Não vai ter acordo
As investidas protecionistas da Casa Branca, com o presidente norte-americano, Donald Trump, usando a artilharia das tarifas contra vários parceiros comerciais, assustam o mercado financeiro. Os investidores alimentavam esperanças de que Estados Unidos e China iriam assinar um acordo antes do fim do ano, mas já se dão conta de que uma nova taxação contra US$ 160 bilhões em produtos chineses deve entrar em vigor no dia 15.
Mais que isso, o mercado financeiro tenta entender o significado de um cenário sem acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo. O prolongamento da batalha tarifária sino-americana ao longo de todo o ano que vem mina as expectativas por um cessar-fogo, apontando para um fim de ano conturbado para os ativos de risco e recuando o otimismo anterior dos investidores em relação ao crescimento da economia global.
Aparentemente não houve um consenso entre Washington e Pequim sobre pontos preliminares, que seriam tratados na fase um, em meio à exigência da China de retirada das tarifas existentes e suspensão das programadas. É bom lembrar que essa pré-condição do lado chinês era conhecida desde o início das negociações entre os dois países.
Percebe-se, então, que a segunda maior economia do mundo não se curvou à maior potência estrangeira, desagradando a Casa Branca. Tanto que Trump vem dizendo que só irá assinar um acordo que beneficie e atenda aos interesses dos EUA e admite esperar até o fim das eleições presidenciais norte-americanas, em novembro de 2020, para fazer um acordo - como parecia ser a intenção da China, desde o início.
Além disso, o mercado financeiro sabe que, mesmo se houver um acordo preliminar, a guerra comercial entre EUA e China está longe acabar. Um termo provisório apenas mudaria a fase da disputa, passando a ser focada menos em tarifas e mais em questões relacionadas à tecnologia e à estratégia industrial. Com isso, a economia global deve perder tração em 2020 quando comparado ao padrão anterior de crescimento - inclusive nos EUA.
Exterior deprimido
O sinal negativo prevalece entre as bolsas no exterior, na esteira dos comentários de Trump ontem. As principais bolsas asiáticas fecharam em queda, com as perdas lideradas por Hong Kong (-1,2%). Xangai recuou 0,2%, digerindo uma nova resolução aprovada pelo Congresso norte-americano sobre a repressão da minoria islâmica na China, irritando novamente Pequim, que alertou os EUA para parar de interferir em questões internas.
Leia Também
Os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram no vermelho, pressionando a abertura do pregão europeu, em meio às incertezas sobre o rumo que a guerra comercial irá tomar. Wall Street também digere o resultado das investigações do processo de impeachment contra Trump, que mostrou que o presidente norte-americano subverteu a política externa dos EUA em benefício próprio e cometeu obstrução.
Nos demais mercados, percebe-se certa busca por proteção em ativos seguros. Ainda assim, o petróleo é negociado em alta, antes da reunião do cartel dos maiores países produtores e exportadores da commodity, que pode decidir por novos cortes na produção. Entre as moedas, destaque novamente para o dólar australiano, que tem fortes perdas, após a decepção com o crescimento do país (PIB) no trimestre passado.
Nem Pibinho, nem Pibão
Já o mercado financeiro doméstico tentou se desvencilhar ontem da escalada da tensão comercial no exterior, usando como escudo o crescimento acima do esperado da economia brasileira no terceiro trimestre deste ano. Os investidores comemoraram a alta de 0,6% do PIB como se o número fosse invertido, nos moldes de um PIB chinês.
Olhando de forma isolada, o resultado foi fraco, mas a revisão nos números de 2017 e 2018 somada aos indicadores antecedentes do quarto trimestre de 2019 sugerem que o crescimento deve continuar. E, por esse lado, os dados são animadores, sinalizando que o país entrou na rota de expansão, enquanto o mundo teme uma desaceleração.
Tanto que várias instituições financeiras melhoraram a estimativa de alta da economia brasileira neste ano e no próximo ano, na esteira dos dados divulgados ontem. Ainda assim, os números estão longe das previsões mais otimistas, entre +2,5% e +3% - ou mais, sinalizando que o país pode ter dificuldade de gerar taxas de crescimento acima de 2,0%.
Por isso, o mercado financeiro deve comemorar a alta do PIB brasileiro no trimestre passado com parcimônia. Afinal, os dados ainda são confrontados com uma base de comparação muito baixa e os investidores acreditam que a agenda de reformas precisa continuar para colocar a economia de volta aos trilhos, rumo a um crescimento sustentável.
Só assim, os ativos brasileiros devem se descolar do cenário externo de maior incerteza. À medida que se tornar sólida a percepção de diferencial do crescimento doméstico, em aceleração, frente ao restante do mundo, diante da perda de tração da economia global, é que a vinda do investidor estrangeiro deve ficar mais evidente - se o “gringo” vier.
Agenda traz dados de atividade
Aliás, novos dados sobre a atividade no Brasil e no exterior recheiam a agenda econômica desta quarta-feira. Por aqui, o destaque fica com os números da produção industrial em outubro, que deve ter ganhado tração e crescido 0,8% em relação a setembro, na terceira alta mensal consecutiva.
Já na comparação com o mesmo mês do ano passado, o aumento da indústria nacional deve ser de 1,5%, no segundo resultado positivo seguido. Os dados efetivos serão conhecidos às 9h. Depois, às 14h30, saem os dados de novembro do Banco Central sobre a entrada e saída de dólares (fluxo cambial) do Brasil.
No exterior, logo cedo, serão conhecidas as leituras revisadas de novembro dos índices dos gerentes (PMI) dos setores industrial e de serviços na zona do euro. Nos EUA, os índices PMI e ISM do setor de serviços saem a partir das 11h45. Destaque ainda para os números da ADP sobre a geração de vagas no setor privado norte-americano em novembro (10h15).
Bolsa Família: Caixa paga último lote de novembro hoje (28) para NIS final 0
A ordem de pagamento do benefício para famílias de baixa renda é definida pelo último número do NIS
As pedras no caminho do Banco Central para cortar a Selic, segundo Galípolo
O presidente do BC participou de uma entrevista com o Itaú nesta quinta-feira (27) e falou sobre as dificuldades de atuação da autoridade monetária
Final da Libertadores 2025: Por que uma vitória do Palmeiras vai render mais dinheiro do que se o Flamengo levar a taça
Na Final da Libertadores 2025, Palmeiras x Flamengo disputam não só o título, mas também a maior premiação da história do torneio
Black Friday Amazon com até 60% de desconto: confira as principais ofertas em eletrônicos e os cupons disponíveis
Promoções antecipadas incluem Kindle, TVs, smartphones e mais; cupons chegam a R$ 500 enquanto durarem os estoques
Café faz bem para o coração? Novo estudo diz que sim
Pesquisa indica que até quem tem arritmia pode se beneficiar de uma das bebidas mais consumidas do mundo
Quem controla a empresa apontada como a maior devedora de impostos do Brasil
Megaoperação expõe a refinaria acusada de sonegar bilhões e ligada a redes do crime organizado
O que diz o projeto do devedor contumaz de impostos que tramita no Congresso? Entenda ponto a ponto
O objetivo da Receita Federal é punir empresários que abrem empresas apenas com o intuito de não pagar impostos
Concurso SEFAZ SP 2025: edital para Auditor Fiscal é publicado — 200 vagas e salário inicial de R$ 21,1 mil
Concurso público Sefaz SP oferece 200 vagas para Auditor Fiscal, com salários iniciais de R$ 21,1 mil e provas marcadas para fevereiro e março de 2026
Quanto vale hoje a mansão abandonada de Silvio Santos? Mais do que você imagina
Antigo refúgio da família Abravanel em Mairiporã, imóvel com deck na Represa da Cantareira, piscina, spa e casa de hóspedes ressurge reformado após anos de abandono
Como funcionava o esquema do Grupo Refit, maior devedor de impostos do país, segundo a Receita Federal
Antiga Refinaria de Manguinhos foi alvo da Operação Poço de Lobato, acusada de um sofisticado esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis
Essa cidade brasileira é a terceira maior do mundo, supera Portugal e Israel e tem mais cabeças de gado do que gente
Maior município do Brasil, Altamira supera o território de mais de 100 países e enfrenta desafios sociais, baixa densidade populacional e alta violência
Grupo Refit é alvo de megaoperação, com mandados contra 190 suspeitos; prejuízo é de R$ 26 bilhões aos cofres públicos
Os alvos da operação são suspeitos de integrarem uma organização criminosa e de praticarem crimes contra a ordem econômica e tributária e lavagem de dinheiro
Até tu, Lotofácil? Loterias da Caixa acumulam no atacado e atenções se voltam para prêmio de R$ 53 milhões na Timemania
É raro, mas até a Lotofácil encalhou na noite de quarta-feira (26); Quina, +Milionária, Lotomania, Dupla Sena e Super Sete também acumularam
Gás do Povo entra em operação: veja onde o botijão gratuito já está sendo liberado
Primeiras recargas do Gás do Povo começaram nesta semana em dez capitais; programa deve alcançar 50 milhões de brasileiros até 2026
É dia de pagamento: Caixa libera Bolsa Família de novembro para NIS final 9
O pagamento do benefício ocorre entre os dias 14 e 28 deste mês e segue ordem definida pelo último número do NIS
Como é o foguete que o Brasil vai lançar em dezembro (se não atrasar de novo)
Primeira operação comercial no país vai levar ao espaço satélites brasileiros e tecnologias inéditas desenvolvidas por universidades e startups
Liquidação do Banco Master não traz risco sistêmico, avalia Comitê de Estabilidade Financeira do BC
A instituição do banqueiro Daniel Vorcaro cresceu emitindo certificados com remunerações muito acima da média do mercado e vinha enfrentando dificuldades nos últimos meses
Imposto de Renda: o que muda a partir de 2026 para quem ganha até R$ 5 mil e para a alta renda, a partir de R$ 50 mil por mês
Além da isenção para as faixas mais baixas, há uma taxa de até 10% para quem recebe acima de R$ 50 mil por mês
A cidade brasileira que é a capital nacional do arroz, tem a maior figueira do mundo — e é o lar do mais novo milionário da Mega-Sena
Cidade gaúcha une tradição agrícola, patrimônio histórico e curiosidades únicas — e agora entra no mapa das grandes premiações da Mega-Sena
Defesa de Vorcaro diz que venda do Banco Master e viagem a Dubai foram comunicadas ao BC
O banqueiro foi preso na semana anterior devido à Operação Compliance Zero da Polícia Federal, que investiga um esquema de emissão de títulos de crédito falsos
