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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Devolvendo os ganhos

Risco político volta a aumentar e faz o dólar subir quase 2%; Ibovespa fecha em queda

O dólar à vista saltou mais de 10 centavos em relação ao fechamento de ontem, pressionado pelas tensões entre governo e STF. O Ibovespa caiu mais de 1% hoje, mas ainda acumula ganhos de 8% desde o começo de maio

Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O dólar à vista e o Ibovespa vinham numa onda de alívio, sustentados pela menor percepção de risco dos investidores. Pois, nesta quinta-feira (28), esse quadro mudou: notícias mais preocupantes voltaram ao radar dos mercados, especialmente no Brasil — e, como resultado, os ativos domésticos passaram por uma correção relevante.

A moeda americana fechou a sessão de hoje em alta de 1,97% no segmento à vista, cotada a R$ 5,3832 — um avanço de mais de 10 centavos em relação ao fechamento de ontem, quando a divisa valia R$ 5,27. Ainda assim, o dólar continua acumulando uma baixa de mais de 3% na semana e de cerca de 1% no mês.

Na bolsa, o Ibovespa permaneceu no campo negativo durante quase todo o pregão, terminando o dia em queda de 1,13%, aos 86.949,09 pontos. Assim como o dólar, o índice também continua com um saldo positivo mesmo com o desempenho de hoje: desde o começo de maio, ainda avança 8%.

  • Eu gravei um vídeo para explicar melhor a dinâmica da sessão desta quinta-feira. Veja abaixo:

O comportamento do Ibovespa chama a atenção por ficar aquém dos demais índices acionários do mundo: na Europa, as principais praças avançaram mais de 1%; nos EUA, o Dow Jones (-0,58%), o S&P 500 (-0,21%) e o Nasdaq (-0,46%) tiveram baixas moderadas, após passarem boa parte do dia flutuando perto da estabilidade.

Esse tom mais pressionado na bolsa brasileira e no mercado doméstico de câmbio deixa claro que os fatores locais foram responsáveis por movimentar a sessão por aqui. E, em primeiro plano, apareceram as novas tensões em Brasília.

Governo e STF entraram em rota de colisão após a operação da Polícia Federal contra apoiadores da administração Bolsonaro. O presidente e seus aliados próximos elevaram o tom contra os ministros do Supremo, o que aumentou a percepção de risco político.

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Esse novo episódio ressalta a sensibilidade dos mercados ao noticiário vindo de Brasília e deixa claro como o equilíbrio de forças entre os Três Poderes encontra-se fragilizado — uma situação que, evidentemente, coloca em risco os planejamentos econômico e de saúde pública numa situação de pandemia.

Obviamente, esse tom mais apreensivo visto no Brasil serviu como argumento perfeito para a realização de lucros: considerando o rali visto na bolsa e o forte alívio no câmbio, os investidores tiveram hoje uma oportunidade perfeita para desfazer parte de suas posições.

Exterior cauteloso

Em paralelo às questões domésticas, também tivemos uma certa prudência no exterior, com os EUA e a China trocando farpas cada vez mais intensas. O centro da disputa, agora, é a independência de Hong Kong — o governo chinês deseja retomar o controle administrativo da ilha, uma aliada americana na Ásia.

O anúncio de que o presidente dos EUA, Donald Trump, fará uma entrevista coletiva amanhã para falar sobre a China contribuiu para piorar o humor dos agentes financeiros externos, colocando Wall Street de vez no campo negativo e pressionando ainda mais o Ibovespa.

Assim, as bolsas de Nova York assumiram um comportamento mais defensivo nesta quinta-feira, destoando do otimismo visto na Europa — por lá, o pacote de auxílio financeiro e o processo de reabertura econômica continua injetando confiança nos mercados.

Desemprego avança

Voltando ao Brasil, os investidores também reagiram com cautela aos dados do mercado de trabalho: a taxa de desemprego no país subiu para 12,6% no trimestre encerrado em abril, atingindo 12,8 milhões de pessoas. Trata-se de mais um impacto gerado pela crise do coronavírus e que aumenta o pessimismo em relação à economia doméstica.

O aumento no desemprego e a fraqueza da economia abrem espaço para cortes mais acentuados na Selic, de modo a estimular a atividade — e, assim, os DIs fecharam em ligeira queda na ponta curta quanto na longa:

  • Janeiro/2021: de 2,38% para 2,36%;
  • Janeiro/2022: de 3,22% para 3,19%;
  • Janeiro/2023: de 4,29% para 4,35%;
  • Janeiro/2025: de 5,99% para 6,02%.

Top 5

Veja abaixo as cinco ações de melhor desempenho do Ibovespa no momento:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
IRBR3IRB ON8,13+5,58%
USIM5Usiminas PNA6,00+5,26%
BRKM5Braskem PNA29,00+5,07%
VVAR3Via Varejo ON12,58+3,28%
GGBR4Gerdau PN13,53+2,04%

Confira também as maiores baixas do índice:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
IGTA3Iguatemi ON32,93-6,40%
MULT3Multiplan ON21,30-5,50%
YDUQ3Yduqs ON28,51-5,28%
MRVE3MRV ON15,75-5,23%
BRML3BR Malls ON9,95-4,88%

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