Parece que o Copom agradou: o dólar de volta aos R$ 5

Em trajetória de queda desde o mês passado, o dólar retornou, nesta quinta-feira, para perto da marca psicológica dos R$ 5. Até bem pouco tempo atrás, tal valor para a moeda americana era considerado absurdamente alto, mas nada como um ano de acontecimentos extremos para colocarmos as coisas em perspectiva, não é mesmo?
Pois bem, hoje a divisa recuou forte ante o real e voltou para essa cotação que não víamos desde o início de junho. A continuidade do fluxo de recursos estrangeiros para a bolsa brasileira, bem como um leilão de swap do Banco Central foram alguns dos motivos do alívio.
Mas, em outra frente, parece que o comunicado do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na noite de ontem agradou, afinal.
Sob críticas de agentes de mercado e pressionado pela alta dos juros futuros, o BC ainda assim manteve os juros inalterados, sem se comprometer com altas futuras em breve, e reiterando que os choques inflacionários recentes são temporários.
Mesmo assim, o fato de ter oficialmente fechado as portas para novos cortes, acenando para uma possibilidade de alta na Selic antes do imaginado, parece ter contribuído para esse recuo da moeda americana. O mercado considerou o comunicado do BC “hawkish”, no fim das contas.
De quebra, hoje o Ibovespa fechou em forte alta, acima dos 115 mil pontos, e reduzindo a sua perda acumulada no ano para apenas 0,53%.
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MERCADOS
• Terceira maior rede de farmácias do país e novata da bolsa, a rede Pague Menos aprovou um programa de recompra de ações, operação comumente realizada quando as empresas acreditam que suas ações estão baratas.
• Depois de protagonizar a maior oferta pública inicial de ações do ano, a Rede D'Or estreou na bolsa em alta hoje. Veja como foi o primeiro dia de negociação e relembre a trajetória da empresa.
• Crise? Que crise? Apesar do ano difícil para o setor de turismo, a plataforma de hospedagem Airbnb conseguiu precificar suas ações no IPO em US$ 68, acima do teto da faixa indicativa, que já havia sido revisada para cima.
EMPRESAS
• A CSN melhorou as projeções para o desempenho operacional e financeiro em 2020 e 2021, o que agradou o mercado. Em evento da companhia com investidores, o presidente da siderúrgica, Benjamin Steinbruch, também negou falta de produto no mercado.
• Uma notícia triste para o mercado financeiro. Morreu hoje, aos 82 anos, o homem mais rico do Brasil, Joseph Safra, em decorrência de causas naturais. A informação foi repercutida por diversos órgãos e associações do setor. Confira nesta matéria.
ECONOMIA
• Sem vacina, nada feito. O economista-chefe do Citi Brasil, Leonardo Porto, afirmou que a vacinação contra a covid-19 no Brasil é essencial para sustentar a retomada. O Ivan Ryngelblum te conta tudo sobre as projeções do Citi para a economia brasileira em 2021.
• No Game of Thrones das eleições da Câmara, Paulo Guedes já tem seu favorito: Arthur Lira, do PP, seria visto pelo ministro como o mais alinhado às reformas que devem ser votadas em 2021. Mas a postura do deputado no passado depõe contra essa visão. Saiba mais sobre o xadrez da liderança da Casa.
• As vendas no varejo tiveram crescimento de 0,9% em outubro, acima das estimativas do mercado, e já acumulam seis meses seguidos de alta. Confira os dados divulgados hoje pelo IBGE.
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