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Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Criptoativos

Por que o preço do bitcoin despencou – e o que vai acontecer com esse mercado agora

Em bate-papo ao vivo, os colunistas de criptoativos do Seu Dinheiro me contaram por que o preço do bitcoin caiu cerca de 80% desde seu pico no fim do ano passado e se há oportunidades nesse mercado

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
29 de novembro de 2018
18:22 - atualizado às 11:05
Símbolo do bitcoin se desintegra em razão de queda no preço
Oportunidade de compra de bitcoins se abriu, mas investidor deve tomar cuidado para não expor demais seu patrimônioImagem: Shutterstock

Hoje de manhã eu bati um papo com dois dos nossos colunistas de criptoativos, o Vinícius Bazan e o Nicholas Sacchi, para entender, afinal, o que diabos está acontecendo com o bitcoin neste ano. Eles escrevem a coluna Cripto News, aqui no Seu Dinheiro.

Depois de um rali no ano passado, quando atingiu o valor de quase US$ 20 mil, o criptoativo despencou cerca de 80% em 2018, chegando ao patamar dos US$ 4 mil.

Nós, aqui no Seu Dinheiro, transmitimos a conversa ao vivo, mas abaixo eu resumi os principais pontos para você entender por que o bitcoin caiu e tanto e se o momento atual abre uma boa oportunidade para compra.

Deixamos, no final, a íntegra do vídeo, caso você tenha perdido a live.

Por que o Bitcoin está caindo tanto neste ano?

Em primeiro lugar, há um movimento de correção natural em relação à forte alta do ano passado. Os preços, em 2017, se descolaram muito de fundamentos, como a capacidade de processamento da rede. Houve de fato uma mania especulativa.

Mais recentemente, houve uma queda mais brusca em razão de um “fork” (bifurcação) que aconteceu em uma rede paralela ao bitcoin, o bitcoin cash.

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O bitcoin cash foi criado a partir do código do bitcoin, que é aberto, e apesar de ser um concorrente do bitcoin, tem algumas características diferentes.

O bitcoin cash tinha uma programação para que ocorresse um novo “fork” a cada seis meses. Mas no último deles, ocorreu uma divergência entre os usuários que haviam desenvolvido seu protocolo.

Um grupo acredita que o bitcoin cash deveria ter uma nova funcionalidade, de contratos inteligentes, como o ethereum; o outro é contra essa nova funcionalidade e defende o aumento do bloco de registro de transações.

Assim, surgiu mais uma rede concorrente a partir do bitcoin cash. Este seria um movimento natural de mercado se uma vertente não tivesse declarado guerra à outra.

Um grupo de usuários começou a atacar o outro, tentando congestionar a rede adversária, deslocando capacidade de processamento da mineração de bitcoin para esse conflito.

Isso gerou um temor em relação à segurança. Essa queda de poder computacional na mineração de bitcoins levou o mercado a ficar receoso.

Além disso, como os preços do bitcoin já vinham em queda, muitos investidores já haviam saído do mercado, que reduziu de volume.

Com isso, essa “guerra de usuários” do bitcoin cash pode ter tomado proporções muito maiores do que tomaria em um mercado de alta e com volumes maiores, afetando demais os preços. Foi como um golpe de misericórdia em um ativo que já estava no chão.

Essa “guerra de usuários” pode apresentar de fato alguma ameaça à segurança do bitcoin?

Quando se fala em ataques, existe muito temor. Os mineradores, que validam as transações, detêm o poder de processamento das redes e podem atacar protocolos de forma a modificar a natureza de um criptoativo e criar uma falha de segurança.

Em tese, isso até poderia acontecer com o bitcoin, mas seria muito caro fazer isso, dada a sua relevância. O bitcoin tem registros espalhados por todo mundo. Seu aplicativo tem funcionado ininterruptamente por dez anos.

Para o bitcoin, a chance de ataque é bem baixa, pois além do alto custo, isso acabaria com o mercado todo. É muito mais interessante para um minerador usar seu poder computacional para minerar bitcoins e lucrar com isso do que atacá-los.

A queda brusca dos preços dos bitcoins abriu oportunidade de compra?

Sim, é uma oportunidade, pois os preços retornaram aos patamares do primeiro semestre do ano passado, então estão atrativos. Mas o mais importante é o investidor analisar quanto o bitcoin representa na sua carteira.

Para quem não tem bitcoins ou tem um percentual mínimo da carteira em criptoativos - como 1% ou 2% -, vale a pena entrar, até um percentual de 5%.

Agora, se mesmo depois dessa queda o investidor ainda tiver um percentual relevante da sua carteira - digamos, 20% do patrimônio - em criptoativos, melhor não comprar mais, independentemente do preço, pois a exposição já está muito alta.

O importante é seguir a regra de ouro dos nossos colunistas: investir o dinheiro da pinga, e não do leite. Se você perder esse dinheiro, será ruim, mas não fará muita diferença no seu portfólio nem impactará seu futuro.

O investimento em bitcoins é algo para um horizonte de cinco a dez anos. O mercado é muito volátil e ainda está em consolidação. Ainda não é possível determinar valor para os ativos, e o desenvolvimento da tecnologia é um processo lento.

Qual o impacto da queda dos preços do bitcoin em outros criptoativos? Em algum deles surgiram boas oportunidades?

Os criptoativos ainda são muito correlacionados uns aos outros e tendem a caminhar juntos. No curto prazo, todo mundo caiu junto. No prazo de um ano, alguns resistiram. Mas ainda não dá para dizer que algum deles é descorrelacionado ao bitcoin ou que se destaque.

Isso ocorre até pelo funcionamento do próprio mercado. As alt coins (criptoativos alternativos) são procuradas por investidores que querem gerar um ganho um pouco maior que aquele obtido com o bitcoin. Quando a coisa fica feia, o investidor tende a voltar correndo para o bitcoin.

Além disso, um acontecimento que afete o bitcoin tende a afetar a tecnologia como um todo. O bitcoin é referência de mercado e tem sobrevivido a várias tentativas de derrubada de preços, o que mostra sua força.

Pode surgir no médio prazo uma nova moeda que ocupe o lugar do bitcoin?

Nova não. Uma que já exista, talvez, mas é difícil. O bitcoin tem US$ 100 bilhões de valor de mercado, e isso não se cria da noite para o dia.

Além disso, o bitcoin é a moeda base do mercado de cripto. A compra de alt coins geralmente é feita em bitcoin.

O bitcoin é dominante e reconhecido como o principal criptoativo inclusive por reguladores e grandes investidores. Já tem toda uma infraestrutura gerada em torno dele.

Para algo superar o bitcoin em processamento de transações teria que ser algo disruptivo em relação a ele.

Um tipo de criptoativo que poderia se sobrepor seriam os nacionais, criados por bancos centrais, mas não teriam as mesmas características, pois não seriam descentralizados.

Há relação entre a queda do bitcoin e o desempenho das ações de empresas de tecnologia na bolsa americana?

Sim, porque no final tudo é dinheiro. Um investidor com uma carteira diversificada, quando perde em ativos menos arriscados que cripto acaba tirando seu dinheiro dos criptoativos também. Quando o capital de risco sofre, os criptoativos em geral também sofrem. E há uma grande aversão a risco no mundo hoje.

Existe uma visão de que o bitcoin poderia se tornar uma reserva de valor, pois não tem relação com governos e instituições financeiras. Mas não é assim que ele é percebido. O bitcoin ainda é visto como ativo de risco e é muito volátil. Ainda há muita gente que desconhece os criptoativos ou que tem preconceito.

As iniciativas de regulação dos criptoativos, inclusive no Brasil, pode atrair o investidor institucional. Se sim, o que poderia acontecer com o mercado?

A criação de ETFs (fundos de índices de mercado) ligados a criptoativos vem sendo muito discutida, e é algo que pode facilitar muito a entrada dos investidores institucionais.

O grande problema, para o investidor institucional, é a questão da custódia. Por lei, eles precisam ter um custodiante autorizado. Só que a custódia dos criptoativos é ao portador, isto é, o detentor do ativo é quem deve custodiá-lo.

Mas vamos dizer que um fundo de pensão aplica em criptomoedas, e o gestor do fundo comete um erro e perde a chave privada. Se isso acontecer, acabou, não tem como recuperar.

Hoje há várias empresas tentando solucionar esse problema, investindo na oferta do serviço de custódia para o institucional. Uma série de propostas têm surgido para facilitar a entrada desse investidor.

Mas atenção: quando falamos de investidor institucional, estamos falando daqueles realmente grandes, como os fundos de pensão. Hedge fundos e fundos de venture capital (capital de risco) já entraram no mercado de cripto lá atrás, em 2013.

A regulação desse mercado é inevitável e é algo bom, para mais gente poder entrar. Não necessariamente o institucional vai entrar e puxar os preços para cima de uma vez, mas ele vai ajudar o mercado a evoluir e se consolidar ao negociar com muito mais volume.

A calmaria que vimos no fim do ano passado não deve mais se repetir no futuro, porque o poder de transação vai aumentar.

Depende também do apetite desses grandes investidores, sua entrada não vai acontecer tão cedo. É algo para os próximos anos. Mas quem está entrando hoje nesse mercado está muito bem posicionado para pegar algo que pode se tornar muito maior.

Confira na íntegra, a seguir, o vídeo com o meu bate-papo com Vinícius Bazan e Nicholas Sacchi:

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