Ibovespa sobe e dólar cai, aproveitando o clima mais calmo no exterior
O Ibovespa pega carona no tom mais ameno visto lá fora e opera em alta, tentando recuperar o nível dos 80 mil pontos. O dólar à vista recua ao patamar de R$ 5,77

Após um início de semana mais pressionado, os ativos brasileiros encontram algum espaço para recuperação nesta terça-feira (12). O Ibovespa opera em alta desde o início do dia e tenta retomar os 80 mil pontos, enquanto o dólar à vista recua e se afasta das máximas.
Por volta de 14h30, o principal índice da bolsa brasileira avançava 0,85%, aos 79.736,09 pontos, num desempenho superior ao dos principais mercados acionários do mundo: na Europa, as praças mais relevantes tiveram ganhos moderados; nos EUA, o Dow Jones (+-0,56%) e o Nasdaq (-0,16%) oscilam perto da neutralidade.
No câmbio, o dólar à vista tinha baixa de 0,27% no mesmo horário, a R$ 5,8041 — lá fora, a moeda americana vai se desvalorizando em relação às divisas de países emergentes.
- Eu gravei um vídeo para explicar a dinâmica dos mercados nesta terça-feira. Veja abaixo:
Boa parte desse tom mais ameno visto no exterior se deve às sinalizações emitidas pelo governo chinês: mais cedo, Pequim anunciou que irá aumentar a lista de produtos dos EUA que estarão isentos de sobretaxações, colocando panos quentes nas recentes tensões comerciais entre os países.
Essa medida concreta por parte dos chineses se sobrepõe às ameças e declarações mais fortes do presidente dos EUA, Donald Trump, que tem tentado culpar a China pela pandemia de coronavírus — e usado esse discurso como pretexto para tentar descumprir os acordos comerciais firmados no ano passado.
Apesar desse alívio nas tensões entre as potências, o noticiário referente ao coronavírus no exterior ainda inspira cautela aos investidores. A possibilidade de uma nova onda da doença na China e em alguns países asiáticos é monitorada de perto e pode jogar um balde de água fria nos planos de reabertura das economias da Europa e dos EUA.
Leia Também
Ruídos políticos
No Brasil, o mercado segue atento ao cenário político: deve ser divulgado hoje o vídeo da reunião em que o presidente Jair Bolsonaro teria ameaçado de demissão o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro — e especulações quanto ao conteúdo e os desdobramentos da gravação podem aumentar a volatilidade nos ativos domésticos.
Além disso, permanece a incerteza quanto à possibilidade de veto presidencial ao reajuste de salários dos servidores públicos — a questão foi incluída na PEC de auxílio financeiro emergencial aos Estados e municípios, aprovada pelo Congresso.
Por mais que Bolsonaro tenha sinalizado diversas vezes que irá vetar esse reajuste, fato é que a promessa ainda não foi concretizada — o presidente diz que a decisão está sendo alinhada com a equipe econômica de Paulo Guedes e a assinatura deve sair até quarta-feira desta semana.
Assim, o mercado segue desconfiado quanto ao que poderá acontecer nesse front: por um lado, a continuidade do ajuste fiscal depende do veto, mas, por outro, a medida possui um caráter bastante impopular.
Nesse cenário cheio de dúvidas, não seria completamente surpreendente ver uma virada nos mercados brasileiros ao longo do dia, com as incertezas locais se sobrepondo à calmaria externa.
Ajustes nos juros
No mercado de juros futuros, os investidores reagem ao conteúdo da ata da última reunião do Copom: entre outros pontos, a autoridade monetária projeta uma queda forte do PIB no primeiro semestre e voltou a reforçar a possibilidade de um novo corte de 0,75 ponto na Selic na reunião de junho.
Dada a ausência de grandes novidades no documento, as curvas de juros passam apenas por ajustes pontuais — os vencimentos mais curtos têm leves altas, enquanto os DIs mais longos operam em ligeira queda:
- Janeiro/2021: de 2,47% para 2,52%;
- Janeiro/2022: de 3,27% para 3,35%;
- Janeiro/2023: de 4,46% para 4,47%.
Top 5
Veja abaixo os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa nesta terça-feira:
CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
IRBR3 | IRB ON | 8,42 | +9,35% |
BEEF3 | Minerva ON | 14,29 | +6,25% |
BRML3 | BR Malls ON | 8,36 | +5,16% |
BTOW3 | B2W ON | 91,41 | +5,14% |
CCRO3 | CCR ON | 11,71 | +4,18% |
Confira também as maiores baixas do índice:
CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
EMBR3 | Embraer ON | 6,99 | -2,78% |
NTCO3 | Natura ON | 33,29 | -2,52% |
CRFB3 | Carrefour Brasil ON | 18,97 | -2,12% |
QUAL3 | Qualicorp ON | 21,28 | -2,07% |
SBSP3 | Sabesp ON | 40,91 | -1,94% |
Trump tarifa o Brasil em 50%: o que fazer agora? O impacto na bolsa, dólar e juros
No Touros e Ursos desta semana, o analista da Empiricus, Matheus Spiess, analisa os impactos imediatos e de médio prazo das tarifas para o mercado financeiro
Ibovespa cai, dólar sobe a R$ 5,57 e frigoríficos sofrem na bolsa; entenda o que impacta o setor hoje
Enquanto Minerva e BRF lideram as maiores perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (14), a Brava Energia desponta como maior alta desta tarde
Na batalha da B3, Banco do Brasil (BBAS3) volta a perder para o Itaú (ITUB4) em junho, mas segue à frente de Bradesco (BBDC4)
Em junho, as ações do banco estatal caíram para o quarto lugar em volume negociado na B3, segundo levantamento do DataWise+
Gestores de fundos imobiliários passam a ficar otimistas, após sentimento negativo do 1º semestre; saiba os motivos
Após pessimismo da primeira metade do ano, sentimento vira e volta para o campo positivo, com destaque para os setores de escritórios e aluguel residencial
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) se salvaram, mas não a Embraer (EMBR3); veja as maiores altas e quedas do Ibovespa na última semana
Bolsa brasileira sentiu o impacto do tarifaço de Trump, sobretudo sobre as empresas mais sensíveis a juros; BRF (BRFS3) fechou com a maior alta, na esteira da fusão com a Marfrig (MRFG3)
Trump volta a derrubar bolsas: Ibovespa tem a maior perda semanal desde 2022; dólar sobe a R$ 5,5475
A taxação de 35% ao Canadá pressionou os mercados internacionais; por aqui, a tarifa de 50% anunciada nesta semana pelo presidente norte-americano seguiu pesando sobre os negócios
BRPR Corporate Offices (BROF11) estabelece novo contrato de locação com a Vale (VALE3) e antecipa R$ 44 milhões
O acordo, no modelo atípico, define que a mineradora passará a ser responsável por todos os encargos referentes ao empreendimento localizado em Minas Gerais
XP aponta seis ações defensivas para enfrentar o novo choque de 50% imposto pelos EUA — e duas possíveis beneficiadas
Enquanto a aversão a risco toma conta do mercado, a XP lista seis papéis da B3 com potencial para proteger investidores em meio ao tarifaço de Trump
Ibovespa escapa da sangria após tarifas de Trump, mas cai 0,54%; dólar sobe a R$ 5,5452
Após o anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em 1 de agosto, algumas ações conseguiram escapar de uma penalização dos mercados
Embraer (EMBR3) não é a única a sofrer com as tarifas de Trump: as ações mais impactadas pela guerra comercial e o que esperar da bolsa agora
A guerra comercial chegou ao Brasil e promete mexer com os preços e a dinâmica de muitas empresas brasileiras; veja o que dizem os analistas
Um novo segmento para os fundos imobiliários? Com avanço da inteligência artificial, data centers entram na mira dos FIIs — e cotistas podem lucrar com isso
Com a possibilidade de o país se tornar um hub de centros de processamento de dados, esses imóveis deixam de ser apenas “investimentos diferentões”
O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%
A bolsa brasileira vai negociar ouro a partir deste mês; entenda como funcionará o novo contrato
A negociação começará em 21 de julho, sob o ticker GLD, e foi projetada para ser mais acessível, inspirada no modelo dos minicontratos de dólar
Ibovespa tropeça em Galípolo e na taxação de Trump ao Brasil e cai 1,31%; dólar sobe a R$ 5,5024
Além da sinalização do presidente do BC de que a Selic deve ficar alta por mais tempo do que o esperado, houve uma piora generalizada no mercado local depois que Trump mirou nos importados brasileiros
FII PATL11 dispara na bolsa e não está sozinho; saiba o que motiva o bom humor dos cotistas com fundos do Patria
Após encher o carrinho com novos ativos, o Patria está apostando na reorganização da casa e dois FIIs entram na mira
O Ibovespa está barato? Este gestor discorda e prevê um 2025 morno; conheça as 6 ações em que ele aposta na bolsa brasileira agora
Ao Seu Dinheiro, o gestor de ações da Neo Investimentos, Matheus Tarzia, revelou as perspectivas para a bolsa brasileira e abriu as principais apostas em ações
A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano
O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora
Fundo Verde, de Stuhlberger, volta a ter posição em ações do Brasil
Em carta mensal, a gestora revelou ganhos impulsionados por posições em euro, real, criptomoedas e crédito local, enquanto sofreu perdas com petróleo
Ibovespa em disparada: estrangeiros tiveram retorno de 34,5% em 2025, no melhor desempenho desde 2016
Parte relevante da valorização em dólares da bolsa brasileira no primeiro semestre está associada à desvalorização global da moeda norte-americana
Brasil, China e Rússia respondem a Trump; Ibovespa fecha em queda de 1,26% e dólar sobe a R$ 5,4778
Presidente norte-americano voltou a falar nesta segunda-feira (7) e acusou o Brasil de promover uma caça às bruxas; entenda essa história em detalhes