660%.

Se, daqui a algum tempo, entrarmos em um cenário de taxas negativas com inflação alta, o ouro poderá subir muito. Muito mesmo. Não digo que será na mesma proporção dos anos 1970. Mas, de qualquer modo, em Wall Street, a Comex será cenário de um cemitério de ursos dourados.

A onça troy poderá bater 3 mil, 4 mil ou até 5 mil dólares. You name it.

Será não mais do que um replay de um filme antigo, que assisti quando tinha meus trinta e muitos anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Aproveito para indicar a leitura do livro “Ivan: 30 Lições de Mercado”  de minha autoria. Você pode ter adquirir as verdades mais importantes que TODO investidor deve saber, clique aqui.

Um grande abraço,

Ivan Sant'Anna

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje

16 de outubro de 2025 - 8:09

Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?

15 de outubro de 2025 - 19:57

Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)

15 de outubro de 2025 - 7:47

A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje

14 de outubro de 2025 - 8:08

Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China

14 de outubro de 2025 - 7:48

O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo

13 de outubro de 2025 - 19:58

Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?

13 de outubro de 2025 - 7:40

Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano

TRILHAS DE CARREIRA

ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho

12 de outubro de 2025 - 7:04

Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)

10 de outubro de 2025 - 7:59

No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação

SEXTOU COM O RUY

Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe

10 de outubro de 2025 - 6:03

Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)

9 de outubro de 2025 - 8:06

No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: No news is bad news

8 de outubro de 2025 - 19:59

Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)

8 de outubro de 2025 - 8:10

No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje

7 de outubro de 2025 - 8:26

No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso

7 de outubro de 2025 - 7:37

Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard

6 de outubro de 2025 - 20:00

O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)

6 de outubro de 2025 - 7:54

No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas

DÉCIMO ANDAR

Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?

5 de outubro de 2025 - 8:00

Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)

3 de outubro de 2025 - 8:06

Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos

SEXTOU COM O RUY

Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento

3 de outubro de 2025 - 7:03

Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar