🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

O urso está a caminho dos EUA. O que esperar de um ‘late cycle’?

Minha impressão é que desta vez teremos não mais do que um bear market corretivo no mercado de ações dos Estados Unidos, nada que se prolongue por muito tempo ou que cause danos de difícil reparação

26 de novembro de 2018
5:42 - atualizado às 22:43
Ibovespa abre semana em queda
A semana está recheada de números importantes para o mercado, mas a segunda-feira começa no vermelho para o Ibovespa - Imagem: Shutterstock

Normalmente, mas nem sempre, um boom econômico se encerra com um período conhecido como Late Cycle. Trata-se de uma fase na qual os lucros das empresas, depois de atingirem seu apogeu (o que infelizmente só se sabe a posteriori), começam a diminuir. Às vezes diminuem por anos a fio. Em outras, fazem apenas um ajuste.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como era de se esperar, os preços das ações em Bolsa caem junto com os lucros até que a relação se estabilize. Mas não é uma ciência exata, algo que se pode medir com gráficos ou avaliar com fórmulas matemáticas. Há sempre o componente emocional.

Lembre-se, caro amigo leitor, que os mercados são movidos por dois sentimentos importantíssimos: ganância e medo. Vontade enorme de ganhar; pânico ante a possibilidade de perda.

Não raro as ações sobem muito mais do que poderia se supor ou caem bem abaixo de um valor razoável se comparado a outros investimentos. Já vi (poucas vezes, mas vi) papéis sendo negociados abaixo do valor de seu dividendo anual.

Tudo indica que a Bolsa de Valores de Nova York atravessa um Late Cycle. Mas de modo algum está prestes a sofrer um crash.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vai ter recessão?

Ainda é muito cedo para se afirmar que o atual estágio de crescimento da economia americana irá terminar com uma recessão. A definição clássica desse fenômeno é que ele se caracteriza por dois trimestres seguidos de retração do Produto Interno Bruto.

Leia Também

No momento, o PIB dos Estados Unidos ainda sobe à razão de 3,5% ao ano, um número formidável para um país que está sempre parecendo que chegou ao topo.

Justamente para evitar que os EUA cresçam exageradamente, hipótese que geralmente termina mal, desde dezembro de 2015 o FOMC (Federal Open Market Committee), órgão do Fed equivalente ao Copom de nosso Banco Central, começou a elevar as taxas. Progressivamente, mas elevando.

Durante sete anos, o FOMC manteve os juros básicos entre zero e 0,25% ao ano, o que na prática significa uma taxa negativa (por causa da inflação). Isso aconteceu para impedir que a recessão causada pela crise das hipotecas (subprime), ocorrida entre 2007 e 2010, se transformasse em uma depressão como a dos anos 1930.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Atualmente, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano estão levemente positivos. Enquanto a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI – Consumer Price Index) está em 2,5% ao ano, as obrigações de 10 anos rendem 3,05%.

Minha impressão é que desta vez teremos não mais do que um bear market corretivo no mercado de ações dos Estados Unidos, nada que se prolongue por muito tempo ou que cause danos de difícil reparação. Logo os preços serão considerados baratos pelos gestores dos grandes fundos. Não há nenhuma crise de crédito à vista, nem instituições financeiras com problemas.

Trata-se apenas de uma correção, repito.

A atuação da autoridade monetária se faz necessária sempre que a atividade econômica, ou a dança dos preços dos ativos negociados em bolsa, se mostre além dos limites razoáveis de prudência.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Durante todo o ano de 1999 e início de 2000, o mercado de ações de empresas de tecnologia, as chamadas pontocom (dotcom), viveu uma bolha especulativa, que acabaria terminando em tragédia, uma espécie de tulipomania cibernética.

Naquela ocasião, os players estavam tão assustados com os próprios ganhos (lucro também dá medo), que o chairman do FED, Alan Greenspan, nem precisou mexer nas taxas. Bastou que, num discurso pronunciado no American Enterprise Institute, classificasse o bull market sem freios como “exuberância irracional”.

Pronto, o índice Nasdaq Composite, que concentrava a maioria das dot.com, levou um tombaço.
Empresas com bases sólidas como a Apple, a Amazon.com e a Adobe sobreviveram ao violento sacolejo. Já outras, tais como Pets.com, a Gov.works, a Jewishnet.co.uk, a Kozmo e a Broadcast.com simplesmente desapareceram do mapa. Tanto que ninguém se lembra delas.

O artificialismo da bolha das pontocom nada tem a ver com o bull market que está revertendo para bear agora no final de 2018. Este é apenas um escape através da válvula da panela de pressão, válvula essa operada pelo Fed. Quase sempre com maestria.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ao contrário do que ocorreu em 1929 e na crise do subprime, acredito que a atual baixa das cotações das empresas negociadas na NYSE logo sincronize os preços com os lucros das empresas.

E o Brasil, como fica?

Como não creio em um crash no mercado de ações dos Estados Unidos, também não aposto em consequências danosas na Bolsa brasileira. Nosso mercado será mais afetado se houver uma queda prolongada no preço das commodities. Isso sim é algo que assusta.

Tal como acontece no Canadá, na Austrália, na Nova Zelândia, na Rússia e na África do Sul, nossa Bolsa depende muito das cotações das matérias-primas. Que, no momento, estão em queda acentuada.

O lado positivo é o governo cuja posse se aproxima. Cada novo integrante que é anunciado mostra que o Brasil vai optar por um amplo programa de privatizações, pelo enxugamento e modernização do Estado. Enfim, pelo liberalismo, palavra que chegou a virar nome feio no Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Somados todos os prós e contras, acho que essa mudança radical no modo de lidar com a coisa pública é que prevalecerá. Vamos deixar os empreendimentos para os empreendedores.

Evidentemente que o melhor cenário seria o da Bolsa de Nova York retomando sua trajetória de alta, ou interrompendo a de baixa, aliado a uma alta das commodities.

Ao longo dos 60 anos nos quais acompanhei o mercado, já vi o do Brasil adquirir moto próprio. Acredito que essa situação poderá se repetir em 2019. Quem sabe a gente está tendo um early cycle.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DINHEIRO NO BOLSO

Renda da população deve continuar subindo no curto prazo: isso é bom ou ruim para a economia? Veja qual o impacto na inflação e nos juros

7 de dezembro de 2025 - 10:31

Mesmo com desaceleração da atividade econômica, renda deve continuar em alta; no entanto, isso não preocupa tanto os economistas

SINAIS SÃO BONS

XP vê início dos cortes da Selic em março, mas não descarta começo mais cedo: sinais são positivos, e um dado atrapalha

7 de dezembro de 2025 - 9:38

Com a desaceleração da inflação e valorização do câmbio, BC pode começar ciclo de cortes da Selic, mas gastos do governo ainda preocupam

Ao Cade, entidades se posicionam contra fusão Petz (PETZ3) e Cobasi, que criaria gigante de R$ 7 bilhões

6 de dezembro de 2025 - 16:29

Além disso, alegam que a fusão Petz-Cobasi eleva em 35% o risco de fechamento de pet shops de bairro

MAIS DESCANSO

Relator de PL sobre fim da escala 6×1 apresenta novo texto, com jornada de no máximo 40 horas semanais

6 de dezembro de 2025 - 10:31

Prates também colocou um dispositivo que dá a possibilidade de regime de trabalho na escala 4×3, com limite máximo de 10 horas diárias

TESTE

Metrô de SP testa operação 24 horas, mas só aos finais de semana e não em todas as linhas; veja os detalhes 

5 de dezembro de 2025 - 16:40

Metrô de SP amplia operação aos fins de semana e avalia se medida tem viabilidade técnica e financeira

DEFINIDO

Salário mínimo de 2026 será menor do que o projetado; veja valor estimado  

5 de dezembro de 2025 - 15:50

Revisão das projeções de inflação reduz o salário mínimo em R$ 3 a estimativa do piso nacional para 2026, que agora deve ficar em R$ 1.627

NOVOS RICAÇOS

A nova elite mundial: em 2025, 196 bilionários surgiram sem herdar nada de ninguém — e há uma brasileira entre eles

5 de dezembro de 2025 - 10:58

Relatório da UBS revela que 196 bilionários construíram fortuna sem herança em 2025, incluindo uma brasileira que virou a bilionária self-made mais jovem do mundo

VAI VIRAR BAGUNÇA?

Banco Central desiste de criar regras para o Pix Parcelado; entenda como isso afeta quem usa a ferramenta

5 de dezembro de 2025 - 9:16

O Pix parcelado permite que o consumidor parcele um pagamento instantâneo, recebendo o valor integral no ato, enquanto o cliente arca com juros

ONDE INVESTIR

FII com dividendos de 9%, gigante de shoppings e uma big tech: onde investir em dezembro para fechar o ano com o portfólio turbinado 

5 de dezembro de 2025 - 7:02

Para te ajudar a reforçar a carteira, os analistas da Empiricus Research destrincham os melhores investimentos para este mês; confira

TEM PRA TODO GOSTO

Quina faz um novo milionário; Lotofácil e Dia de Sorte também têm ganhadores

5 de dezembro de 2025 - 6:51

Enquanto a Quina, a Lotofácil e a Dia de Sorte fizeram a festa dos apostadores, a Mega-Sena e a Timemania acumularam nos sorteios da noite de quinta-feira (4).

NAS ENTRELINHAS

Mercado aposta em corte da Selic em janeiro, mas sinais do Copom indicam outra direção, diz Marilia Fontes, da Nord

4 de dezembro de 2025 - 19:42

Para a sócia da Nord, o BC deve manter a postura cautelosa e dar sinais mais claros antes de fazer qualquer ajuste

EFEITOS MASTER

Fundos de pensão que investiram em títulos do Banco Master entram na mira da Justiça em meio a irregularidades nos investimentos

4 de dezembro de 2025 - 16:04

Investigações apontam para aplicações financeiras fora dos protocolos adequados nos casos dos fundos Amazonprev, Rioprevidência e Maceió Previdência

CIDADE DE 65 MIL HABITANTES

Time sensação do Campeonato Brasileiro, Mirassol arrecada o equivalente a um terço do orçamento municipal

4 de dezembro de 2025 - 15:15

Sensação do Brasileirão, o Mirassol arrecadou cerca de um terço do orçamento municipal e levou a pequena cidade paulista ao cenário internacional com a vaga na Libertadores

INFLUÊNCIA

Joesley Batista viajou para a Venezuela para pedir renúncia de Maduro: qual o interesse da JBS e da J&F no país?

4 de dezembro de 2025 - 10:39

Joesley Batista tem relações com o presidente Donald Trump e pediu pelo fim das tarifas sobre a carne. A JBS também tem negócios nos Estados Unidos

SEM RECLAMAÇÕES

Lotomania e Super Sete aproveitam bola dividida na Lotofácil e pagam os maiores prêmios da noite nas loterias da Caixa

4 de dezembro de 2025 - 7:53

Lotofácil manteve a fama de loteria “menos difícil” da Caixa, mas cedeu os holofotes a outras modalidades sorteadas na noite de quarta-feira (3).

VAI PISAR NO FREIO?

Alerta Selic: o que pode impedir o BC de cortar os juros, segundo Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual

3 de dezembro de 2025 - 19:35

A projeção do banco é que a Selic encerre 2025 em 15% e que os cortes comecem de forma gradual em janeiro, alcançando 12% ao final de 2026

INVESTIMENTOS EM 2026

Ibovespa a 300 mil pontos? ASA vê a bolsa brasileira nas alturas, mas há uma âncora à vista

3 de dezembro de 2025 - 17:31

Em um cenário dúbio para 2026, os executivos da instituição financeira avaliam o melhor investimento para surfar um possível rali e ainda conseguir se proteger em um ambiente negativo

MAIS VENDIDOS

Segundo carro elétrico mais vendido do Brasil atinge marca histórica de vendas no mundo 

3 de dezembro de 2025 - 15:09

Hatch elétrico chinês atinge marca histórica em apenas quatro anos e reforça a estratégia global da BYD no mercado de veículos eletrificados

JÁ VIU A SUA?

Retrospectiva Spotify 2025: Bad Bunny lidera o mundo e dupla sertaneja domina o Brasil (de novo); veja como acessar o seu Wrapped

3 de dezembro de 2025 - 14:04

Plataforma divulga artistas, álbuns e músicas mais ouvidos do ano e libera função Wrapped para todos os usuários

BILIONÁRIA SELF-MADE

De bailarina a bilionária mais jovem do mundo: a trajetória da brasileira que construiu uma fortuna aos 29 anos sem ser herdeira

3 de dezembro de 2025 - 12:04

A ascensão de Luana Lopes Lara à frente da Kalshi mostra como a ex-bailarina transformou formação técnica e visão de mercado em uma fortuna bilionária

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar