Quando o Carnaval chegou

No dia 21 de fevereiro de 2020, o Brasil se preparava para mais um feriadão de Carnaval, o último do mundo que amávamos. Enquanto os foliões desfilavam aglomerados nos blocos de rua, micaretas e desfiles de escolas de samba por todo o país, o coronavírus chegava ao Ocidente e fazia uma estreia inesquecível nas principais bolsas de valores do mundo.
Após a batucada pela rua, na quarta-feira a vida não continuou, ao contrário do que diz o samba de Walter Alfaiate. Na verdade, uma nova vida começou para o brasileiro, que passou a se preparar para a chegada do vírus às calorosas terras tupiniquins.
Logo no primeiro pregão após a folia, aquele que só começa no almoço da Quarta-Feira de Cinzas, os mercados brasileiros se ajustaram aos pares gringos e começaram a sua trajetória de queda livre. Começava a crise do coronavírus, uma crise sanitária, econômica e financeira sem precedentes na história.
Os foliões inveterados como eu ainda não podem se alegrar a respeito do Carnaval. A pandemia fez a festa do ano que vem ser cancelada, e não sabemos quando ou se voltaremos a celebrar a data como antes.
Mas hoje, a bolsa brasileira está praticamente onde estava naquele 21 de fevereiro, antes de o coronavírus desabar sobre as nossas cabeças. Naquela ocasião, o Ibovespa fechou a 113.681,42 pontos. Hoje, o índice terminou o pregão aos 113.589,77 pontos, mas por muito pouco não fechou acima dos 114 mil pontos. Só não chegou lá porque, no fim do dia, o que desabou sobre a cabeça dos investidores foi ele - sempre ele -, o teto de gastos. Mais uma tentativa de drible, e o rali dos últimos pregões deu uma parada.
O Felipe Saturnino conta, em detalhes, o que aconteceu na sua cobertura de mercados.
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EMPRESAS
• A Gol registrou, em novembro, fluxo de caixa positivo pela primeira vez desde o início da pandemia de covid-19, o que ocorreu antes do esperado. A companhia também vem aumentando sua oferta de voos. O Ivan Ryngelblum fala da recuperação da aérea nesta matéria.
• A Petrobras realizará uma nova rodada de licitação do Polo Urucu, no Amazonas. A estatal já havia recebido propostas da Eneva e da 3R Petroleum, mas surgiram dúvidas sobre a viabilidade das ofertas. Leia mais.
• O Airbnb pode elevar a faixa indicativa para o preço das suas ações na sua abertura de capital na bolsa. Caso a mudança ocorra, a empresa poderá captar até US$ 3 bilhões naquele que deve ser o maior IPO de 2020.
• As ações da Tesla podem disparar mais 300%, batendo o valor de US$ 2.500 e levando o valor de mercado da companhia a US$ 2 trilhões nos próximos três anos, diz o investidor de risco e fundador da Loup Ventures, Gene Munster. Entenda de onde vem a crença do gestor.
POLÍTICA
• O governo de São Paulo divulgou um plano de vacinação contra a covid-19 com início previsto para dia 25 de janeiro. A medida ainda depende dos resultados da fase 3 de testes da vacina e da autorização da Anvisa. Veja o cronograma.
• O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, negou frustração com o resultado do julgamento do STF que barrou a possibilidade da sua reeleição. O deputado disse que, com a decisão da Corte, "acabaram as desculpas" do governo e cobrou o avanço da pauta econômica no Congresso.
ECONOMIA
• O mercado financeiro aumentou a estimativa de inflação deste ano para 4,21%, mostra a edição de hoje do boletim Focus. É a primeira vez que a expectativa para o IPCA de 2020 fica acima do centro da meta, que é de 4% neste ano.
• Em meio a uma pressão internacional, o vice-presidente Hamilton Mourão reconheceu que se a chinesa Huawei não puder fornecer equipamentos para o 5G no Brasil, o custo da tecnologia no País será muito mais elevado. Leia mais.
• A ausência de uma solução do governo para o fim do auxílio emergencial fez surgir no Senado um projeto que reformula os programas sociais do País, incluindo o Bolsa Família. Conheça a medida.
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