3,3 milhões de pessoas procuram trabalho há pelo menos dois anos
Dados divulgados pelo IBGE apontam que, no segundo trimestre de 2019, 1,8 milhão de desocupados buscavam trabalho há menos de um mês; desemprego está em 12%

O Brasil tem 3,3 milhões de pessoas procurando trabalho há pelo menos dois anos, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quinta-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse número representa 26,2% dos desempregados no país no segundo trimestre. O instituto explica que esse contingente vem crescendo desde 2016. Já o número daqueles que procuram trabalho há menos de um mês está em 1,8 milhão.
O IBGE ainda informa que a taxa de desocupação do país no segundo trimestre de 2019 foi de 12,0%, caindo em ambas as comparações: 0,7 pontos percentuais frente ao primeiro trimestre de 2019 (12,7%) e 0,4 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2018 (12,4%).
As maiores taxas foram observadas na Bahia (17,3%), Amapá (16,9%) e Pernambuco (16,0%) e a menores, em Santa Catarina (6,0%), Rondônia (6,7%) e Rio Grande do Sul (8,2%).
"Considerando-se as variações estaticamente significativas em relação ao trimestre anterior, a taxa recuou em 10 das 27 unidades da federação, permanecendo estável nas demais", diz o IBGE. As maiores variações foram no Acre, Amapá e Rondônia
A taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 24,8%. Piauí (43,3%), Maranhão (41,0%) e Bahia (40,1%) apresentam as maiores taxas, todas acima de 40%. Já as menores taxas ocorreram em Santa Catarina (10,7%), Rondônia (15,7%) e Mato Grosso (15,8%).
Leia Também
Desalento
O número de desalentados foi de 4,9 milhões de pessoas de 14 anos ou mais, ainda de acordo com dados da Pnad. Os maiores contingentes estavam na Bahia (766 mil pessoas) e no Maranhão (588 mil) e os menores no Amapá (13 mil) e em Rondônia (15 mil).
O percentual de pessoas desalentadas (em relação à população na força de trabalho ou desalentada) no 2º trimestre de 2019 foi de 4,4%, mantendo o recorde da série histórica. Maranhão (18,4%) e Alagoas (15,2%) tinham os maiores percentuais e Santa Catarina (0,9%) e Rio de Janeiro (1,3%), os menores.
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado do país era de 74,3%. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (87,6%), Rio Grande do Sul (83,3%) e Paraná (81,4%) e os menores, no Maranhão (50,3%), Piauí (52,0%) e Pará (52,7%).
Já a proporção de empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 25,7%. As UFs com os maiores percentuais foram no Maranhão (49,7%), Piauí (48,0%) e Pará (47,3%), e as menores taxas estavam em Santa Catarina (12,4%), Rio Grande do Sul (16,7%) e Paraná (18,6%).
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria era de 25,9%. As unidades da federação com os maiores percentuais foram Pará (35,6%), Amapá (35,1%) e Amazonas (34,3%) e os menores estavam no Distrito Federal (19,6%), Mato Grosso do Sul (20,9%) e São Paulo (21,7%).
Trabalhadores com carteira
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado do país era de 74,3%. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (87,6%), Rio Grande do Sul (83,3%) e Paraná (81,4%) e os menores, no Maranhão (50,3%), Piauí (52,0%) e Pará (52,7%).
A taxa de desocupação no Brasil, no 2º trimestre de 2019, foi de 12,0%, mas com diferenças significativas entre homens (10,3%) e mulheres (14,1%). Taxas mais elevadas entre as mulheres foram observadas em todas as grandes regiões. As mulheres também se mantiveram como a maior parte da população fora da força de trabalho, tanto no país (64,6%) tanto em todas as regiões. Taxa de desocupação foi de 10,3% para os homens e 14,1% para as mulheres.
O percentual de mulheres na população desocupada no 2º trimestre de 2019 foi de 52,8%. Na Região Nordeste, os percentuais praticamente se equiparavam, enquanto na Região Sul a estimativa para as mulheres chegava a 55,5%.
Já o nível da ocupação dos homens, no Brasil, foi estimado em 64,3% e o das mulheres, em 45,9%. O comportamento diferenciado deste indicador entre homens e mulheres foi verificado nas cinco Grandes Regiões, com destaque para a Norte, onde a diferença entre homens e mulheres foi a maior (23,8 pontos percentuais), e Sudeste, com a menor diferença (17,5 pontos percentuais.
Superando a média
Segundo o IBGE, a taxa de desocupação dos que se declararam brancos (9,5%) ficou abaixo da média nacional, enquanto a dos pretos (14,5%) e a dos pardos (14,0%) ficou acima. No 2º trimestre de 2012, quando a taxa média foi estimada em 7,5%, a dos pretos correspondia a 9,5%; a dos pardos a 8,7% e a dos brancos era 6,2%.
O contingente dos desocupados no Brasil no 1º trimestre de 2012 foi estimado em 7,6 milhões de pessoas; quando os pardos representavam 48,9% dessa população, seguido dos brancos (40,2%) e dos pretos (10,2%). No 2º trimestre de 2019, esse contingente subiu para 12,8 milhões de pessoas e a participação dos pardos passou a ser de 52,1%; a dos brancos reduziu para 34,7% e dos pretos subiu para 12,2%.
Ainda de acordo com dados da Pnad, o rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 2.290. Este resultado apresentou queda em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.321) e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.295).
Por unidades da federação, Paraná (R$ 2.488) e Distrito Federal (R$ 3.945) tiveram redução de 4,3% e 4,7%, respectivamente, na comparação trimestral. Frente ao 2º trimestre de 2018, não houve variação estatisticamente significativa do rendimento médio real em nenhuma unidade da federação.
Informalidade puxa queda
Em análise sobre os números trimestrais, a analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, afirmou que há uma tendência de redução na taxa de desemprego em quase todo o País, mas ainda puxado pela informalidade ou por um movimento sazonal de recuperação de contratações na passagem do primeiro trimestre para o segundo trimestre.
"A gente sabe que o segundo trimestre de cada ano é momento em que de fato há tendência de queda (na taxa de desemprego), faz parte. Porque você vem de primeiro trimestre, do processo de dispensa de temporários, tem redução no número de pessoas trabalhando. E no segundo trimestre isso tende a ser revertido", explicou Adriana.
"Em algumas unidades (da federação), mesmo que não tenha queda estatisticamente significativa, você tem tendência de redução (da taxa de desemprego). Esse movimento de tendência de redução da taxa de desocupação acontece em quase todo o País", disse a pesquisadora.
Segundo Adriana, repor o estoque de empregos perdidos durante a crise ainda é um desafio para todo o País, especialmente os postos de trabalho com carteira assinada.
"Todas as regiões registraram aumento na população ocupada no segundo trimestre, mas não necessariamente se reverteram em aumento de carteira assinada. Só em casos pontuais. O substancial, o relevante do aumento da população ocupada foi via emprego sem carteira e conta própria", apontou a analista do IBGE.
Adriana lembra que os serviços com menos qualificação são os que vêm absorvendo mais trabalhadores, com rendimento menor, muitas vezes sem carteira de trabalho assinada. Em função da precariedade da inserção desses trabalhadores no mercado de trabalho, o aumento na população ocupada não tem elevado as contribuições previdenciárias.
"Então há espaço muito grande no mercado de trabalho para se reconstruir. Somente com os meses vamos observar se essa melhora quantitativa será de fato acompanhada por ganhos qualitativos no mercado de trabalho", concluiu Adriana.
*Com Estadão Conteúdo.
Empregos da área de tecnologia são os mais promissores para 2022; veja a lista completa de oportunidades
Segundo a lista Empregos em alta em 2022 do LinkedIn, o setor de tecnologia e computação se destaca nas profissões mais promissoras para este ano, seguido por marketing, vendas e experiência do usuário
AGORA: Ibovespa futuro avança próximo da estabilidade e dólar cai de olho no exterior positivo e nos balanços dos bancos de hoje
As commodities permanecem em rota de valorização, com o petróleo e o minério de ferro em destaque hoje
AGORA: Ibovespa futuro abre em queda com cenário externo negativo e greve dos servidores pressiona local; dólar sobe
O balanço de grandes bancos dos EUA, como o Bank of America e o Goldman Sachs, permanece no radar do investidor internacional hoje
AGORA: Prévia do PIB vem acima do esperado, mas Ibovespa futuro abre em queda e dólar avança pela manhã
O PIB da China animou os mercados nesta segunda-feira, com resultados acima do esperado pelos analistas
AGORA: Ibovespa futuro abre em leve queda, mesmo com dados do varejo acima do esperado; dólar opera com estabilidade
O exterior opera sem direção definida pela manhã, antes dos balanços de grandes bancos nos Estados Unidos
AGORA: Ibovespa futuro abre em queda com exterior sem direção e serviços crescem em novembro, segundo IBGE; dólar sobe
Os investidores digerem os dados de inflação dos EUA de ontem e permanecem de olho nas falas de dirigentes do Fed hoje
AGORA: Ibovespa futuro recua, mesmo com bolsas no exterior em alta antes da inflação dos EUA; dólar avança
Os investidores aguardam ainda a divulgação do Livro Bege na tarde de hoje; saiba o que esperar
AGORA: Ibovespa futuro abre em queda após IPCA fechar 2021 em 10,06% e dólar cai
Ainda hoje, Roberto Campos Neto deve se reunir com servidores do Banco Central, descontentes com o reajuste de apenas um setor do funcionalismo público
AGORA: Ibovespa futuro abre em queda, com piora das bolsas no exterior e dólar sobe hoje
Panorama local permanece atento ao risco político-fiscal e internacional aguarda divulgação do Livro Bege
Ritmo de contratações desacelera nos EUA e frustra expectativas — mas, ainda assim, Biden classifica desempenho como histórico; entenda
Rendimento médio por hora trabalhada continua a crescer e o desemprego registra mais uma queda consecutiva. A inflação segue no radar
Ibovespa volta a recuperar os 102 mil pontos, mesmo com exterior negativo; dólar aprofunda queda
Bolsas americanas recuam após payroll, segurando a alta da bolsa brasileira
AGORA: Ibovespa futuro abre próximo da estabilidade e dólar recua após abertura
A variante ômicron permanece no radar dos investidores internacionais e semana caminha para fechamento negativo da bolsa brasileira
Mesmo após ata ‘agressiva’ do Fed, Ibovespa sobe forte após três pregões de queda; dólar tem leve queda
As bolsas pelo mundo operam majoritariamente em queda, enquanto o índice brasileiro tenta reverter as perdas da semana
AGORA: Ibovespa futuro sobe, enquanto bolsas no exterior recuam e dólar avança; bitcoin (BTC) despenca na madrugada
O Ibovespa futuro abre em alta de 0,33% aos 102.000 pontos, apesar do risco fiscal no cenário doméstico
Ibovespa recua mais de 2% após Fed sinalizar fim definitivo dos estímulos monetários da pandemia; dólar vai a R$ 5,73
A ata da última reunião do banco central norte-americano azedou os mercados e chegou a fazer o Ibovespa encostar nos 100 mil pontos
Ata do Fed piora humor dos mercados e Ibovespa volta ao patamar dos 100 mil pontos, em recuo de 2,5%; dólar sobe a R$ 5,73
A covid-19 também permanece no radar, com recorde de novas infecções em todo o mundo devido a variante ômicron
AGORA: Mesmo com exterior misto antes da ata do Fed, Ibovespa futuro sobe e dólar abre em queda hoje
A variante ômicron permanece no radar dos investidores internacionais, com novas informações sobre infecções e letalidade
Risco fiscal faz juros futuros dispararem e bolsa tem mais um dia de perdas; dólar vai a R$ 5,69
O cenário doméstico se sobrepõe ao exterior, com risco fiscal e ameaças de paralisação do Banco Central no centro do debate nacional.
Ibovespa desacelera queda e dólar passa a recuar com dados mistos dos Estados Unidos e alta do petróleo
O cenário doméstico se sobrepõe ao exterior, com risco fiscal e ameaças de paralisação do Banco Central no centro do debate nacional
AGORA: Ibovespa futuro abre em alta puxado pelo exterior e dólar avança antes da ata do Fed amanhã
A variante ômicron permanece no radar dos investidores internacionais, com novas informações sobre infecções e letalidade