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Felipe Saturnino

Felipe Saturnino

Graduado em Jornalismo pela USP, passou pelas redações de Bloomberg e Estadão.

Touro do bitcoin

Não poderia haver uma crise melhor para o bitcoin, diz gestor da BLP Asset

Na esteira da impressão de dinheiro por bancos centrais, rodada de valorização “violenta” da criptomoeda deve começar em setembro, afirma Axel Blikstad, criador do primeiro fundo de criptoativos para o varejo do país

Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
22 de abril de 2020
5:12 - atualizado às 22:22
O gestor da BLP Asset, Axel Blikstad, está 'bullish' com a criptomoeda - Imagem: Shutterstock

A atual crise provocada pela pandemia do novo coronavírus não poderia ser mais bem-vinda para o bitcoin. A impressão de dinheiro desenfreada por bancos centrais ao redor do mundo, para realizar a operação de resgate de suas economias com corte de juros e compra de títulos, deve fazer com que as moedas tradicionais sejam penalizadas e percam valor, em algum momento. O resultado? Uma nova onda de apreciação do bitcoin, derivada de um “boom” de confiança no criptoativo como reserva de valor.

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Quem sustenta a hipótese é Axel Blikstad, sócio e gestor de fundos de criptomoeda e sócio da BLP Asset, um dos criadores do primeiro fundo de criptoativos para varejo do Brasil.

“Alguém paga a conta, alguma hora vem inflação”, afirmou Blikstad, em entrevista ao Seu Dinheiro, sobre as moedas fiduciárias. “No curtíssimo prazo, a conta não vem, porque tudo vai ser mais barato, como preço de imóvel, mas no longo, sim.”

De acordo com o gestor, o benefício do bitcoin é exatamente a sua escassez. Este aspecto da criptomoeda limita a sua oferta e pode fazer o seu preço se elevar ao longo do tempo. “Acho que o fundamento do bitcoin só se fortalece nesta crise”, diz Blikstad.

"Mais para o fim do ano, a partir de setembro, o bitcoin pode dar uma 'estilingada'" – Axel Blikstad, BLP Asset

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O gestor diz que, considerando os últimos cinco anos, nunca esteve tão "bullish" (otimista) quanto está agora em relação ao bitcoin. Blikstad espera que o bitcoin se valorize significativamente a partir de setembro, já que o processo de recuperação dos ativos leva “não dias e semanas, mas meses”.

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A aposta dele é de uma rodada de forte apreciação a partir de setembro, ainda mais violenta do que a de 2017, impulsionada pela maior confiança no ativo em meio aos programas de expansão monetária de BCs pelo mundo e uma maior digitalização do mundo pós-pandemia, que pode atrair pessoas para o bitcoin.

Pondera, no entanto, que apesar de estar "super bullish", o processo de incorporação de novos investidores para a criptomoeda é longo e depende de fazer as pessoas sentirem vontade de entrar no sistema.

Outro fator de sustentação pode ser o halving, processo que reduz à metade a recompensa a mineradores e a produção de bitcoin. Ele ocorrerá em maio, e, apesar de ser sabido e protocolado, também pode implicar em valorização do ativo.

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Isto porque, considerando a diminuição da oferta de um ativo, se a demanda permanece estável, o seu preço deve subir, diz o gestor.

Segundo Blikstad, a espiral positiva pode levar o bitcoin superar US$ 20.000, nível que a criptomoeda quase atingiu em dezembro de 2017, quando chegou a operar acima dos US$ 19.000.

Mas e a sangria?

Março foi o primeiro mês em que os mercados financeiros foram severamente punidos pela pandemia do novo coronavírus, desgastando tanto ativos tradicionais — as bolsas de ações ao redor do mundo, por exemplo — como o próprio bitcoin.

Na máxima intradiária de 2020, o criptoativo alcançou US$ 10.457,63 em 13 de fevereiro. Mas, exatamente um mês depois, atingiu o fundo do poço: na mínima de uma sessão, chegou a ser negociado a US$ 4.106,98. Uma queda maior que 60%, segundo dados do Yahoo! Finance. Nesta terça-feira, o preço do bitcoin estava acima de US$ 6.800.

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O bitcoin, então, falhou como reserva de valor?

Blikstad explica a deterioração. Ele acredita que em uma crise de liquidez como a atual, o normal é que os investidores se desfaçam do que têm em seus portfólios para obter dinheiro. É a máxima “cash is king”. E, estando nessas carteiras, o bitcoin também foi envolvido na realização do mercado.

“Bolsas corrigiram bem. Mas o mercado está muito otimista, otimista demais. Não faz sentido estar tão otimista.”

O movimento vendedor foi acentuado pelas peculiaridades do bitcoin: o mercado da criptomoeda não fecha e não possui travas de volatilidade — o chamado “circuit breaker”.

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Além disso, o gestor destaca o papel da BitMEX, a bolsa em que são negociadas moedas criptografadas e que permite alavancagens elevadas, de até 99%, para fazer lucros com uma pequena oscilação do ativo.

Isso gerou um desmonte em série de posições que estavam compradas na criptomoeda e foram zeradas para conter os prejuízos, considerando os níveis de alavancagem.

Otimismo demais?

A perspectiva positiva do gestor de fundos de criptoativos sobre o bitcoin contrasta com a cautela em relação aos ativos financeiros tradicionais: Blikstad acha que os mercados estão otimistas demais.

Ele argumenta que a correção para cima ocorrida nas bolsas recentemente não reflete os dados da economia real (como o nível crescente de desemprego, caso verificado nos Estados Unidos) nem ainda a contenção do coronavírus.

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O gestor da BLP Asset lembra também o peso do setor de serviços na economia global, cujas perdas "não dá para recuperar".

"Mercado está muito otimista, otimista demais", diz Blikstad. "Não faz sentido o mercado voltar tanto quanto voltou, se olhar para os números."

Segundo ele, a recuperação do mercado é uma reação à oferta de liquidez concedida pelos bancos centrais dos governos ao redor do mundo. Mas, ainda assim, é certo que a economia vai continuar a sofrer os impactos da pandemia, apesar da operação de salvamento.

O que poderia fazer o mercado ficar pessimista? "Uma segunda onda é um grande risco, me parece que também é agora o grande medo dos governos", diz o gestor, uma referência à possível volta de contágios pelo covid-19 nos países que já atravessaram a primeira leva de casos.

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