Mais uma década perdida em termos de crescimento
Estudo do Ministério da Economia mostra que fraco crescimento tem raiz na crise fiscal e que reformas são essenciais para aumento da renda nacional
A Secretária de Política Econômica do Ministério da Economia divulgou novo estudo especial onde utiliza o frustrante desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) para defender a aprovação das reformas econômicas, notadamente a reforma da Previdência.
Nesta quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o crescimento do PIB foi de 1,1% em 2018, repetindo o resultado de 2017. Segundo a SPE, o ritmo de recuperação da atividade econômica após a profunda recessão de 2014-16 “tem se revelado muito lento”.
No fim de 2018, o PIB acumulado em quatro trimestres encontrava-se ainda 4,7% abaixo do nível observado em 2014. Em termos de PIB per capita, o desempenho é ainda pior: o valor de 2018 situou-se 8% abaixo do nível de 2014.
“Não há dúvida de que o Brasil se encontra em uma das piores décadas da sua história em termos de crescimento econômico”, diz o estudo.
Até o ano de 2018, a atual década apresentou desempenho comparável apenas à década de 1980, conhecida como a “década perdida”. Após essas constatações, a SPE se propõe a tentar responder o que nos levou a tal desempenho e o que deve ser feito para restabelecer o crescimento.

Leia Também
Na semana passada, a SPE já tinha feito outro estudo para defender a reforma, mostrando que, entre outras coisas, que em 2023 cada brasileiro estará R$ 5,8 mil reais mais pobre sem o necessário ajuste na Previdência.
A crise fiscal
Para a SPE, um aspecto fundamental que aprofundou a crise brasileira na década de 2010 foi a crise fiscal, ilustrada por um crescimento explosivo da dívida bruta resultante da geração de déficits primários regulares.
A partir da crise de 2008/2009, perdeu-se gradualmente o controle das contas públicas. Saiu-se de um superávit primário do setor público consolidado de mais de 3% do PIB no período 2006-2008 para valores em torno de 2,5% entre 2009 e 2011 e de 2% no biênio 2012-2013, e posteriormente para déficits crescentes no período 2014-2016 – quando o resultado negativo chegou a 2,5% do PIB.

A rápida piora fiscal e a perspectiva de seu agravamento levaram à significativa perda de credibilidade da política fiscal e a dúvidas quanto à sustentabilidade das contas públicas.
Essa piora deriva da condução pouco transparente da política fiscal, com o uso de vários expedientes de “contabilidade criativa” e o descumprimento das normas legais definidas pela LRF. Há, ainda, uma consequente percepção, por parte dos agentes econômicos, da incapacidade de o governo adotar as medidas necessárias ao reequilíbrio das contas públicas.
A SPE reconhece que as medidas de ajuste tomadas nos anos mais recentes, bem como a lenta retomada da atividade econômica, interromperam a trajetória de aumento do déficit, mas não foram capazes de gerar superávits. Em 2017 e 2018, o déficit primário do setor público girou em torno de 1,6% do PIB.
Para defender seu argumento e refutar que “gasto público é vida”, como dito pela ex-presidente Dilma Rousseff, a SPE diz que a relação negativa entre dívida pública e crescimento econômico é robusta em diversos estudos empíricos, e há uma série de argumentos que podem explicar tal relação.
Entre eles, explica a SPE, como o financiamento da dívida implica pagamento de juros, o crescimento da dívida pública realoca a poupança para seu financiamento, reduzindo a acumulação de capital e, assim, enfraquecendo o crescimento econômico.
Não há opções plausíveis
O aumento de dívida deve ser amortizado pela redução futura da despesa pública, aumento de tributação distorciva, elevação da inflação ou default, todos com efeitos negativos sobre o crescimento.
Além disso, lembra a SPE, níveis elevados de dívida pública limitam o efeito das despesas públicas produtivas no crescimento a longo prazo, criam incertezas ou expectativas de repressão financeira futura e podem estar associados a taxas de juros reais mais altas e menor investimento privado se isso se configurar em um maior risco país.
“Assim, para que o país possa voltar a crescer de forma sustentável, deve-se, necessariamente, conter o crescimento da dívida”, afirma.
A SPE mostra que os gastos do governo, nos últimos 20 anos, cresceram em média a uma taxa 6% acima da inflação. Tal comportamento dos gastos pode ser explicado em grande parte pelo aumento de despesas obrigatórias determinadas pela Constituição Federal.
“Tal crescimento de gastos foi financiado recorrendo sistematicamente ao aumento de tributos. Porém, é claro que não há mais espaço para aumentar impostos. Assim, há a necessidade de contenção de gastos, especialmente de gastos obrigatórios”, explica.
Gasto com Previdência
Entre 1997 e 2017, os gastos com benefícios previdenciários, que aumentaram de 4,9% para 8,5% do PIB. A SPE explica que essa trajetória dos gastos com transferências previdenciárias tende a se agravar ainda mais devido à rápida mudança demográfica pela qual o país vem passando.
A taxa de dependência de idosos da população brasileira (razão entre a população com 60 ou mais anos de idade e a população entre 15 e 59 anos de idade) deve aumentar em cerca de 50% na próxima década e praticamente dobrar nos próximos 20 anos. Tal evolução significará uma pressão sobre gastos previdenciários, que é insustentável diante da evolução da capacidade contributiva da economia.
“Neste contexto, o atual regime previdenciário, cujos alicerces básicos foram desenhados sob um cenário demográfico com uma razão de dependência de idosos muito inferior, torna-se claramente insustentável”, diz a SPE.
Onde está a solução?
Além de conter gastos públicos discricionários, eliminar desperdícios e gerir as finanças públicas de forma responsável, há a necessidade de reformas estruturais para conter a evolução da dívida pública.
“Nesse contexto, a Nova Previdência assume um caráter central no equilíbrio da trajetória das contas públicas.”
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Segundo a SPE, a aprovação da “Nova Previdência” torna-se fundamental para a retomada do crescimento não apenas de longo prazo, como também dos próximos anos, uma vez que a trajetória esperada da dívida afeta o prêmio de risco de hoje, e com isso a taxa de juros, e, logo o crescimento atual.
“Para que o PIB per capita volte a crescer de maneira sustentável, é necessário que as reformas estruturais ocorram. A Nova Previdência é condição necessária para o equilíbrio fiscal de longo prazo da economia, melhorando o ambiente de investimento e evitando uma nova década perdida”, conclui a SPE.

Caso Master: Toffoli rejeita solicitação da PGR e mantém acareação em inquérito com Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central
A diligência segue confirmada para a próxima terça-feira, dia 30
Bons resultados do fim de ano e calendário favorável reforçam confiança entre empresários de bares e restaurantes para 2026, aponta pesquisa
O próximo ano contará com dez feriados nacionais e deve estimular o consumo fora do lar
O que aconteceu com o ganhador da Mega da Virada que nunca foi buscar o prêmio
Autor de aposta feita pelos canais eletrônicos da Caixa não reivindicou o prêmio da Mega da Virada de 2020 e o dinheiro ficou com o governo; saiba o que fazer para não correr o mesmo risco
Governo estabelece valor do salário mínimo que deve ser pago a partir de 1º de janeiro; veja em quanto ficou
A correção foi de 6,79%, acima da inflação, mas um pouco abaixo do reajuste do ano anterior
Caso Master: Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central vão depor frente a frente no STF
O objetivo é esclarecer as diferentes versões dos envolvidos na tentativa de compra do Banco Master pelo BRB
Das 4 praias mais limpas do Brasil, as 3 primeiras ficam em ilhas — e uma delas no sudeste
Entre as praias mais limpas do Brasil, três estão em ilhas e apenas uma fica no Sudeste, com critérios rigorosos de preservação ambiental
ACSP aciona Justiça Federal para garantir isenção de Imposto de Renda sobre dividendos de micro e pequenas empresas
A medida é uma reação às mudanças trazidas pela Lei nº 15.270, que alterou as regras do IR
Primeiro foguete comercial lançado pelo Brasil explode no céu; ações de empresa sul-coreana derretem
Após uma série de adiamentos, o Hanbit-Nano explodiu logo após a decolagem no Centro de Lançamento de Alcântara e derrubou as ações da fabricante Innospace
Bancos funcionam no Natal e no Ano Novo? Veja o que abre e o que fecha
Bancos, B3, Correios e transporte público adotam horários especiais nas vésperas e nos feriados; veja o que abre, o que fecha e quando os serviços voltam ao normal
Com atenção voltada para prêmio bilionário da Mega da Virada, Lotofácil abre semana fazendo um novo milionário
Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores ontem; prêmio principal da Super Sete foi dividido por dois apostadores
Ano eleitoral, juros menores e Ibovespa em alta: o que esperar da economia brasileira em 2026
Cenário global favorável para mercados emergentes deve ajudar o Brasil, e trade eleitoral será vetor importante para guiar os investimentos no próximo ano
Só 1 em cada 10 praias de São Paulo está imprópria para banho no início do verão; veja onde
Levantamento da Cetesb mostra melhora em relação ao ano passado e aponta que apenas 1 em cada 10 praias paulistas tem restrição para banho
Brasil tem hoje a última chance de lançar primeiro foguete comercial
Após quatro adiamentos por falhas técnicas, clima e problemas em solo, o Hanbit-Nano, primeiro foguete brasileiro comercial tem nesta segunda-feira a última janela para decolar do Centro de Lançamento de Alcântara
Mega-Sena interrompida: agora toda aposta vale apenas para o bilionário sorteio da Mega da Virada
Mega da Virada vai sortear pela primeira vez na história um prêmio de R$ 1 bilhão; sorteio está marcado para a noite de 31 de dezembro
Final da Copa do Brasil: veja o horário e onde assistir a Corinthians x Vasco
Após empate sem gols no jogo de ida, Corinthians e Vasco decidem o título da Copa do Brasil neste domingo, no Maracanã, com premiação milionária em jogo
“Nossos países não têm mais 10 anos a perder”: para Milei, lentidão do Mercosul é o que está travando acordos com a UE
Na cúpula do Mercosul, presidente argentino acusa o bloco de travar o comércio com burocracia, diz que acordos não avançam e defende mais liberdade para negociações individuais
Mega da Virada em R$ 1 bilhão: prêmio estimado bate os oito dígitos pela primeira vez
Ninguém levou o prêmio de R$ 62 milhões do último sorteio da Mega Sena neste ano, no concurso 2953, que foi a jogo ontem (20). Prêmio acumulou para Mega da Virada
Enquanto União Europeia ‘enrola’ Mercosul vai atrás do próximos na fila para acordos comercias; veja
Enquanto acordo com a UE segue emperrado, bloco aposta em Emirados Árabes, Ásia e Américas para avançar na agenda comercial
Último sorteio da Mega-Sena: R$ 62 milhões vão a jogo hoje no concurso 2.954. Depois, só a Mega da Virada
O concurso 2.954 da Mega-Sena sorteia na noite deste sábado (20) prêmio estimado de R$ 62 milhões. A partir de amanhã as apostas se concentram na Mega da Virada
Com R$ 1,82 trilhão só para pagar juros da dívida e R$ 61 bilhões para emendas, veja os detalhes do Orçamento para 2026
Texto aprovado pelo Congresso prevê despesas de R$ 6,5 trilhões, meta de superávit e destina quase um terço do orçamento fiscal ao pagamento de juros da dívida pública
