O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que pode rever a política de preços da Petrobras se não houver prejuízos para a estatal. Ele deu a declaração na live semanal transmitida por sua página no Facebook diretamente de Dallas, no Texas (EUA).
"O pessoal reclama do preço da gasolina a cinco reais e me culpam, atiram para cima de mim o tempo todo. O preço do combustível é feito lá pela Petrobras. Leva em conta o preço do barril de petróleo lá fora, bem como a variação do dólar. Lógico que se a gente puder rever isso aí sem prejuízo para a empresa, sem problema nenhum, às vezes a política pode ter algum equivoco", disse o presidente.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que acompanhou Bolsonaro na transmissão afirmou que o preço dos combustíveis no País só poderão ser reduzidos quando houver "maior produção, quando não formos dependentes do petróleo que hoje em dia ainda continuamos exportando e importando grande quantidade de diesel, gasolina e até etanol".
Em abril, o presidente determinou que a Petrobras desistisse de aumentar o preço do diesel nas refinarias e a estatal cumpriu a ordem. O ação de Bolsonaro foi vista como uma interferência indevida na empresa.
Caminhoneiros
Albuquerque anunciou também que o governo iniciará os testes com o cartão do caminhoneiro no próximo dia 20 de maio. De acordo com o ministro, o cartão protegerá os motoristas das variações do preço do diesel no intervalo de 30 dias.
"Ele vai dar mais segurança, facilidade e flexibilidade e vai garantir o preço do combustível na forma de um cartão pré-pago por até 30 dias. Se o preço subir, o caminhoneiro vai ter a garantia do preço do diesel, e se o preço cair, ele pode pegar o cartão pré-pago, pegar o dinheiro dele e comprar mais combustível", explicou.
Segundo o ministro, os testes serão feitos no Paraná, em São Paulo e no Rio de Janeiro. A partir de 25 de junho, o cartão valerá em todo o território nacional.
*Com Estadão Conteúdo.