Decisão de Gilmar Mendes ‘destrava’ pagamento de ações sobre Plano Collor II
Nova decisão do ministro impõe uma derrota à União e abre caminho para que pagamentos reconhecidos pela Justiça sejam efetuados

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou atrás e decidiu nesta terça-feira (9) destravar processos de execução e cumprimento de sentença que tramitam nas diversas instâncias judiciais de todo o País envolvendo o pagamento de diferenças de correção monetária em depósitos de poupança decorrentes de expurgos inflacionários relacionados ao Plano Collor II.
Em outubro do ano passado, Gilmar havia determinado a suspensão desses processos, atendendo a pedido do Banco do Brasil e da Advocacia-Geral da União (AGU), que queriam estimular a adesão dos acordo firmado entre a União e entidades representativas de bancos e de poupadores, que foi validado pelo STF em março do ano passado. A suspensão deveria valer até fevereiro de 2020. Ao STF, o Banco do Brasil e a AGU haviam afirmado que o prosseguimento das ações estava desmotivando a adesão dos poupadores, "refletindo o insignificante número de adesões pelos clientes do Banco do Brasil".
Na prática, a nova decisão do ministro impõe uma derrota à União e abre caminho para que esses pagamentos reconhecidos pela Justiça sejam efetuados, ainda que os poupadores não tenham aderido ao acordo homologado. Na decisão, o ministro registrou que, apesar da determinação dada em outubro, não se teve registro de que a medida teria efetivamente estimulado a adesão dos poupadores ao acordo.
"Não se tem registro de que a suspensão nacional de liquidações, cumprimentos de sentença e execuções em trâmite no Judiciário relativamente a expurgos inflacionários decorrentes do Plano Econômico Collor II - conforme minha decisão de 31.10.2018 - tenha efetivamente estimulado a adesão de poupadores a formularem acordos", escreveu o ministro em sua decisão.
Gilmar também apontou que inúmeras petições apresentadas no processo demonstraram que houve "paralisia" nos processos de execução (pagamento) aos poupadores. Eles afirmaram ao STF que o dinheiro a que teriam direito nessas ações (as quais não cabe mais recurso) seria mais vantajoso do que o previsto pelo acordo.
O ministro ainda observou que, apesar de sua decisão anterior ser referente apenas ao Plano Collor II, alguns magistrados estenderam os efeitos da suspensão a questões relativas a outros planos econômicos. Assim, diversos processos em fase de liquidação, cumprimento de sentença e execução - "inclusive alguns casos já em vias de expedição de alvará de pagamento" - ficaram paralisados indefinidamente.
Leia Também
Como ficam os seus investimentos em renda fixa com a Selic em 11,75%
Taxa básica de juros deve subir mais ao longo do ano. Veja como fica o retorno das aplicações conservadoras de renda fixa com a nova alta da Selic
Como declarar poupança e conta-corrente no imposto de renda
Achou que não precisava declarar caderneta de poupança só porque ela é isenta de IR? Achou errado!
CDB: como ganhar mais que a poupança de forma prática e com a mesma segurança
Entenda o que é e como funciona o CDB, investimento de renda fixa de baixo risco que costuma ficar mais interessante em épocas de juro alto
Eles também precisam ser declarados! Saiba quais são os rendimentos isentos e não tributáveis no imposto de renda
Entre os principais rendimentos isentos estão bolsas de estudo, lucros e dividendos de empresas, indenização por rescisão de contrato de trabalho, além de rendimentos de aplicações financeiras. Confira como declará-los no imposto de renda 2022
A rentabilidade da poupança melhorou um pouco mais – e você talvez não tenha percebido. Vale a pena voltar para a caderneta?
A Taxa Referencial (TR) saiu do zero pela primeira vez em quatro anos devido às altas recentes nos juros, incrementando o retorno da caderneta
Saques na caderneta de poupança batem recorde histórico em janeiro; entenda os motivos
No mês passado, os saques superaram os depósitos em R$ 19,666 bilhões, superando o recorde negativo anterior
Poupança volta à remuneração máxima, mas, com saques trilionários, saldo fica negativo em 2021; entenda por quê
Após um recorde de captação em 2020, o saldo na aplicação, que é uma das preferidas dos brasileiros, ficou negativo em R$ 35,5 bilhões no ano passado
Nova alta da Selic muda a regra da poupança, que volta a render como antigamente. É hora de voltar para a caderneta?
Provável elevação de 1,5 ponto percentual na taxa básica de juros nesta quarta aciona gatilho que muda o cálculo da remuneração da poupança, que voltará à sua rentabilidade máxima. Mas isso não quer dizer que ela se tornou a melhor aplicação conservadora
O rendimento da poupança está em alta, mas os saques já superam os depósitos pelo quarto mês consecutivo; veja por quê
As coisas não estão fáceis para a caderneta: esse também foi o terceiro recorde negativo seguido para um mês na série histórica, iniciada em 1995
Nem a Selic segura: saques na poupança superam os depósitos pelo terceiro mês consecutivo
Assim como em setembro, a retirada líquida de R$ 7,4 bilhões foi a maior para o mês desde o início da série histórica, em 1995
Com retirada histórica em setembro, saques na poupança superaram os depósitos pelo segundo mês consecutivo
Nem mesmo a escalada da taxa Selic, diretamente ligada ao rendimento da caderneta, impediu que os saques superassem os depósitos no período
Com alta da inflação, crédito imobiliário ligado ao IPCA e poupança perde fôlego
Os financiamentos imobiliários reajustados pelo IPCA chegaram a movimentar R$ 1,2 bilhão por mês em 2020. Com os chacoalhões da economia, o volume caiu para R$ 300 milhões no fim do primeiro semestre de 2021
Em meio à alta da inflação, poupança quebra sequência de saldos positivos; é o fim do ‘retorno triunfal’ da caderneta?
Mesmo com a remuneração embolsando parcialmente os últimos avanços da taxa Selic, a aplicação não consegue acompanhar a alta dos preços
Poupança fará um retorno triunfal? Auxílio emergencial e Selic em alta ajudam e saldo da caderneta é positivo pelo 4º mês seguido
No ano passado, a aplicação já havia sido favorecida pelo pagamento do auxílio e registrou dez meses seguidos de depósitos líquidos
Poupança tem terceiro mês de captação positiva em junho; brasileiros depositam R$ 7 bilhões na caderneta
O resultado ocorre na esteira da volta do pagamento do auxílio emergencial para uma parcela da população
Brasileiros depositam R$ 72,6 milhões na poupança em maio, segundo mês de captação positiva
Considerando o rendimento de R$ 1,992 bilhão da caderneta em maio, o saldo total das contas chegou a R$ 1,021 trilhão, segundo o BC
Por que a poupança ainda atrai o investimento de milionários mesmo com retorno real negativo
Especialistas explicam quais fatores levam mais de 22 mil pessoas a deixaram essa dinheirama toda na aplicação que teve em 2020 o pior desempenho dos últimos 18 anos
Poupança tem maior retirada líquida em março em quatro anos
Fim do auxílio emergencial intensifica retirada; em março, os investidores retiraram R$ 5,83 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança
Como declarar poupança e conta-corrente no imposto de renda
Achou que não precisava declarar caderneta de poupança só porque ela é isenta de IR? Achou errado!
Eles também precisam ser declarados! Saiba quais são os rendimentos isentos e não tributáveis no imposto de renda
Entre os principais rendimentos isentos estão bolsas de estudo, lucros e dividendos de empresas, indenização por rescisão de contrato de trabalho, além de rendimentos de aplicações financeiras. Confira como declará-los no imposto de renda 2021