Em discurso de posse, Roberto Castello Branco quer Petrobras no posto de uma das maiores companhias globais
Executivo, que já foi diretor da Vale, prometeu uma profunda transformação na empresa
Roberto Castello Branco tomou posse nesta quinta-feira, 3, como presidente da Petrobras e já deixou claro sobre a maneira que pretende conduzir a petroleira. O executivo afirmou em seu discurso que a estatal vai passar por uma grande transformação e será comparável às maiores companhias globais. Disse também que a eleição de Jair Bolsonaro "é um marco histórico para colocar o Brasil no caminho da prosperidade".
"É hora de promover uma mudança transformacional para benefício dos acionistas, cujo controlador é o povo brasileiro", Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras.
O executivo, que já foi diretor da gigante da mineração Vale, foi aplaudido por uma plateia formada de representantes do setor de petróleo e gás. "O Rio de Janeiro (sede da Petrobras) poderá ser uma nova Houston (capital do petróleo norte-americano)", afirmou.
Castello Branco se comprometeu a acelerar a produção de petróleo para o Brasil poder ter tempo de explorar a totalidade das suas riquezas em um momento em que a eletrificação e as energias renováveis tomam conta do mundo, o que poderá ser feito com parcerias que, segundo o executivo, "são muito bem vindas".
"Nossa visão estratégica é simples: gestão do portfólio, redução do custo do capital, meritocracia, segurança e proteção ao meio ambiente", disse.
O novo presidente ainda demonstrou interesse em avançar no segmento de gás natural e citou o exemplo japonês, de utilização do combustível para fins automotivos, como alternativa a ser adotada também no Brasil.
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Privatizar ou não privatizar?
A privatização da Petrobras não está na pauta do governo Bolsonaro, disse Castello Branco. Em coletiva à imprensa após a cerimônia de posse, o executivo afirmou que "a redução da participação do governo na Petrobras não está sendo discutida".
Ele evitou adiantar possíveis mudanças que serão feitas na empresa, informando apenas que já viu o Plano de Negócios 2019-2023 da companhia e que, em princípio, achou "muito bom", mas que ainda precisa olhar com maior detalhamento. Castello Branco afirmou também que não terá nenhum problema na relação com os sindicatos ligados à companhia e que pretende ter uma relação aberta com a categoria.
E a política de preços?
Castello Branco deixou claro que a Petrobras continuará praticando o preço dos combustíveis em paridade com o mercado internacional e que é preciso dar um "sonoro não para os subsídios". Ele afirmou esperar que outros players entrem no segmento de refino para reduzir o monopólio da estatal.
O executivo afirmou também que a redução do custo do capital será prioridade e que, principalmente diante do atual recuo do preço do petróleo, será preciso reduzir custos na companhia, mas não deu detalhes. O desinvestimento de ativos terá prosseguimento e a nova gestão será "uma perseguidora implacável de desperdícios".
"A Petrobras é dominante na cadeia produtiva, desde a produção até a comercialização. Essa situação não é boa para companhia e nem para economia (do Brasil), por ser muito confortável. É preciso promover mudanças regulatórias e vender ativos", declarou. Ele disse ainda que pretende atrair o setor privado para ativos da estatal e que os recursos obtidos serão usados prioritariamente para abater dívidas e investir em ativos em que a Petrobras tenha retorno.
Castello Branco lembrou da necessidade de modernização da empresa para se equiparar às grandes petroleiras mundiais. "É fundamental a transformação digital e emprego da inteligência artificial para reduzir custos e aumentar produtividade".
Diretoria
Apenas com o novo chefe de gabinete escolhido - o vice-cônsul do Brasil em Nova York, Roberto Ardhenguy -, Castello Branco disse que ainda vai avaliar a nomeação dos seus diretores, e que serão escolhidos "por serem comprometidos com geração de valor". "A escolha de diretores será feita oportunamente", disse.
O presidente informou que vai avaliar a retomada da construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), cuja continuidade havia sido confirmada pela gestão anterior, de Ivan Monteiro.
Governo corre por fora
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, também discursou durante a posse de Castello Branco e sinalizou que o governo estuda fazer mudanças no setor de combustíveis. Ele prometeu, no entanto, respeito a contratos já assinados no segmento de exploração e produção de petróleo e gás natural.
Albuquerque disse ainda que vai garantir a transparência e a previsibilidade das ações a serem tomadas no governo. "Não haverá interferências do governo na área de óleo e gás".
O ministro lembrou que há uma tendência do mundo rumo à eletrificação e que, cada vez mais, há um paradoxo, que atinge em cheio o Brasil, entre a escolha do uso de energia fóssil ou renovável. Para Albuquerque, o gás natural brasileiro vai ajudar o Brasil a fazer essa transição energética, e que ainda serão necessários muitos investimentos no setor para abastecer o Brasil em crescimento.
Segundo ele, o país não pode desprezar o potencial do gás natural do pré-sal. Albuquerque afirmou ainda que estão "sendo pensadas" medidas para aumentar a concorrência no setor de óleo e gás no Brasil e que o novo governo tem esperança "nessa nova fase da Petrobras".
*Com Estadão Conteúdo.
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