Após início promissor, venda de veículos termina o ano em queda na Argentina
Segundo Associação de Concessionárias da Argentina, foram 802 mil unidades vendidas no ano passado; em 2017, os argentinos compraram 900 mil veículos

Principal destino das exportações brasileiras de veículos, o mercado argentino caiu 10,9% em 2018, um ano no qual as vendas no país vizinho foram do céu ao inferno após o estouro de uma crise econômica que acelerou a inflação, desvalorizou a moeda local e fez os juros básicos mais que dobrarem em menos de seis meses, para cerca de 60% ao ano.
Segundo a Acara, a associação de concessionárias da Argentina, foram 802 mil unidades vendidas no ano passado, entre veículos leves e pesados, um resultado frustrante se comparado à projeção de um milhão feita pelo setor em janeiro. O otimismo do início de 2018 foi contaminado pelo recorde de vendas em 2017, quando os argentinos compraram 900 mil veículos.
Os primeiros meses de 2018 chegaram a justificar esse otimismo, dado que a demanda continuou crescendo a taxas interanuais entre 6% e 25%, renovando o recorde do ano anterior. No entanto, em maio, o banco central argentino passou a subir juros seguidamente, para responder à aceleração da inflação e à desvalorização da moeda, resultando em piores condições de crédito para aquisição de veículos.
Com a demanda argentina em queda, as exportações brasileiras também foram afetadas, uma vez que os argentinos compram cerca de 70% dos veículos exportados pelo Brasil. Não por acaso, a Anfavea, associação das montadoras no Brasil, revisou várias vezes para baixo a sua projeção para exportação em 2018. Começou o ano acreditando em um novo recorde e chegou a dezembro projetando queda para algo entre 600 mil e 650 mil unidades - em 2017 foram 700 mil unidades. O resultado definitivo de 2018 será divulgado na terça-feira, 8, pela Anfavea.
Para 2019, as montadoras esperam novo recuo das vendas. Algumas, como a Ford, chegam a falar em queda de 20% a 25%. Acredita-se que a crise de 2018 seguirá ditando o ritmo do mercado pelo menos durante o primeiro semestre de 2019. Alguns executivos mais otimistas apostam que, após o socorro obtido pelo governo argentino com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o mercado pode começar a melhorar no segundo semestre.
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