🔴 COPOM À VISTA: RECEBA EM PRIMEIRA MÃO 3 TÍTULOS PARA INVESTIR APÓS A DECISÃO – ACESSE GRATUITAMENTE

Estadão Conteúdo

Entrevista

‘Teremos um ciclo melhor do que o de 2006 e 2007’

Para o presidente do banco americano JPMorgan no Brasil, José Berenguer Neto, o ciclo de entusiasmo no mercado brasileiro tem potencial para ser maior do que o observado há mais de uma década

Estadão Conteúdo
18 de julho de 2019
9:32 - atualizado às 9:33
José Berenguer Neto, presidente do banco americano JPMorgan no Brasil - Imagem: PAULO GIANDALIA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/

O ciclo de entusiasmo no mercado brasileiro tem potencial para ser maior do que o observado há mais de uma década, mais precisamente no biênio de 2006 e 2007, período considerado como “de ouro” para o mercado de capitais no País. A opinião é de José Berenguer Neto, que preside o banco americano JPMorgan no Brasil desde 2013.

Para ele, a conjuntura benigna do exterior com juros baixos e inflação sob controle no Brasil devem impulsionar o mercado local, com investidores ampliando a busca por investimentos de maior risco. Em busca de rentabilidade, os investidores terão de abandonar o conforto da renda fixa, como títulos do Tesouro, que deixaram de ser atrativos em ambiente de Selic reduzida. “Salvo algum incidente, o que está se pintando no Brasil é um quadro muito favorável para o mercado de capitais”, disse ele, ao Estadão/Broadcast.

Leia os principais trechos da entrevista:

Quais fatores explicam o bom momento de mercado no Brasil?

Temos uma situação de abundância de recursos globalmente. Por outro lado, a população está vivendo mais e os fundos (principalmente de pensão) precisam de ativos mais longos. Isso acaba tendo impactos em mercados como o nosso, o brasileiro. Então temos, de um lado, uma política monetária super favorável e, de outro, a busca por retorno. Viveremos um ciclo de entusiasmo e de demanda maior do que em 2006 e 2007, porque naquela época a gente não tinha as condições de agora, especialmente em relação à política monetária, que não era tão relaxada no Brasil e nem no restante do mundo. Se não houver nenhum incidente, que não está previsto, teremos muita demanda por ativos por aqui.

Quando o capital estrangeiro deverá se voltar ao Brasil?

Leia Também

Os fundos estrangeiros dedicados a emergentes e Brasil estão com presença abaixo da média histórica. Ainda há espaço de mais demanda por ativos. Ao mesmo tempo, eles estão sem pressa, querendo ver reformas. Os ativos no Brasil ainda não subiram muito e os volumes dos estrangeiros são grandes. Se ele fizer uma compra de US$ 300 milhões, vai mexer muito com o preço e, dependendo do papel, nem conseguirá comprar. Suspeito que, nas próximas semanas, veremos um volume maior de estrangeiros comparado com locais. Aos poucos, estão voltando.

E investimentos diretos?

Nos últimos seis, sete anos, não me lembro desse investimento ter parado. É impressionante a resiliência do investidor de longo prazo no País. Mesmo em momentos de queda mais intensa do PIB, ainda querem comprar ativos. Isso de quem já tem operação aqui e aproveita momentos de estresse para ir à compra.

Como estão os private equities (fundos que compram participação em empresas)?

Essa safra de private equity está excelente. Os fundos que estavam capitalizados tiveram a chance de fazer compras a preços muito atrativos, tanto do ponto de vista de câmbio quanto de preço.

Em que momento o entusiasmo do mercado de capitais deve se refletir na economia real?

As condições estão aí. Taxa de juros baixa, demanda por investidores, reformas que a sociedade demandou. O processo, porém, demora. O que aconteceu de 2012 para cá machucou muita gente, pessoas perderam emprego. Não é um processo simples de retomada de confiança. A atividade virá, o que não se sabe é o ritmo e quando. O dinheiro captado será usado.

O que o mercado espera após a reforma da Previdência?

A reforma tributária será a próxima discussão, mas não está claro o que vem. Cada hora tem um balão de ensaio. Alguma coisa será feita. As pessoas que estão lá (na equipe econômica) são competentes, estudarão o assunto e trarão uma solução melhor que temos hoje.

Qual o crescimento do banco no Brasil?

O banco cresce de forma cadenciada. Nunca iremos dobrar de tamanho de um ano para outro. A primeira razão é por conta do risco. Dar crédito não é algo simples. Temos cuidado e somos cautelosos. A gente prefere ir devagar porque temos um plano de longuíssimo prazo. Da forma que enxerga o Brasil, o banco não está preocupado nesse trimestre, mas sim os próximos 30, 40 anos. Nos últimos sete anos, tivemos uma média de crescimento entre 15% e 20%. O Brasil daqui 20, 30 anos será uma economia importante. Haverá sobressaltos, solavancos, mas é uma economia com enorme potencial consumidor e uma estrutura de mercado que funciona.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DE GRÃO EM GRÃO

Camil tem café no bule? JP Morgan diz que sim e recomenda a compra de ações CAML3; saiba por quê

2 de junho de 2022 - 14:16

Segundo o banco norte-americano, o pior já passou em termos de ganhos, e a estratégia da empresa está apontando na direção certa após a entrada no mercado de café

METEOROLOGIA FREE-STYLE

Alerta de furacão na economia dos EUA: o CEO do JP Morgan avisa que uma tempestade vem aí – só não se sabe o tamanho dela

2 de junho de 2022 - 6:50

Comentários de Jamie Dimon foram feitos ontem, durante conferência nos EUA; segundo ele, os efeitos dos estímulos sairão de cena nos próximos meses

REVISÃO GERAL

JP Morgan corta preços-alvo de cinco incorporadoras da B3, mas ainda recomenda compra e projeta alta de até 43% para três nomes do setor — veja quais são eles

30 de maio de 2022 - 13:40

Com a inflação ainda sem mostrar sinais de desaceleração, os analistas revisaram as estimativas financeiras para todo o setor

CEO do JP Morgan leva cartão vermelho de acionistas e pode ficar sem bônus milionário; entenda a decisão rara

17 de maio de 2022 - 19:34

A desaprovação foi a primeira desde que as regras foram introduzidas, há mais de uma década

BÔNUS À VISTA

O CEO do JP Morgan merece um bônus de US$ 52 milhões? Os acionistas vão decidir hoje

17 de maio de 2022 - 11:42

Em 2021, o CEO do JP Morgan, Jamie Dimon recebeu um bônus de US$ 34,5 milhões, sendo um dos executivos americanos com maior remuneração

VOANDO ALTO

Embraer pode disparar 177% até o fim deste ano, segundo o JP Morgan; por que os analistas recomendam a compra de EMBR3?

12 de maio de 2022 - 14:47

Apesar de um resultado fraco no primeiro trimestre de 2022, a casa acredita que os papéis estão subavaliados pelo mercado e podem subir mais de 160% até dezembro

BDR À VISTA

É hora de comprar XP (XPBR31)? Potencial de alta do papel é de 45%, segundo JP Morgan; confira análise do banco

10 de maio de 2022 - 16:25

Os papéis da corretora esbarram em uma atividade ainda fraca do mercado de capitais, de acordo com o banco americano

FEBRE DA INFLAÇÃO

Qualicorp (QUAL3) tem preço-alvo e recomendação cortados pelo JP Morgan; saiba quais sintomas levaram a essa revisão

10 de maio de 2022 - 13:07

A administradora de planos de saúde divulga seus resultados do primeiro trimestre nesta terça-feira (10), após o fechamento do pregão; confira as projeções

SOL ENTRE NUVENS

JP Morgan rebaixa preço-alvo de seis ações na B3, mas ainda vê oportunidade de compra em quatro delas; saiba quais

14 de abril de 2022 - 16:33

Cenário macroeconômico brasileiro, pandemia de covid-19 e valor das commodities entraram na conta do banco para avaliar o potencial desses papéis

FUGINDO DE PUTIN?

Como os bancos de Wall Street estão driblando as sanções contra Rússia e negociando no país

11 de março de 2022 - 20:22

Goldman Sachs, JP Morgan e Deustche Bank são os primeiros a anunciar que estão deixando o país e podem ser seguidos por outras instituições financeiras globais

Hora de comprar

Quem tem medo das eleições? Para o JP Morgan, bolsa brasileira deve subir mais que mercados emergentes durante o ciclo eleitoral

3 de fevereiro de 2022 - 17:33

O banco norte-americano tem recomendação overweight — peso acima da média, equivalente a compra — para a bolsa brasileira e vê pouca influência da eleição sobre o desempenho das ações

TEMPORADA DE BALANÇOS TÁ ON

Tava ruim, tava bom, mas parece que piorou. Por que os resultados dos bancos derrubam as bolsas hoje em Nova York

14 de janeiro de 2022 - 14:46

JPMorgan, Citigroup, Wells Fargo e BlackRock dão o pontapé na temporada de balanços do quarto trimestre de 2021 com resultados que superam estimativas, mas não agradam

Alívio no Orçamento

Com receita acima do esperado, Economia reduz estimativa de rombo nas contas públicas em 2022

5 de dezembro de 2021 - 12:31

Considerando todo o setor público, o que inclui Estados e Municípios, as novas projeções da pasta preveem até mesmo um saldo positivo

Aperto monetário

Copom deve elevar Selic para 9,25% ao ano na próxima semana, aposta JP Morgan

3 de dezembro de 2021 - 17:49

Para o banco, a queda de 0,1% do PIB do terceiro trimestre e o avanço da PEC dos precatórios no Congresso fizeram com que as estimativas convergissem para a manutenção do ritmo de alta de 1,5 ponto

RECEITAS EM ALTA

Acredite se quiser! Governo pode ter primeiro superávit primário desde 2013 ainda neste ano

1 de dezembro de 2021 - 18:23

A notícia surpreende num momento em que um dos maiores temores do mercado financeiro é justamente o descontrole das contas públicas

Analistas respondem

Ações da Vale aprofundam queda com sinais ruins do relatório de produção e vendas no 3º trimestre. Hora de comprar VALE3?

20 de outubro de 2021 - 15:26

Analistas apontam que, enquanto a produção foi sólida, a venda de minério de ferro veio abaixo do esperado até pelas estimativas mais conservadoras

Potencial de 36% de alta

Como fica a XP após a separação do Itaú? Para o JP Morgan, é hora de comprar as ações da corretora

17 de outubro de 2021 - 14:15

A equipe do JP Morgan vê as pressões vendedoras nas ações da XP após a separação com o Itaú se dissipando; assim, a recomendação é de compra

BANCOS BOMBAM NOS EUA

Aumento nos lucros impulsiona ações do BofA, do Wells Fargo, do Citigroup e do Morgan Stanley no pré-mercado em NY

14 de outubro de 2021 - 9:44

Os quatro bancos norte-americanos registraram resultados bem melhores que o esperado no terceiro trimestre de 2021

VAI TER CALOTE?

Uma catástrofe à vista? Por que o presidente do JP Morgan está preocupado com o teto da dívida dos EUA

29 de setembro de 2021 - 12:30

Para além do ‘fechamento do governo’, com a suspensão dos serviços públicos, o teto da dívida pode levar a um calote da dívida pública norte-americana

Bilionário X Bitcoin

“Eu realmente não ligo para o bitcoin (BTC)”, afirma CEO do JP Morgan, que vê potencial de crescimento de até dez vezes para o preço da criptomoeda

27 de setembro de 2021 - 12:16

Em entrevista ao jornal Times of India, Jamie Dimon mostrou que segue com ceticismo em torno do mercado de criptomoedas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar