Um risco a menos

Caro leitor,
No início do ano, antes de o coronavírus se espalhar pelo mundo, virar de cabeça para baixo todas as projeções para o futuro próximo e talvez mudar o nosso modo de vida para sempre, o principal risco citado por analistas e gestores para os mercados em 2020 eram as eleições presidenciais americanas.
Alguns agentes financeiros mais otimistas chegavam a citar o pleito como talvez o único risco do ano para os preços dos ativos. Eu achava meio exagerado. Afinal, aqui é Brasil. Mas ok. O temor dos grandes investidores, à época, era que o Partido Democrata acabasse indicando um candidato extremamente antimercado.
Com a chegada da pandemia, porém, o risco eleitoral americano se tornou algo menor. Ele não deixou de existir, e seu potencial complicador para uma situação que já está feia permanecia. Mas dado que todo mundo entrou em modo de sobrevivência - literalmente - e passou a se concentrar em apagar incêndios nas suas vidas pessoais, profissionais e financeiras, a verdade é que o mercado deixou para se preocupar com essa questão depois.
Pois hoje esse risco meio esquecido acabou por dar uma mãozinha aos mercados. O senador democrata Bernie Sanders desistiu oficialmente da corrida presidencial, que agora deverá ser disputada pelo ex-vice-presidente americano Joe Biden. Considerado da ala mais radical do partido, Sanders era o pré-candidato mais temido pelo mercado. O moderado Biden agrada bem mais aos investidores.
Com um risco a menos, as bolsas americanas fecharam em forte alta, e a bolsa brasileira foi a reboque. Na cobertura de mercados de hoje, o Victor Aguiar te conta exatamente como os mercados reagiram e também fala sobre os outros fatores que influenciaram as negociações.
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O que comprar agora
Para o nosso colunista Felipe Miranda, mente quem diz que sabe o que vem depois que o furacão do coronavírus passar. E quem ganhou dinheiro na queda dos mercados o fez por sorte ou por ter previsto a evolução da pandemia. No primeiro caso, nada a se vangloriar; no segundo, se é que alguém se enquadra nele, parabéns, sua visão superou até a dos melhores investidores do mundo. Em meio a essa crise, diz o Felipe, apenas uma coisa é certa: é preciso ser prudente e preservar o capital. Não quer dizer que você deva fugir totalmente do risco, mas sim que você deve correr os riscos certos. Quer saber que ativos comprar agora? O Felipe respondeu na sua coluna de hoje.
Não se esqueça do Leão
Em meio a essa enxurrada de notícias sobre coronavírus, quarentena, recessão e o sobe e desce das bolsas, pode ser que você acabe se esquecendo de algumas obrigações, como declarar o seu imposto de renda. Se você ainda não entregou a sua declaração e tem alguma dúvida sobre como prestar contas ao Leão, nós aqui no Seu Dinheiro estamos prontos para te ajudar. E montamos um projeto todo especial para isso. Saiba mais.
Faço mais, se for preciso
O Banco Central já fez o bastante para garantir a liquidez do sistema, mas pode fazer ainda mais, se for preciso. Esta foi a mensagem deixada pelo presidente da entidade Roberto Campos Neto hoje, em evento do Credit Suisse. Campos Neto disse que as medidas tomadas pelo BC superam as implementadas após a crise de 2008, o que não impede que o banco dos bancos use mais o seu arsenal. O presidente do BC também disse quando os bancos vão começar a pagar as folhas de salários das empresas.
Bye, bye, Brasil
O dólar continua a dar adeus ao Brasil. Até o dia 3 de abril, a saída da moeda do país em 2020 superou a entrada em US$ 13 bilhões, informou o BC. Esse fluxo cambial, afetado pela pandemia do coronavírus, fica bem contrastado com o mesmo período do ano passado, quando houve entrada de US$ 2,7 bilhões. E mares mais calmos não parecem estar à vista: segundo o Instituto Internacional de Finanças, os emergentes devem ter uma recuperação apenas moderada do fluxo de dólares neste ano, insuficiente para compensar as perdas.
Vínculo de trabalho?
A Justiça suspendeu a liminar que obrigava o aplicativo de entregas iFood a pagar um salário mínimo aos seus entregadores que fossem diagnosticados com covid-19, estivessem no grupo de risco ou então sob suspeita da doença. Mesmo assim, o iFood anunciou medidas para apoiar entregadores afetados pelo coronavírus. Confira os detalhes da decisão.
Sinal verde para a Petrobras
O Cade aprovou a venda de campos terrestres da Petrobras no Polo Tucano Sul, a 100 quilômetros de Salvador, para a Eagle. A decisão tomada pelo órgão antitruste não prevê restrições ao negócio. Deste modo, a estatal vendeu integralmente a participação na região por US$ 3 milhões.
Queda forte
O comércio mundial deve encolher entre 13% e 22% este ano, segundo a Organização Mundial do Comércio. O tombo é ainda maior do que o observado na crise financeira de 2008. Mas resta uma ponta de otimismo nessa história. O presidente da OMC acredita que é possível uma recuperação vigorosa e até muito rápida. Veja os detalhes nesta matéria do Estadão.
Melhor na foto
Após terem recebido críticas de outros países pela retenção de materiais necessários ao combate da pandemia de coronavírus, os Estados Unidos quiseram ficar melhor na foto e anunciaram a liberação de US$ 225 milhões em assistência médica, humanitária e econômica para auxiliar outras nações a combaterem a doença.
O bilionário quer ajudar
Mais um bilionário quer ajudar a combater a covid-19. O CEO do Twitter, Jack Dorsey, anunciou que vai doar US$ 1 bilhão à causa, o equivalente a 28% de sua fortuna pessoal. A bolada deve ser destinada a diversas áreas, como saúde, educação e renda básica.
Um abraço e uma ótima noite para você!
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