Estrangeiro volta a reduzir posição na dívida pública brasileira
Não residente vende quase R$ 30 bilhões em dois meses e participação é a menor desde dezembro de 2011
Mesmo com uma melhora externa e menor incerteza local, o investidor estrangeiro voltou a diminuir sua posição na dúvida pública brasileira. Depois de um saque histórico de R$ 20 bilhões em agosto, outros R$ 9,2 bilhões foram retirados no mês passado.
Com esse saque de quase R$ 30 bilhões em dois meses, a participação percentual na dívida pública mobiliária interna (DMPFi) caiu a 11,67%, menor desde dezembro de 2011 (11,3%). O estoque do estrangeiro é de R$ 423,53 bilhões. No ano, o saldo ainda é positivo em magros R$ 7,2 bilhões.
A parcela do não residente oscilou ao redor dos 20% durante boa parte de 2014 e começo de 2015. Mas a perda do grau do investimento em setembro daquele ano mudou a relação do estrangeiro com a dívida brasileira.
O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital, avalia que essa saída de estrangeiro, em setembro, mostra uma evolução favorável, pois foi inferior à registrada em agosto.
"Com a melhora das condições de mercado, locais e externas, esse fluxo deve se reverter”, acredita.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Ter estrangeiros comprando nossa dívida tem suas vantagens e desvantagem. A presença do gringo ajuda a diversificar a base de financiadores e estimula o alongamento do perfil, pois esses investidores têm preferência por ativos com maior prazo de vencimento. Atualmente quase 29% da participação está em papéis entre três a cinco anos e outros 28% acima de cinco anos.
Leia Também
Por outro lado, uma participação muito alta é desvantajosa, principalmente, em momentos de maior incerteza. Quando ocorrem episódios de elevada instabilidade local ou externa, os estragos causados por uma fuga de recursos estrangeiros pressionando taxas de juros e de câmbio é maior.
Os principais detentores da dívida interna brasileira são os fundos de investimento, com 26,14%, ou R$ 948 bilhões, do estoque de R$ 3,628 trilhões. Seguidos pelas instituições de previdência, com 25,35%, e dos bancos com 22,8%.

Tesouro Direto
O programa de compra e venda de títulos pela internet voltou a bater recordes em setembro, com destaque para os 133.877 novos cadastrados, sendo 31.911 novos investidores ativos, que são aqueles com alguma operação.
Diversos fatores explicam esse desempenho, como o esforço de popularização do programa e o aumento das taxas de juros nos meses recentes. Mas Vital destacou, também, a redução de custos para operação.
Ele lembrou que apenas algumas corretoras tinham taxa zero para operar Tesouro Direto. Agora, diversos bancos, incluindo os cinco maiores, estão com taxa zero. Das cerca de 60 instituições habilitadas a operar dentro do programa, 36 estão com custo zero.

Estratégia para a dívida
Ao longo de setembro as condições no mercado local foram apresentando melhora, o que resultou em queda na estrutura a termo da taxa de juros. A taxa média de colocação de LTN de 48 meses, por exemplo, abriu o mês em 11,32% e foi recuando até marcar 10,62% no fim do mês.
Com isso, explica Vital, o Tesouro voltou a ampliar a venda de títulos prefixados e de prazo mais dilatado. Estratégia que se mantém agora em outubro.
Segundo Vital, com a evolução favorável das condições de mercado, o Tesouro volta a mirar 100% de rolagem da dívida até o fim do ano. Nos últimos três meses ocorreram resgates líquidos da dívida.
Emissão externa
Questionado sobre a possibilidade de o Tesouro fazer emissões no mercado internacional, Vital explicou que as atuações têm caráter qualitativo e que mesmo com um cenário local melhor, agora em outubro o quadro externo voltou a mostrar piora.
“Se tiver melhora o Tesouro poderia voltar a considerar emissão externa”, disse.
Quando o Tesouro faz esse tipo de operação não é por necessidade de financiamento, mas sim para dar referência de preço para os emissores privados domésticos planejarem suas operações, por isso que o caráter é “qualitativo”.
Carregando a montanha
O Tesouro também atualiza mensalmente o custo de carregar esses trilhões de dívida. O custo médio acumulado em 12 meses foi de 9,78% em setembro recuando de 9,88% em agosto.
A inflação é um dos principais indexadores da dívida pública, assim como a taxa Selic. Então, quanto maior a inflação e maior o juro, mais “cara” a dívida brasileira. Para dar uma ideia, o custo da dívida chegou a ultrapassar 16% no fim de 2015 e começo de 2016. Aqui as taxas de juros reais também importam.
O custo médio de emissão em mercado caiu pelo 24º mês consecutivo e marcou 7,91% no mês passado, menor valor da série histórica iniciada em 2010. O custo de emitir uma NTN-B fechou o mês em 9,3%, depois de passar dos 17% no fim de 2015.

Negociações na COP30 entre avanços e impasses: um balanço da cúpula do clima até agora
Em Belém, negociadores tentam conciliar a exigência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, com o impasse no financiamento climático e o risco de adiar as metas de adaptação para 2027
Brasil x Senegal: veja onde assistir ao amistoso e saiba o horário da partida
Confira onde e quando assistir ao amistoso entre Brasil x Senegal, que faz parte da preparação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026
Essa praia brasileira vai ser uma das mais visitadas do país em 2026
Juquehy se destaca como um destino turístico em ascensão, combinando mar calmo, ondas para surfistas e uma infraestrutura em constante crescimento, atraindo turistas para 2026
Mega-Sena 2940 faz um multimilionário em Porto Alegre – quanto rende o prêmio de R$ 99 milhões na renda fixa?
Vencedor de Porto Alegre embolsou R$ 99 milhões e agora pode viver de renda
Explosão de fogos no Tatuapé: quem paga a conta? Entenda a responsabilidade de locatário, proprietário e vizinhos
Com danos a casas, comércios e patrimônio público, advogados apontam quem responde civilmente pela explosão no bairro da zona leste
RIP, penny: Por que Donald Trump acabou com a moeda de um centavo de dólar nos EUA?
Mais de 250 bilhões de moedas de um centavo continuam em circulação, mas governo decidiu extinguir a fabricação do penny
Lotofácil 3538 tem 8 ganhadores, mas apenas 2 ficam milionários; Mega-Sena adiada corre hoje valendo R$ 100 milhões
Basta acumular por um sorteio para que a Lotofácil se transforme em uma “máquina de milionários”; Mega-Sena promete o maior prêmio da noite
Do passado glorioso ao futuro incerto: a reforma milionária que promete transformar estádio de tradicional clube brasileiro
Reforma do Caindé prevê R$ 700 milhões para modernizar o estádio da Portuguesa em São Paulo, mas impasse com a Prefeitura ameaça o projeto
Onde já é possível tirar a habilitação gratuitamente? Confira quais Estados já aderiram à CNH Social
Com a CNH Social em expansão, estados avançam em editais e inscrições para oferecer a habilitação gratuita a candidatos de baixa renda
Bolão paulistano fatura Quina e 16 pessoas ficam a meio caminho do primeiro milhão; Mega-Sena pode pagar R$ 100 milhões hoje
Prêmio principal da Quina acaba de sair pela terceira vez em novembro; Lotofácil acumulou apenas pela segunda vez este mês.
A família cresceu? Veja os carros com melhor custo-benefício do mercado no segmento familiar
Conheça os melhores carros para família em 2025, com modelos que atendem desde quem busca mais espaço até aqueles que preferem luxo e alta performance
Batata frita surge como ‘vilã’ da inflação de outubro; entenda como o preço mais salgado do petisco impediu o IPCA de desacelerar ainda mais
Mesmo com o grupo de alimentos em estabilidade, o petisco que sempre está entre as favoritas dos brasileiros ficou mais cara no mês de outubro
“O Banco Central não está dando sinais sobre o futuro”, diz Galípolo diante do ânimo do mercado sobre o corte de juros
Em participação no fórum de investimentos da Bradesco Asset, o presidente do BC reafirmou que a autarquia ainda depende de dados e persegue a meta de inflação
Governo Lula repete os passos da era Dilma, diz ex-BC Alexandre Schwartsman: “gestão atual não tem condição de fazer reformas estruturais”
Para “arrumar a casa” e reduzir a taxa de juros, Schwartsman indica que o governo precisa promover reformas estruturais que ataquem a raiz do problema fiscal
Bradesco (BBDC4) realiza leilão de imóveis onde funcionavam antigas agências
Cinco propriedades para uso imediato estão disponíveis para arremate 100% online até 1º de dezembro; lance mínimo é de R$ 420 mil
Maioria dos fundos sustentáveis rendeu mais que o CDI, bolsa bate novos recordes, e mercado está de olho em falas do presidente do Banco Central
Levantamento feito a pedido do Seu Dinheiro mostra que 77% dos Fundos IS superou o CDI no ano; entenda por que essa categoria de investimento, ainda pequena em relação ao total da indústria, está crescendo no gosto de investidores e empresas
Lotofácil 3536 faz o único milionário da noite; Mega-Sena encalha e prêmio acumulado chega a R$ 100 milhões
Lotofácil continua brilhando sozinha. A loteria “menos difícil” da Caixa foi a única a pagar um prêmio milionário na noite de terça-feira (11).
ESG não é caridade: é possível investir em sustentabilidade sem abrir mão da rentabilidade
Fundos IS e que integram questões ESG superaram o CDI no acumulado do ano e ganham cada vez mais espaço na indústria — e entre investidores que buscam retorno financeiro
O carro mais econômico do mercado brasileiro é híbrido e faz 17,5 km/l na cidade
Estudo do Inmetro mostra que o Toyota Corolla híbrido lidera o ranking de eficiência no Brasil, com consumo de 17,5 km/l na cidade
Mesmo com recordes, bolsa brasileira ainda está barata, diz head da Itaú Corretora — saiba onde está o ouro na B3
O Ibovespa segue fazendo história e renovando máximas, mas, ainda assim, a bolsa se mantém abaixo da média histórica na relação entre o preço das ações das empresas e o lucro esperado, segundo Márcio Kimura
