A Suzano vai precisar de menos dinheiro dos bancos para viabilizar a compra da Fibria. O meganegócio de R$ 47,7 bilhões que criará a maior produtora de celulose do mundo previa originalmente a contratação de uma linha de crédito de US$ 4,4 bilhões (ou R$ 18 bilhões) com bancos estrangeiros. Agora, o valor comprometido pelas instituições para o financiamento foi reduzido pela metade, ou seja, US$ 2,2 bilhões.
Essa redução foi possível porque a Suzano conseguiu captar no mercado internacional US$ 1 bilhão com a emissão de títulos de dívida. Além de outros R$ 786 milhões (U$$ 200 milhões) em notas de crédito de exportação e crédito de produtor rural. A esses recursos se soma a própria geração de caixa da empresa.
O acordo para a união entre as empresas de celulose, anunciado em março, prevê que os acionistas da Fibria receberão um total de R$ 29 bilhões em dinheiro e 255 milhões em ações da Suzano.
Os acionistas da Suzano estão rindo à toa. O negócio impulsionou as ações da empresa, que registram valorização de 152% no ano, uma das maiores altas de toda a bolsa. Os papéis da Fibria têm ganho de 58%.