Fundos imobiliários se deram bem com os juros baixos. Eles resistem à alta da Selic?
FII oferece diversificação de investimento com renda mensal isenta de imposto
A possibilidade de alta da Selic é potencialmente negativa para os Fundos de Investimento Imobiliário (FII). Mas como não se vislumbra uma disparada do juro básico, essa classe de ativos continua interessante em termos de diversificação e rentabilidade.
O investimento em um FII é uma forma de exposição ao setor imobiliário no qual o aplicador se torna sócio de empreendimentos comerciais, como shoppings, lajes corporativas, condomínios logísticos e outros. O dinheiro aplicado também pode ir para ativos de renda fixa com Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI). O investidor também tem acesso direto a CRIs e LCIs em plataformas de investimento. Mas entre as vantagens do FII está a seleção por um gestor, diversificação e maior liquidez, pois as cotas dos fundos são negociadas na Bolsa de Valores.
O diretor comercial da Easynvest, Fábio Macedo, lembra que o produto sofreu por conta do cenário de baixo crescimento e desvalorização dos imóveis. Então, a entrada no momento atual representa a compra de imóveis a preço atraentes. “Temos fundos que estão rendendo 0,7%, 0,8% ao mês, líquido de Imposto de Renda. Algo como 150% a 160% do CDI."
"Mesmo que tenhamos um aumento relativo da taxa básica nos próximos anos, quem está entrando agora, entra com preço atrativo. São alternativas muito interessantes para o médio e longo prazos”, explica Macedo.
Uma forma de encarrar os FII é ver como uma troca. No lugar da compra de imóveis para investimento, o investidor opta por frações de diversos imóveis. Tem os “alugueis” correspondentes pingando na conta periodicamente sem se preocupar com a burocracia e custos que envolvem a compra de imóveis físicos. E esse recebimento dos alugueis (rendimento) é isento de Imposto de Renda até o limite de 10% de participação no fundo. O investidor também pode obter retorno com a valorização das cotas. Nesse caso há ganho de capital tributado em 20%, que deve ser calculado e recolhido pelo próprio investidor. Os FIIs cobram taxas de administração, geralmente baixas, que já são descontadas no crédito dos proventos.
Fundo para cada perfil
Macedo explica que o investidor tem de “garimpar” os melhores produtos no mercado e achar aqueles que se enquadram no seu perfil.
Leia Também
Segundo o especialista, tem gente que olha o FII como uma espécie de aposentadoria, em função da renda mensal que é distribuída. Nesse caso, uma participação maior de FII na carteira é mais importante.
Já para quem está em fase de composição de patrimônio, diz Macedo, a renda mensal faz menos sentido. Mas há produtos que oferecem bom rendimento e o investidor pode reaplicar os ganhos no próprio fundo.
O investidor deve ficar atendo à taxa de corretagem cobrada por sua corretora. O ideal é buscar taxa zero, pois valores elevados consomem a rentabilidade do produto, especialmente se o valor destinado à aplicação for baixo.
Categorias
Os FIIs podem ser distribuídos em quatro grandes categorias que variam de acordo com sua estratégia de investimento.
Fundos de Tijolo - Representam imóveis físicos. Compram empreendimentos para alugar e gerar renda. A maior parte dos FIIs estão nessa categoria que se subdivide em: lajes corporativas, shoppings, galões de logística, agências bancárias, galpões industriais, lojas, supermercados, universidades e hospitais. O risco a ser considerado é o de vacância. Segundo Macedo essa é a categoria mais fácil de entender.
Fundos de Desenvolvimento - Parecido com o fundo de tijolo. Investe em projetos para posterior venda. É como se fosse uma empresa de construção, mas que não pode operar alavancada. Risco advém de problemas com construção e venda. A maioria é mista, com projetos e papéis na sua carteira. Segundo Macedo, essa categoria tem maior risco, mas oferece maior possibilidade de retorno no longo prazo. Esses fundos, geralmente, não pagam dividendo mensal. Seria um modelo mais interessante para quem está no período de construção de patrimônio.
Fundos de Papel - Investem majoritariamente em recebíveis imobiliários, que são títulos de renda fixa atrelados ao financiamento do setor como CRI e LCI. É uma forma de exposição mais diversificada já que um FII pode ter diversos CRIs e LCIs, com custo menor e liquidez maior que a compra individual desses ativos. Tendem a apresentam maior estabilidade patrimonial e menor volatilidade das cotas.
Fundos de Fundos - Aplicam, majoritariamente, em cotas de outros FIIs. Basicamente o investidor transfere ao gestor a seleção dos FIIs.

Recomendados
Fiz uma busca em sites de bancos e corretoras e encontrei alguns FIIs com maior incidência de recomendação. Vou apresentar brevemente cinco deles: BRCR11, KNRI11, KNCR11, HGLG11 e HGRE11.
BRCR11 - Fundo Imobiliário BTG Pactual Corporate Office Fund. O fundo se apresenta como o maior FII de lajes corporativas listado em bolsa. Tem 10 imóveis localizados em São Paulo e Rio de Janeiro em edifícios de alta qualidade. Em setembro, fechou um dos maiores negócios do mercado, envolvendo R$ 2 bilhões, entre venda e compra de ativos com a Brookfield Property. Em fato relevante, o gestor do fundo destaca queda de vacância com a operação e distribuição de ganho de capital.
KNRI11 - Kinea Renda Imobiliária FII. O fundo é gerido pela Kinea, empresa do grupo Itaú, e tem investimentos em sete edifícios corporativos e oito galpões logísticos. Em agosto anunciou três novos contratos de locação. Está entre os maiores fundos do mercado.
KNCR11 – Kinea Rendimentos Imobiliários. O fundo investe em operações de crédito e busca atingir 100% do CDI, líquido de custos e Imposto de Renda. Carteira é composta por diversificados CRIs, pouco mais de 90% dos ativos. Também tem investimentos em LCIs.
HGLG11 – CSHG Logística. Administrado pela Credit Suisse Hedging-Griffo investe na gestão de imóveis logísticos e industriais. Tem participação em empreendimentos localizados em São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Mês passado comunicou a compra de imóvel em Minas Gerais.
HGRE11 – CSGH Real State. Objetivo do fundo é ganhar rendimentos via aquisição de imóveis que gerem renda, sendo no mínimo 51% do patrimônio em lajes corporativas. Tem participação em 20 empreendimentos. Em agosto fechou aquisição em São Paulo em edifício de alto padrão.
O que olhar antes de comprar
A escolha não é fácil e pode demandar algum tempo do investidor, que tem de estar disposto a estudar o tema e os ativos até encontrar uma relação risco/retorno dentro de sua necessidade. Recente caso envolvendo o FII Mérito serve de exemplo para a importância da seleção e acompanhamento do investimento. Seguem alguns pontos a serem observados em conjunto.
- Retorno mensal ou “dividend yield”: O atrativo do FII é a geração mensal de renda. Aqui é importante avaliar o patamar de retorno mensal e anual para saber se o aporte compensa. Pagamento elevado nem sempre é sinônimo de consistência.
- Valor patrimonial e valor da cota: O valor patrimonial representa a avaliação dos ativos do fundo. O valor da cota é o valor de mercado negociado em bolsa. Não é incomum ter fundos negociados abaixo do valor patrimonial. A ideia aqui é saber se FII está sendo negociado com desconto ou com um prêmio. Já o valor patrimonial da cota é dado pela divisão do patrimônio pelo número de cotas, que se obtém nos relatórios e informes mensais.
- Vacância: Carteiras bem geridas apresentam taxas de imóveis desocupados menores do que a média do mercado. Taxas elevadas podem comprometer o pagamento dos rendimentos. Qualidade dos imóveis e localização impactam nessa métrica.
- Preço do metro quadrado do aluguel: O valor ajuda a identificar se os preços praticados pelo FII nos seus contratos estão em linha com o mercado onde o empreendimento está localizado.
- Área bruta locável (ABL): Dado informado pelo FII em seus documentos que mostra o total de metros quadrados disponíveis para locação. Métrica utilizada para levantamento de preço médio de aluguel, bem como para estimativas de vacância.
Com ajuda da Economatica dei uma olhada nos fundos com melhores retornos agora em setembro e no acumulado do ano. Lembrando que rentabilidade passada não é garantia de retorno futuro.
Copom mantém Selic em 15% ao ano e não dá sinais de corte no curto prazo
Trata-se da terceira decisão de manutenção da taxa básica de juros e reforça expectativa do mercado de que o primeiro corte deve ficar para 2026
Primeiro piloto brasileiro a correr F1 em Interlagos desde Massa é ‘filho do dono’ e ganha quase R$ 1 milhão por mês para fazer o que gosta
Gabriel Bortoleto estreia no GP de São Paulo e quebra um jejum de oito anos sem pilotos brasileiros nesta etapa da Fórmula 1
Belém será a sétima capital do Brasil — e de uma delas é provável que você nunca tenha ouvido falar
A Constituição permite a transferência temporária da sede do governo; Belém será a próxima a ocupar o posto.
‘Torre de Babel’ saudita? Construção do ‘The Line’ é paralisada justamente pelo que buscava eliminar
Projetada para ser livre de combustíveis fósseis, a construção da cidade futurística, na Arábia Saudita, foi interrompida por não “compreender a língua” do preço do petróleo
Selic em 15% ao ano ainda vai longe, acredita Roberto Padovani, economista-chefe do BV
Para o economista, tem um indicador em específico que está no radar do BC e esse dado deve definir o destino dos juros básicos nos próximos meses
Lotofácil atola junto com Mega-Sena, Quina e outras loterias, mas hoje pode pagar mais até que a +Milionária
Prêmio acumulado na Mega-Sena vai a R$ 48 milhões, mas ela só volta à cena amanhã; Lotofácil pode pagar R$ 10 milhões nesta quarta-feira (5).
Na próxima reunião, o Copom corta: gestora projeta Selic em 14,5% ao fim deste ano e espera queda brusca em 2026
Gestora avalia que números da economia sustentam um primeiro corte e que política restritiva pode diminuir aos poucos e ainda levar inflação à meta
Gás do Povo já está valendo: veja como funciona o programa que substituiu o vale-gás
Gás do Povo, programa do governo federal que substitui o vale-gás, promete atender 15,5 milhões de famílias de baixa renda com distribuição gratuita de botijões
Banco do Brasil (BBAS3) oferece até 70% de desconto na compra de imóveis em todo o país
A nova campanha reúne mais de 150 imóveis urbanos disponíveis para leilão e venda direta, com condições especiais até 15 de dezembro
Curiosos ou compradores? Mansão de Robinho, à venda por R$ 11 milhões, ‘viraliza’ em site de imobiliária; confira a cobertura
No mercado há pelo menos seis meses, o imóvel é negociado por um valor acima da média, mas tem um motivo
Este banco pode devolver R$ 7 milhões a 100 mil aposentados por erros no empréstimo consignado do INSS
Depois de identificar falhas e cobranças irregulares em operações de consignado, o INSS apertou o cerco contra as instituições financeiras; entenda
A decisão da Aneel que vai manter sua conta de luz mais cara em novembro
Com o nível dos reservatórios das hidrelétricas abaixo da média, a Aneel decidiu manter o custo extra de R$ 4,46 por 100 kWh, mas pequenas mudanças de hábito podem aliviar o impacto no bolso
Cosan (CSAN3) levanta R$ 9 bilhões em 1ª oferta de ações e já tem nova emissão no radar
Em paralelo, a companhia anunciou que fará uma segunda oferta de ações, com potencial de captar até R$ 1,44 bilhão
Lotofácil 3529 tem 16 ganhadores, mas só um deles fica mais perto do primeiro milhão
A Lotofácil tem sorteios diários e volta à cena nesta terça-feira (4) com um prêmio maior do que de costume. Isso porque o sorteio de hoje tem final zero, para o qual é feita uma reserva especial.
Laika vai para o espaço: a verdadeira história da ‘astronauta caramelo’
Há exatos 68 anos, a cadela Laika fazia história ao ser o primeiro ser vivo a deixar a órbita do planeta Terra rumo ao espaço
Serasa inicia o Feirão Limpa Nome 2025 com descontos de até 99% e dívidas parceladas por menos de R$ 10
Mutirão do Serasa reúne mais de 1.600 empresas e oferece condições especiais para quem quer encerrar o ano com o nome limpo
Convocação da seleção brasileira: última lista de Ancelotti em 2025 derruba valor da equipe canarinho
A última convocação da seleção brasileira de Ancelotti em 2025 trouxe novidades como Luciano Juba e Vitor Roque, mas fez o valor de mercado da equipe cair
Convocação da Seleção Brasileira: veja onde assistir ao vivo à última lista de Ancelotti em 2025
A última convocação de Carlo Ancelotti à frente da Seleção Brasileira acontece nesta segunda (3); veja o horário e onde assistir ao anúncio ao vivo
Receita coloca organizações criminosas na mira e passará a exigir o CPF de todos os cotistas de fundos de investimentos; entenda o que você precisa fazer
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a iniciativa foi inspirada na Operação Carbono Oculto, que investiga suspeitas de lavagem de dinheiro do PCC por meio de fundos de investimento
Sorteios das Loterias Caixa têm novo horário a partir de hoje (3); veja como ficam os sorteios da Mega-Sena e outros jogos
Mudança em horário de sorteio das loterias começa a valer nesta segunda-feira (3); prazos para apostas também foram atualizados
