Bolsonaro se diz “ingênuo” para a economia e afirma que reforma da Previdência ainda não acabou
Bolsonaro admitiu que “pouca coisa precisa ser mexida” no texto, mas evitou entrar em detalhes de quais mudanças poderiam ser feitas futuramente

Um dia depois de a Comissão Especial da Câmara aprovar o texto-base do parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), que muda as regras de aposentadoria no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo fez sua parte e que agora cabe aos deputados corrigirem eventuais equívocos no texto. Segundo Bolsonaro, a reforma da Previdência ainda não acabou.
"Tem equívoco, tem mal entendido, às vezes se exagera. E com a sensibilidade que existe no Parlamento, isso vai ser corrigido. Não acabou a reforma da Previdência ainda. Mais ainda: depois da Câmara, tem o Senado. Se o Davi Alcolumbre com seus líderes achar que algo mais deve ser mudado, isso pode alterar também. Eu pouco tenho o que fazer agora no tocante à Previdência", afirmou o presidente.
Bolsonaro admitiu que "pouca coisa precisa ser mexida" no texto, mas evitou entrar em detalhes de quais mudanças poderiam ser feitas futuramente. "Como um todo, foi muito bom. Acho que pouca coisa tem que ser mexida. Não vou entrar em detalhe, está com o Parlamento essa questão. Qualquer posição vai ser de forma reservada com o Rodrigo Maia e com os líderes partidários. O governo precisa fazer de tudo para que essa Previdência não morra. Reconhecemos especificidades de várias carreiras, mas todos têm que contribuir com alguma coisa."
O presidente participou de solenidade de comemoração do 196º Aniversário da criação do Batalhão do Imperador e o 59º de sua Transferência para a Capital Federal. O evento foi realizado no Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília. Esta é a segunda vez na semana que Bolsonaro participa de um evento militar. Na quarta-feira, o presidente viajou a São Paulo para participar de solenidade de posse do novo comandante do Comando Militar do Sudeste, general Marco Antonio Amaro.
Considerada a principal aposta da equipe econômica do governo para o equilíbrio das contas públicas, a reforma da Previdência modifica as regras de aposentadoria para funcionários do setor privado e servidores públicos da União.
"Fizemos a nossa parte, entramos com o projeto. Agora, o governo não é absoluto, não é infalível, algumas questões serão corrigidas com toda certeza junto ao plenário. O comando agora está com o nosso presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ). Tenho certeza que nós vamos conversar, que vamos trazer o Paulo Guedes para conversar também, trazer demais lideranças. Quem quiser conversar de forma bastante civilizada nós estamos dispostos a conversar. E tenho certeza que podemos corrigir possíveis equívocos que porventura ocorrem até o momento", disse Bolsonaro a jornalistas.
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O presidente voltou a dizer que o governo e os políticos precisam dar uma sinalização aos investidores nacionais e internacionais de que o País está fazendo sua nossa parte e que está agindo de forma responsável com a questão da economia. "O Maia quer o melhor para o Brasil também, ele sabe que essa reforma é necessária e que todo mundo vai ter que pagar um pouquinho para que a gente consiga tirar o Brasil da situação em que se encontra."
Ingenuidade
Durante a solenidade, o presidente também disse que quando o assunto é economia ele é "ingênuo mesmo" e tem humildade em reconhecer. Bolsonaro comentou a fala da véspera do ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou que o presidente tem bons princípios, mas tem "uma ingenuidade ou outra". Em seu comentário, Guedes minimizou o posicionamento do presidente, que tentou emplacar regras mais suaves na reforma da Previdência para policiais federais, rodoviários federais e legislativos.
"Quando se fala em economia, eu sou ingênuo mesmo. Eu tenho humildade para reconhecer. Porque os economistas passados quebraram o Brasil. Quando falei que eu não nasci para ser presidente e aí vieram críticas, os outros que nasceram para ser presidente estão presos, respondendo a processos e ensacando vento. Humildade acima de tudo", afirmou. "Quer comparar a minha bagagem cultural com a do general Heleno? Não dá para comparar. Além da idade, alguém que foi exemplar em todas as funções que ocupou aqui no Brasil."
Vitória
Presente no evento, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou que a aprovação do texto na quinta-feira foi uma vitória não somente do governo, mas do País. "O País deu mais um passo para construir uma nova Previdência que vai ser mais justa e mais equilibrada. A União vai fazer uma lei complementar geral que vai tratar de normas gerais de aposentadoria e depois os Estados vão legislar sobre questões específicas", disse o deputado, ao se referir à questão dos agentes de segurança pública.
"A liderança do governo fez esforço com a Câmara, os líderes, o presidente da Câmara e a equipe da economia para que expectativa se encontrasse com as possibilidades. Naquele momento, não foi possível encontrar expectativas com realidade, isso não quer dizer que agora no plenário ou em outro momento a gente não vai conseguir. Temos que reconhecer que a PF e a PRF prestam excelente trabalho para o país expondo suas vidas todos os dias", disse o Major.
Dívida com o ex?
Bolsonaro reconheceu o trabalho do governo do ex-presidente Michel Temer nas negociações para se chegar a um acordo entre o Mercosul e a União Europeia. "Como falo publicamente, também a questão do Mercosul devemos em parte a Michel Temer, não vou tirar o Michel Temer fora. Uma negociação que se arrastava há 20 anos, Michel Temer começou realmente a tratar desse assunto com seriedade e depois nós impulsionamos", disse.
O presidente voltou a dizer que acredita que com a assinatura de acordo entre os blocos poderá se observar um "efeito dominó" que atraia outros grupos. "Eu convidei o primeiro-ministro japonês para começarmos a namorar aqui um acordo (do) Mercosul com eles".
Bolsonaro também disse a jornalistas que a sua relação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é boa e que "está faltando só anunciar o casamento". "Estamos noivos, saindo por aí, conversando. Talvez ele, como propus no Japão, venha aqui para a América do Sul. A gente vai reunir os presidentes de Argentina, Paraguai, Chile, Peru, Colômbia, porque realmente, pelo que eu sinto, temos um problema chamado Venezuela. Não tem data, não."
O incriticável
O presidente informou ainda que parabenizou o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, pelo trabalho realizado para aprovar na Comissão Especial da Câmara o texto-base que muda as regras de aposentadoria no Brasil. Em tom de brincadeira, disse que queria criticar o ministro, mas não consegue.
"Eu hoje falei com Onyx e parabenizei mais uma vez. Eu queria criticar o Onyx, mas não consigo. Eu parabenizei ele mais uma vez pela sua ação no dia de ontem com relação à Previdência", disse o presidente a jornalistas, após ser questionado sobre mudanças na Casa Civil.
Vale lembrar que Lorenzoni vem sendo alvo de "fritura" no governo desde que perdeu o comando da articulação política e a supervisão da Subchefia para Assuntos Jurídicos. No último domingo, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que Lorenzoni enfrenta uma queda acentuada e contínua no número de reuniões com parlamentares, ministros e até mesmo com o próprio presidente. Em abril, por exemplo, o ministro chegou a participar de ao menos 19 reuniões com Bolsonaro. Em junho, o número despencou para apenas três.
*Com Estadão Conteúdo.
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