Conheça o método 60/40, uma estratégia simples e eficiente para montar seu plano de aposentadoria
Estratégia perfeita exatamente para quem sabe que precisa investir, mas não têm muito saco para fazê-lo
Olá, seja bem-vindo ao nosso papo de domingo sobre Aposentadoria FIRE® (Financial Independence, Retire Early). Na semana passada, expliquei como você pode montar sozinho a sua carteira previdenciária, com apenas três ativos diferentes. Durante a semana, recebi vários e-mails de leitores do Seu Dinheiro curiosos com o método 60/40.
Reconheço que a sua simplicidade e, claro, os resultados históricos são bastante atrativos. Então, na coluna de hoje, eu vou explicar com um pouco mais de detalhes como implementar essa estratégia e a qual perfil de investidor ela se destina.
Calcinha bege
Apenas relembrando, a estratégia 60/40 é uma heurística super simples: propomos alocar 60% do portfólio do investidor em ações e 40% em ativos de renda fixa.
Para isso, não fazemos uma seleção sofisticada de ativos. Não recorremos à análise técnica e nem à fundamentalista.
Apenas aplicamos um algoritmo simples, definido pelo próprio mercado. Fazemos a nossa alocação com apenas três instrumentos de alta diversificação e baixo custo, os ETFs.
- um ETF para renda variável;
- um ETF para renda fixa;
- e um fundo com taxa zero e alta liquidez para a reserva de emergência;
Em outras palavras, essa é uma estratégia sem graça. Uma estratégia simples que você pode implementar de maneira mecânica, sem muito juízo de valor ou esforço analítico.
Leia Também
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
É a calcinha bege da alocação de ativos.
Mas… não confunda simplicidade com superficialidade
Investir pode ser muito complicado.
Sei disso pois eu tiro meu sustento justamente da complexidade que é analisar empresas e recomendar (ou não) suas ações.
Entre o primeiro contato com a empresa e a efetiva recomendação, eu e todos os outros analistas de investimentos que levam a sério seu ofício gastamos semanas de trabalho.
É preciso estudar as demonstrações contábeis, levantar informações, elaborar premissas, conversar com executivos, fornecedores, clientes, concorrentes, montar o modelo, testar diferentes cenários e enfim concluir: comprar ou vender.
Eu gosto de fazer isso. Mas tenho certeza que o mundo será um lugar melhor enquanto as pessoas como eu forem uma minoria.
Você, caro leitor, tem certamente outras prioridades que não a seleção de ações.
O restante do mundo tem o coronavírus para curar; pontes para construir; restaurantes para reabrir; famílias para cuidar, e por aí vai.
Apesar de todos nós, sem exceção, precisarmos investir e colocar o dinheiro para trabalhar a nosso favor, apenas uma minoria de nós terá prazer em fazê-lo.
Para a grande maioria, também conhecida como seres humanos normais e felizes, investir é um saco.
Por isso, uma estratégia simples e eficaz como o 60/40 é perfeita exatamente para quem sabe que precisa investir, mas não têm muito saco para fazê-lo.
E vai ser tão bom quanto dedicar tempo e esforço ao processo?
Se eu disser que sim, estarei dizendo que o meu ganha pão não é lá grande coisa.
Pois bem, foda-se: você pode sim ter resultados tão bons utilizando o método 60/40 quanto os resultados obtidos por profissionais que se dedicam todos os dias ao mercado financeiro.
Numa edição recente do nosso Empiricus FIRE®, eu e o Rodolfo Amstalden apresentamos a tabela abaixo aos membros da nossa comunidade.
Desculpe trazê-la em inglês, mas a compreensão é bastante simples: na primeira coluna, estão listadas diferentes categorias de fundos de investimento, e na segunda seu benchmark.
As colunas a seguir respondem a uma pergunta simples: do universo de fundos de investimento (profissionais que se dedicam diariamente ao mercado), quantos foram capazes de superar seus índices de referência em dado intervalo de tempo?
Saboreie agora, com volúpia, a última coluna da tabela.
Em praticamente todas as categorias de fundos de investimentos, após 15 anos de trabalho (e sobrevivência, que é o mais importante) cerca de 85% dos fundos costumam entregar retornos inferiores aos índices.
E os índices podem ser facilmente replicados com ETFs. Inclusive, geralmente por um único ETF.
Na mesma edição em que apresentamos a tabela acima, eu e o Rodolfo também listamos aos membros do Empiricus FIRE® os nossos ETFs preferidos para montagem da estratégia 60/40.
Aproveite enquanto você pode se juntar à comunidade por apenas 5 reais por mês.
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança
Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim