🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Política Monetária

Copom tem reunião decisiva para seus investimentos, mas está fora do radar

Banco Central apresenta sua decisão sobre a Selic na noite de hoje e notícia pode ser positiva para o nosso bolso

Eduardo Campos
Eduardo Campos
31 de outubro de 2018
6:02 - atualizado às 10:05
Reunião do Copom com Ilan Goldfajn à frente
Copom destaca cautela, serenidade e perseverança nas decisões de política monetária - Imagem: Beto Nociti/BCB

Em meio ao intenso noticiário sobre a formação do governo Jair Bolsonaro, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) parece estar em segundo plano. Mas o encontro desta quarta-feira é um dos mais importantes dos últimos tempos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O consenso de mercado é de estabilidade da taxa básica de juros, a Selic, em 6,5% ao ano. Juro baixo e estável favorece, principalmente, os ativos de risco, como a bolsa de valores, e ajuda a alavancar o setor imobiliário e os Fundos de Investimento Imobiliário (FII).

Perdem atratividade os ativos atrelados à Selic, como as LFTs, que você encontra no Tesouro Direto. Para os investidores em Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B), que já ganharam um bom dinheiro com o recente “fechamento” da curva futura, o aceno de compromisso com as metas pode gerar mais alguns pontos percentuais de ganho. O mesmo vale para que está nos prefixados.

Mas mais importante que a decisão será o comunicado, onde o BC pode dar pistas sobre a condução da política monetária nos próximos meses. Em setembro, o BC se reuniu em momento de grande incerteza doméstica e externa, e alertou sobre a possibilidade de retirar estímulo monetário da economia, ou seja, subir a taxa de juros, no caso de piora nas projeções de inflação e no seu balanço de riscos.

O fator câmbio

Do lado doméstico, o principal vetor a autorizar uma manutenção da Selic é o comportamento recente da taxa de câmbio. Parece um passado distante, mas no começo de setembro o dólar foi a R$ 4,20, contaminando as projeções de inflação feitas pelo BC, que passaram a escapar na meta de 4,25% para 2019, 4% para 2020 e 3,75% para 2021.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Agora, com o dólar orbitando a casa de R$ 3,70, podemos esperar um ajuste para baixo nas projeções. Com dólar a R$ 4,15 e Selic constante em 6,5%, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que baliza o regime de metas, encerraria 2019 em 4,5% ao ano. As ações tomadas hoje pelo BC visam 2019 e, com peso crescente ao longo do tempo, o ano de 2020, em função dos efeitos defasados sobre o lado real da economia.

Leia Também

A cotação do dólar é o lado visível de uma análise mais subjetiva e discricionária feita pelos membros do Copom. A avaliação sobre a continuidade de ajustes e reformas na economia brasileira. Algo que vem sendo destacado com constância na comunicação do BC ao longo dos últimos anos.

O BC não fala, nem poderia falar, de eleições e expectativas sobre qual candidato teria viés mais reformista. Mas esse recado estava lá da seguinte forma: “o Comitê ressalta ainda que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes”.

Com a eleição definida, fica a expectativa sobre qual seria a primeira avaliação do BC com relação a essa percepção sobre a continuidade da agenda de ajustes estruturais na economia. Em entrevista na divulgação do Relatório de Inflação, o presidente Ilan Goldfajn, disse que o BC tinha lado, o das reformas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Balanço de riscos

Ainda no balanço de riscos para a inflação, que estava assimétrico para o lado negativo, estavam a deterioração do cenário externo para emergentes, algo que deve permanecer, já que os mercados internacionais têm dado sustos frequentes, e a possibilidade de a atividade fraca segurar a inflação para baixo. Sobre esse tópico, também não se espera grande mudança. Embora algumas leituras de atividade tenham surpreendido para cima, o grau de ociosidade na economia acomoda um ritmo de crescimento mais acelerado.

Para 2019, a mediana do mercado projeta Selic subindo a 8% ao ano, mas algumas casas, como o Banco Fibra destoam dos pares, e trabalham com a possibilidade de juro estável até o fim do ano que vem.

Cabe ressalvar aqui que mesmo que o BC venha a subir o juro, o que se espera dentro um quadro de normalidade, é que as taxas não voltem mais ao patamar de dois dígitos. Assim, um eventual ciclo de ajuste não “mataria” os ativos de risco, nem promoveria uma corrida para os papéis “selicados” do Tesouro.

Preferência pela flexibilidade

Outro ponto que deve ser mantido pelo BC é a preferência por não fornecer indicações sobre os próximos passos. “O nível de incerteza da atual conjuntura gera necessidade de maior flexibilidade para condução da política monetária, o que recomenda abster-se de fornecer indicações sobre seus próximos passos”, disse o Copom em sua última ata.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O BC tem utilizado uma comunicação que não tem palavras-chaves ou jargões que determinem sua atuação. São apresentados dados e condicionalidades e o BC se reserva a tomar as decisões no momento das reuniões.

Mais um ponto que deve ser reafirmado é a ausência de relação mecânica da política monetária com o cenário externo. Algo que o BC vem falando faz meses para afastar a ideia de que vai subir a Selic em caso de disparada do dólar por percalços externos ou domésticos.

O mesmo vale para a avaliação de que o BC não reage ao efeito primário de choques de preços, mas apenas quando há um espraiamento dessa elevação pontual de preços para o restante da economia.

Uma de forma de se medir isso é o comportamento dos núcleos de inflação, que são uma forma de captar a tendência para o comportamento dos preços. Desde o último Copom, os núcleos oscilaram para baixo ou estão compatíveis com o cumprimento das metas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Juro real

Discutimos recentemente a importante da taxa de juro real na condução da política monetária. O juro real considera uma taxa nominal descontada da inflação esperada. A medição mais recente, considerando o swap de 360 dias e o IPCA para 12 meses, mostra um juro real orbitando os 3% ao ano, patamar não visto desde o começo de junho.

No fim de agosto e começo de setembro, a taxa real chegou perto dos 4,5%, junto com as incertezas locais e externas. Essa subida do juro real equivale a um aperto nas condições monetárias, mesmo com o BC mantendo o juro básico em 6,5%.

Uma discussão que deve se intensificar é por quanto tempo mais o BC vai deixar esse juro real abaixo do patamar considerado neutro. A taxa neutra é aquela que garante o máximo de crescimento com inflação nas metas. É uma variável não observável, mas as estimativas recentes sugerem que ela orbite entre 4% a 4,5%.

Assim, temos hoje o que o BC chama de política estimulativa, ou seja, juro abaixo do patamar neutro ou estrutural.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em algum momento, o BC terá de fazer esse ajuste e ele pode acontecer tanto pela alta da Selic como por uma queda da taxa estrutural, algo que depende de fatores como ajustes e reformas. É possível, também, fazer uma combinação das duas coisas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
NÃO GOSTOU

Bet da Caixa ameaçada? Lula cobra explicações do presidente do banco

25 de outubro de 2025 - 18:42

Com o incômodo de Lula, o andamento da nova plataforma de apostas online do banco pode ser cancelado

VEM AÍ

Trump confirma encontro com Lula e diz que avalia reduzir tarifas ao Brasil “sob certas circunstâncias”

25 de outubro de 2025 - 11:28

O republicano também lembrou da breve conversa com o presidente brasileiro nos bastidores da ONU, em Nova York

LOTERIAS

Mega-Sena sorteia quase R$ 100 milhões hoje — mas não é a única com prêmio milionário; confira os sorteios deste sábado

25 de outubro de 2025 - 9:31

A Mega-Sena está encalhada há sete sorteios. Timemania, Lotofácil, Quina, Dia de Sorte e +Milionária também voltam a correr hoje

QUEBRANDO RECORDES

João Fonseca x Jaume Munar no ATP 500 da Basileia: veja horário e onde assistir

25 de outubro de 2025 - 9:01

João Fonseca encara o espanhol Jaume Munar neste sábado (25) pela semifinal do ATP 500 da Basileia; partida define quem vai à final do torneio suíço

COP DA IMPLEMENTAÇÃO?

“Brasil não precisa se defender”, diz CEO da COP30 sobre exploração de petróleo na Margem Equatorial; entenda o que o governo quer do encontro

24 de outubro de 2025 - 18:32

A gestão do evento adotou medidas rigorosas para reestruturar a participação do setor privado e de outras instituições na Agenda de Ação da COP30, segundo a executiva

EM BUSCA DA BOLADA

De desistência em desistência, João Fonseca avança à semifinal no ATP 500 da Basileia, tem melhor colocação de sua história e garante bolada

24 de outubro de 2025 - 17:45

Após vitória com desistência de Shapovalov, João Fonseca chega à semifinal do ATP 500 da Basileia, conquista seu melhor ranking na carreira e garante prêmio de quase R$ 850 mil

CONCRETO VIROU FARELO

É tudo fachada? Arranha-céu cheio de bilionários e famosos corre risco de colapso

24 de outubro de 2025 - 17:01

Refúgio de bilionários onde mora Jennifer Lopez corre risco de desabamento. Entenda o que causou a crise no arranha-céu

SURPREENDEU DUAS VEZES

Usiminas (USIM5) cai até 8% com prejuízo inesperado, mas possíveis dividendos melhoram humor do acionista

24 de outubro de 2025 - 15:50

Empresa registrou um prejuízo de 3,5 bilhões no terceiro trimestre após revisões de ativos que os analistas não esperavam

NOVIDADE DO MEC

Vai tentar o Sisu 2026? Agora você pode usar a melhor nota do Enem dos últimos três anos

24 de outubro de 2025 - 15:25

MEC muda regra para ampliar oportunidades e reduzir a pressão sobre os candidatos; veja como vai funcionar o novo sistema de seleção

ESCÂNDALO

NBA abre temporada nas páginas policiais: escândalo de apostas leva técnico e jogador à prisão e envolve até a máfia

24 de outubro de 2025 - 11:34

Escândalo de apostas esportivas e manipulação de resultados atinge a NBA; investigação do FBI prende 31 pessoas, incluindo o técnico Chauncey Billups e o armador do Miami Heat, Terry Rozier

CONSUMIDORES DE OLHO

Black Friday ou Black Fraude? Golpes disparam e consumidores ligam o alerta; veja como se proteger

24 de outubro de 2025 - 10:37

Descontos de mentira, Pix falsos e anúncios clonados: os bastidores da “Black Fraude”

MALHA FINA

Restituição do IR: Receita Federal libera consulta a lote da malha fina; veja se você recebe

24 de outubro de 2025 - 9:51

Consulta ao lote residual de outubro contempla contribuintes que saíram da malha fina ou entregaram a declaração fora do prazo

QUARTAS DE FINAL

João Fonseca x Denis Shapovalov no ATP 500 da Basileia: veja horário e onde assistir

24 de outubro de 2025 - 9:15

João Fonseca enfrenta o canadense Denis Shapovalov pelas quartas de final do ATP 500 da Basileia nesta sexta-feira (24)

NO ESTALEIRO

Mega-Sena acumula de novo e prêmio em jogo se aproxima de R$ 100 milhões

24 de outubro de 2025 - 8:28

A Mega-Sena é o carro-chefe das loterias da Caixa. Ela está encalhada há sete sorteios, mas só voltará à cena amanhã.

BOLA DIVIDIDA

Lotofácil 3520 tem 33 ganhadores, mas só 5 ficam milionários

24 de outubro de 2025 - 6:33

Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta sexta-feira (24) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3521

NIS FINAL 5

Caixa libera hoje (24) parcela de outubro do Bolsa Família para NIS final 5

24 de outubro de 2025 - 5:43

Caixa libera mais uma rodada do Bolsa Família; 18,9 milhões de famílias recebem em outubro

QUEM PAGA A CONTA?

“Com a dívida pública no nível atual, cada brasileiro acorda devendo R$ 30 mil”, diz Gustavo Franco

23 de outubro de 2025 - 19:50

Idealizador do Plano Real afirma estar assustado com a situação fiscal, e afirma que a postura do governo está errada e precisa mudar

ENTRETENIMENTO

Só para os “verdadeiros”: Maroon 5 fará show gratuito no Brasil, mas apenas 3 mil fãs terão acesso

23 de outubro de 2025 - 19:07

Banda se apresentará de graça em São Paulo no dia 5 de dezembro; saiba como concorrer aos ingressos

SD ENTREVISTA

Por que a temporada de balanços do 3T25 não deve ser “grande coisa”, segundo estes gestores — e no que apostar

23 de outubro de 2025 - 16:45

O Seu Dinheiro conversou com Roberto Chagas, head de renda variável do Santander Asset, e Marcelo Nantes, head de renda variável do ASA. Eles explicam porque a safra de resultados deve ser morna e quais são as empresas que devem se destacar — além de ações para ficar de olho

VIRANDO O JOGO

Do CadÚnico ao CNPJ: o novo rosto do empreendedorismo brasileiro derruba mito sobre o Bolsa Família

23 de outubro de 2025 - 16:19

Levantamento do Sebrae e do MDS mostra que 2,5 milhões de brasileiros inscritos em programas sociais decidiram empreender após entrarem no CadÚnico

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar