Suzano conclui megafusão com a concorrente Fibria
União das duas empresas brasileiras cria uma gigante global com capacidade de produção de 11 milhões de toneladas de celulose e 1,4 milhão de toneladas de papel por ano

A Suzano Papel e Celulose e a Fibria informaram nessa segunda-feira, 14, a conclusão da fusão entre as duas companhias, anunciada em março do ano passado.
A última etapa da operação foi realizada após a Suzano ter efetuado o pagamento de R$ 27,8 bilhões aos acionistas da Fibria, que passaram a deter participação na Suzano, nova marca da empresa.
A união das duas empresas brasileiras cria uma gigante global com capacidade de produção de 11 milhões de toneladas de celulose e 1,4 milhão de toneladas de papel por ano.
O grupo, que tem 11 fábricas no Brasil e 37 mil trabalhadores diretos e indiretos, exporta R$ 26 bilhões por ano e está presente em mais de 80 países. A operação já obteve as aprovações das autoridades concorrenciais dentro e fora do Brasil.
Maior transação
O anúncio da fusão entre Suzano e Fibria foi a maior transação realizada em 2018 - o negócio é avaliado em US$ 14,5 bilhões, seguida pela compra da fabricante brasileira de aeronaves Embraer pela americana Boeing.
Em relatório, a agência de classificação de riscos Moody’s informou que a conclusão desse negócio deve melhorar a qualidade de crédito da Suzano com benefícios de longo prazo em termos de escala, tamanho, flexibilidade financeira e sinergias operacionais entre as duas companhias.
“Embora os níveis de endividamento da Suzano tenham aumentado substancialmente por conta da transação, acreditamos que a empresa será capaz de reduzir a alavancagem rapidamente, dada a forte geração de fluxo de caixa que será direcionado para pagar a dívida”, informou a agência de classificação de risco.
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