Mergulhe no maravilhoso mundo dos cafés especiais
Além de apreciar safras de pequenos produtores, amantes da bebida podem tomar um banho terapêutico ou sobrevoar plantações a bordo de um balão
O universo dos cafés especiais desperta paixões há muito tempo, mas nos últimos anos esse terreno se tornou ainda mais fértil do país. Hoje, é possível não apenas acessar produtos diferenciados, de pequenos produtores antes desconhecidos, como desfrutar de experiências sensoriais que envolvam a bebida.
Que tal um banho terapêutico de café? Dá também para conhecer plantações a bordo de um balão ou simplesmente curtir um “sunset coffee” no alto de uma montanha, apreciando o pôr do sol após um piquenique.
Atrativos como esses fazem parte de um vasto repertório que envolve produtores, empresários e amantes do café. Quem se interessa pelo tema tem à disposição passeios a plantações, cafeterias especializadas, clubes de vantagens que garantem lotes especiais do produto e cursos reconhecidos mundialmente, para investir no negócio ou apenas agregar conhecimento para satisfação própria.
O site da mineira Unique Cafés abriga um link para a Rota do Café Especial, que entre outras opções oferece uma imersão de 20 minutos em uma banheira com a bebida, para combater o estresse e ativar a circulação. A atração fica dentro de um spa no Parque das Águas de São Lourenço (MG) e o preço atual é de R$ 70, com recomendação a partir de 13 anos.
O cardápio inclui também um passeio de balão, no qual a proposta é conhecer do alto os cafezais da Fazenda Sertão, em Carmo de Minas, em uma programação que prevê um guia para contar a história do produto na região.
O voo tem duração aproximada de 60 minutos, mas o roteiro total alcança em média quatro horas, começando bem cedo: 5h45, após um café da manhã (incluso) na sede da fazenda centenária. O horário se justifica em razão das temperaturas mais amenas e menos suscetíveis às massas térmicas, diz a organização. O custo é de R$ 550 por pessoa, com direito a traslado, e a indicação parte de 8 anos.
Leia Também
Prefere ficar em terra firme, mas ainda em ritmo de aventura? A pedida pode ser um “passeio de contemplação”, em uma jornada de três horas, com início em São Lourenço e chegada também à Fazenda Sertão, onde se pode conhecer um pequeno museu e o acervo da família. É de lá, após o visitante pegar uma cesta de piquenique (inclusa), que se parte em direção à Pedra do Rapel, com 1,3 mil metros de altitude, para admirar o fim da tarde.
A subida da montanha cruza lavouras de cafés que já foram premiados, diz o site. O valor é de R$ 200 por pessoa, com direito a transporte, guia e seguro. Um alerta: embora possa parecer mais simples, o passeio é só para maiores de 15 anos.

Coffee hunting
Apesar da parceria que permite experiências inusitadas, Gabriel Guimarães, barista consultor da Unique Cafés, explica que a vocação do grupo é produzir os cafés especiais, embora compre de outros agricultores. “Nosso objetivo principal é torrar esses cafés especiais da região e distribuir no mercado, agregando valor ao produto com informação, além de valorizar a produção artesanal de montanha.”
Segundo ele, quem faz esse trabalho de garimpo é uma empresa também da família, a Carmo Coffees, responsável pelo mapeamento, classificação e análise dos cafés da região. A ideia é colocar o produtor em contato com compradores inclusive do exterior – o que já rendeu exportações para mais de 40 países.
Na Lucca Cafés Especiais, com sede em Curitiba (PR), o diretor administrativo, Luiz Otávio Franco, conta que a prospecção de cafés diferenciados fica a cargo de sua esposa, Georgia Franco. Ambos trocaram a profissão de engenheiro civil pela paixão ao produto.
“Começamos há 17 anos e, na época, escolhemos um produtor representante para cada região, Cerrado Mineiro, Sul de Minas, Mogiana, Norte do Paraná e Bahia. Hoje, temos mais de 30 microlotes de produtores espalhados pelo Brasil.”
Ele conta que o calendário de viagens às regiões produtoras é extenso. Começa em julho e vai até novembro, na época da safra, quando as amostras dos cafés aparecem. “Georgia escolhe só os cafés que lhe encantam”, diz Franco.
Como ser especial
Para ser classificado como especial, um café precisa atingir pontuação superior a 80. De forma geral, a nota é atribuída por meio de um formulário de avaliação sensorial, que abrange dez itens – entre eles aroma, acidez e doçura, por exemplo –, desenvolvido pela Associação de Cafés Especiais (SCA, na sigla em inglês).
Franco considera “pérolas” cafés acima de 90 pontos e conta a história de um nanolote (apenas 20 kg do café foi conseguido) obtido com um produtor da região da Serra da Mantiqueira, em Minas. Outro sucesso seria um café do Espírito Santo da florada de março – que dá uma colheita tardia, fora de época.
“É um produto de clima mais frio, o que muda muito as características do café e melhora o sabor.” O diretor afirma que, na Lucca, produtos dessas categorias custam acima de R$ 49 a embalagem de 250g.
Na capital paulista, o bairro da Vila Madalena abriga uma referência internacional no ramo de cafés especiais, o Coffee Lab, um “laboratório de sensações”, como consta em uma das apresentações da casa na internet.
O lugar, comandado pela empresária Isabela Raposeiras, abrange a torra (etapa considerada crucial), degustação e preparo do produto, com foco em microlotes com características singulares. Outra atuação de destaque é como escola de baristas – os profissionais especializados em cafés de alta qualidade.
O gerente comercial do Coffee Lab, João Perez, conta que, quando começou o trabalho de procurar cafés especiais pelo Brasil, Isabela se deparou com a seguinte realidade: esses produtos estavam na mão de pequenos produtores, que negociavam sem saber a joia que possuíam.
“Vendiam a preço de commodity, cerca de R$ 300 a saca de 60 kg, sendo que hoje em dia a gente paga até R$ 2 mil, dependendo da complexidade sensorial desse café”, diz ele. “É basicamente nisso que consiste o trabalho do Coffee Lab, em conectar o consumidor final com o produtor, valorizando o trabalho dele.”
Perez diz que o Lab compra cafés de diversas regiões do país, mas, atualmente, um dos focos está nas montanhas do Espírito Santo. “Lá temos produtores com os quais já atuamos há anos e estamos fazendo agora um trabalho de qualidade.”

Venda direta e clube de vantagens
O empresário Lucas Santos, proprietário do café Arte do Grão, conta que deixou o mercado financeiro para investir em uma pequena produção em Ouro Fino, Sul de Minas. Segundo ele, seu sítio tem hoje cerca de 35 mil pés adultos e foram plantados outros 35 mil, que devem começar a produzir em dois anos – mas não ainda no ponto ideal. “Historicamente, a partir da terceira colheita do café, que seria aproximadamente no quarto ano de vida do pé, é que se consegue ter uma bebida boa.”
Ele faz a venda direta do seu produto e, atualmente, um pacote de 250g custa em média R$ 18 para o consumidor final. No caso de estabelecimentos comerciais, o quilo do café varia de R$ 40 a R$ 60, dependendo das condições de negociação.
Na página do Coffee Lab na internet, os cafés especiais são vendidos em pacotes de 250g, com preços que variam hoje de R$ 18 a R$ 72 (sem contar o frete), e a identificação é feita pelos nomes dos produtores, exceção feita ao “Café da Raimunda”, faxineira que prepara todos os dias a bebida apreciada pela equipe do lugar.
“Gostamos tanto do blend que ela faz que resolvemos dividir este café com você”, diz a apresentação do produto. “Como Raimunda muda sua mistura todos os dias, cada lote de seus pacotinhos terá uma composição única.”
Já os clientes da Lucca e da Unique têm à disposição, se quiserem, o sistema de clube de vantagens.
“Temos três tipos de assinaturas, para um, dois ou quatro pacotes [sempre de 250g], e a cada mês fazemos uma seleção diferente”, diz o diretor da Lucca. A versão mais simples custa R$ 45 por mês e dá direito a um café premiado em concurso. O estágio seguinte prevê um microlote premiado e um produto de alta pontuação, ao preço de R$ 74 por mês. Por fim, o nível máximo tem valor mensal de R$ 134 e garante quatro pacotes, um premiado e três com perfis variados. Em todos os casos, o frete é pago à parte.
“Durante o ano, os cafés não se repetem e a assinatura pode ser interrompida a qualquer momento, sem multa”, afirma Franco. “O cliente também pode fazer compras avulsas, com o mix que quiser.”
Na Unique, existem hoje seis combinações diferentes de assinaturas, para recebimento de 1kg a 3 kg de café por mês, feitos exclusivamente para os associados. Os preços variam de R$ 75 a R$ 180 e os produtos podem vir em pacotes de R$ 250g a 500g. “O clube passa atualmente por um processo de análise e em breve teremos novidades”, revela o barista Guimarães.
Formação de talentos
Um capítulo à parte na seara da bebida mais consumida do planeta é formação de baristas. Perez diz que a escola do Coffee Lab está hoje entre as maiores instituições privadas do gênero no mundo, tendo formado mais de 2 mil alunos no ano passado. O público inclui desde interessados na profissão até quem só quer dominar a técnica por prazer pessoal.
“Já recebemos alunos do Chile, Argentina, Uruguai, Estados Unidos e Europa”, afirma Perez. De acordo com ele, os cursos são normalmente em português, mas quando há turmas específicas de estrangeiros, o conteúdo é apresentado em inglês.
A Lucca Cafés também atua no segmento. “Temos uma coordenação da nossa escola, que organiza o calendário dos cursos e faz relacionamento com os clientes interessados”, diz Franco.
Já formado, e há dez anos na Unique Cafés, o barista Gabriel Guimarães venceu em fevereiro deste ano o campeonato brasileiro de “Coffee in Good Spirits” (criação de drinks alcoólicos com café) e agora representará o país no campeonato mundial da categoria, que acontecerá em junho, em Berlim (Alemanha). Seu pupilo, Leonardo Correia, também ficou em primeiro lugar na disputa nacional deste ano, só que em outra categoria, a “Latte Art” (desenhos na superfície do café).
Quina faz um novo milionário; Lotofácil e Dia de Sorte também têm ganhadores
Enquanto a Quina, a Lotofácil e a Dia de Sorte fizeram a festa dos apostadores, a Mega-Sena e a Timemania acumularam nos sorteios da noite de quinta-feira (4).
Mercado aposta em corte da Selic em janeiro, mas sinais do Copom indicam outra direção, diz Marilia Fontes, da Nord
Para a sócia da Nord, o BC deve manter a postura cautelosa e dar sinais mais claros antes de fazer qualquer ajuste
Fundos de pensão que investiram em títulos do Banco Master entram na mira da Justiça em meio a irregularidades nos investimentos
Investigações apontam para aplicações financeiras fora dos protocolos adequados nos casos dos fundos Amazonprev, Rioprevidência e Maceió Previdência
Time sensação do Campeonato Brasileiro, Mirassol arrecada o equivalente a um terço do orçamento municipal
Sensação do Brasileirão, o Mirassol arrecadou cerca de um terço do orçamento municipal e levou a pequena cidade paulista ao cenário internacional com a vaga na Libertadores
Joesley Batista viajou para a Venezuela para pedir renúncia de Maduro: qual o interesse da JBS e da J&F no país?
Joesley Batista tem relações com o presidente Donald Trump e pediu pelo fim das tarifas sobre a carne. A JBS também tem negócios nos Estados Unidos
Lotomania e Super Sete aproveitam bola dividida na Lotofácil e pagam os maiores prêmios da noite nas loterias da Caixa
Lotofácil manteve a fama de loteria “menos difícil” da Caixa, mas cedeu os holofotes a outras modalidades sorteadas na noite de quarta-feira (3).
Alerta Selic: o que pode impedir o BC de cortar os juros, segundo Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual
A projeção do banco é que a Selic encerre 2025 em 15% e que os cortes comecem de forma gradual em janeiro, alcançando 12% ao final de 2026
Ibovespa a 300 mil pontos? ASA vê a bolsa brasileira nas alturas, mas há uma âncora à vista
Em um cenário dúbio para 2026, os executivos da instituição financeira avaliam o melhor investimento para surfar um possível rali e ainda conseguir se proteger em um ambiente negativo
Segundo carro elétrico mais vendido do Brasil atinge marca histórica de vendas no mundo
Hatch elétrico chinês atinge marca histórica em apenas quatro anos e reforça a estratégia global da BYD no mercado de veículos eletrificados
Retrospectiva Spotify 2025: Bad Bunny lidera o mundo e dupla sertaneja domina o Brasil (de novo); veja como acessar o seu Wrapped
Plataforma divulga artistas, álbuns e músicas mais ouvidos do ano e libera função Wrapped para todos os usuários
De bailarina a bilionária mais jovem do mundo: a trajetória da brasileira que construiu uma fortuna aos 29 anos sem ser herdeira
A ascensão de Luana Lopes Lara à frente da Kalshi mostra como a ex-bailarina transformou formação técnica e visão de mercado em uma fortuna bilionária
Daniel Vorcaro — da ostentação imobiliária à prisão: o caso da mansão de R$ 460 milhões em Miami
A mansão de R$ 460 milhões comprada por Daniel Vorcaro em Miami virou símbolo da ascensão e queda do dono do Banco Master, hoje investigado por fraudes
Lotofácil 3552 faz os primeiros milionários de dezembro nas loterias da Caixa; Mega-Sena e Timemania encalham
A Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores na faixa principal na noite de terça-feira (2). A Dia de Sorte saiu para um bolão na região Sul do Brasil.
Banco Master: Ministério Público quer Daniel Vorcaro de volta à prisão e TRF-1 marca julgamento do empresário
Uma decisão de sábado soltou Vorcaro e outros quatro presos na investigação do Banco Master
Qual signo manda na B3? Câncer investe mais, Libra investe melhor — e a astrologia invade o pregão
Levantamento da B3 revela que cancerianos são os que mais investem em ações, mas quem domina o valor investido são os librianos
BC Protege+: Como funciona a nova ferramenta do Banco Central que impede a abertura de contas não autorizadas
Nova ferramenta do Banco Central permite bloquear a abertura de contas em nome do usuário e promete reduzir fraudes com identidades falsas no sistema financeiro
CNH sem autoescola: com proposta aprovada, quanto vai custar para tirar a habilitação
Com a proposta da CNH sem autoescola aprovada, o custo para tirar a habilitação pode cair até 80% em todo o país
A palavra do ano no dicionário Oxford que diz muito sobre os dias de hoje
Eleita Palavra do Ano pela Oxford, a expressão “rage bait” revela como a internet passou a usar a raiva como estratégia de engajamento e manipulação emocional
Não tem para ninguém: Lotofácil, Quina e demais loterias da Caixa entram em dezembro sem ganhadores
Depois de acumular no primeiro sorteio do mês, a Lotofácil pode pagar nesta terça-feira (2) o segundo maior prêmio da rodada das loterias da Caixa — ou o maior, se ela sair sem que ninguém acerte a Timemania
Tema de 2026 será corte de juros — e Galapagos vê a Selic a 10,5% no fim do próximo ano
No Boletim Focus desta semana, a mediana de projeções dos economistas aponta para uma Selic de 10,5% apenas no final de 2027