🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 1T25 JÁ COMEÇOU – CONFIRA AS NOTÍCIAS, ANÁLISES E RECOMENDAÇÕES

Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

fala bc

Presidente do Banco Central explica a alta do dólar 

Em evento, Roberto Campos Neto destaca que depreciação cambial aconteceu com queda de risco e de juros longos

Eduardo Campos
Eduardo Campos
11 de outubro de 2019
13:32 - atualizado às 13:33
o presidente do BC, Roberto Campos Neto
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. - Imagem: Alan Santos/PR

A desvalorização do real não gerou inflação e não preocupou o Banco Central (BC). O que temos de diferente?

A pergunta foi feita pelo gestor do fundo Alaska, Henrique Bredda, ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, saindo um pouco do tema do painel de discussão sobre democratização do sistema financeiro no Fórum de Investimentos Brasil, organizado pela Apex.

Depois de reafirmar que o câmbio é flutuante e que o BC atua para suprir falta de liquidez no mercado, Campos Neto disse que o BC sempre entendeu, “desde o começo”, que teríamos uma fase na qual a curva longa de juros cairia bastante.

Campos Neto lembrou que o movimento de juros que tivemos no governo Michel Temer ficou muito concentrado nas curvas curtas, com o juro longo se sustentando acima de 11%.

Mais recentemente, explicou, estamos vendo essa queda do juro longo, que capta aumento da credibilidade, um governo que leva a situação fiscal a sério e um movimento mundial de redução de juros.

“Juro baixo com curva longa baixa gerou um fenômeno que não tinha no Brasil. As empresas passaram a olhar o custo e passou a valer a pena pré-pagar dívida externa e emitir no mercado local”, explicou.

Leia Também

Para fazer essa operação, a empresa compra dólares no mercado à vista, faz o pagamento da dívida que tinha no mercado externo e depois capta em reais. A Petrobras "fez um pedaço grande", disse Campos Neto, mas outras empresas e setores também.

Esse movimento, explicou Campos Neto, gerou demanda grande no mercado à vista. O que explica a desvalorização persistente do real. No entanto, movimentos de valorização do dólar sempre vieram acompanhados de piora no sentimento de risco, levando a um aumento na demanda por hedge (proteção) cambial.

Desta vez, lembra o presidente do BC, aconteceu o contrário. O câmbio depreciou com as medidas de risco, como os CDS, caindo, e com o juro de longo prazo também caindo.

Esse cenário levou o BC a fazer operações diferentes no mercado de câmbio. Sabendo que a demanda estava no mercado à vista e não no futuro (swap), passou a atuar onde estava a demanda, vendendo dólar à vista e reduzindo o estoque de swaps.

Antes de encerrar a explicação, Campos Neto ressaltou que não existe meta para a taxa de câmbio.

Motor privado

Ao longo de sua fala, Campos Neto também destacou o lema do BC: queremos nos reinventar com dinheiro privado.

“É uma metamorfose. Os surtos de crescimento que tivemos foram sempre com dinheiro público. Queremos crescer com dinheiro privado. Papel do BC é fomentar o mercado e gerar alocação mais eficiente de recursos”, disse.

Quando o tema era investimento em infraestrutura, Campos Neto pediu a palavra para falar que temos de entender que estamos saindo de um ciclo vicioso.

O crescimento da economia era impulsionado com dinheiro público (caro e pouco eficiente). Mais gasto, maior o custo da dívida e mais caro o juro longo. Diante disso, a avaliação era de que era impossível financiar infraestrutura no Brasil. Então tudo teria de ser feito sempre com dinheiro público.

Assim, explicou, tínhamos o juro subsidiado alimento o juro alto de forma generalizada. Agora, isso começou a ser desmontado com o trabalho da política fiscal.

“A nossa reinvenção é com dinheiro privado. Não dá para tirar todos subsídios e incentivos de uma vez, mas as coisas vão se equilibrando. É um processo que está em curso”, disse.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA

29 de abril de 2025 - 8:25

Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo

JOGANDO UM CHARME

Haddad prepara investida para atrair investimentos em data centers no Brasil; confira as propostas

28 de abril de 2025 - 16:15

Parte crucial do processamento de dados, data centers são infraestruturas que concentram toda a tecnologia de computação em nuvem e o ministro da Fazenda quer colocar o Brasil no radar das empresas de tecnologias

VAI PAUSAR OU AUMENTAR?

Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste

28 de abril de 2025 - 14:02

Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento

FGC EM RISCO?

Normas e tamanho do FGC entram na mira do Banco Central após compra do Banco Master levantar debate sobre fundo ser muleta para CDBs de alto risco

25 de abril de 2025 - 14:30

Atualmente, a maior contribuição ao fundo é feita pelos grandes bancos, enquanto as instituições menores pagam menos e têm chances maiores de precisar acionar o resgate

DE OLHO NA VIRADA

Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado

25 de abril de 2025 - 10:27

Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale

25 de abril de 2025 - 8:23

Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal

CORRENDO CONTRA O RELÓGIO

Guido Mantega vai ficar de fora do conselho da Eletrobras (ELET3) e governo busca novo nome, diz jornal 

24 de abril de 2025 - 18:56

Há cinco dias da assembleia que elegerá os membros do conselho da empresa, começa a circular a informação de que o governo procura outra opção para indicar para o posto

PENDURADOS NO SAC

Bradesco dispara em ranking do Banco Central de reclamações contra bancos; Inter e PagSeguro fecham o pódio. Veja as principais queixas

24 de abril de 2025 - 18:04

O Bradesco saiu da sétima posição ao fim de 2024 para o primeiro colocado no começo deste ano, ao somar 7.647 reclamações procedentes. Já Inter e PagSeguro figuram no pódio há muitos trimestres

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar

24 de abril de 2025 - 8:11

China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Seu frouxo, eu mando te demitir, mas nunca falei nada disso

23 de abril de 2025 - 20:01

Ameaçar Jerome Powell de demissão e chamá-lo de frouxo (“a major loser”), pressionando pela queda da taxa básica, só tende a corromper o dólar e alimentar os juros de longo prazo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia

23 de abril de 2025 - 8:06

Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell

SELIC VS DÓLAR

Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global

22 de abril de 2025 - 15:50

Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell

22 de abril de 2025 - 8:11

Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano

CONTAS DE PASSAGEM

O preço de um crime: fraudes no Pix disparam e prejuízo ultrapassa R$ 4,9 bilhões em um ano

21 de abril de 2025 - 16:08

Segundo o Banco Central, dados referem-se a solicitações de devoluções feitas por usuários e instituições após fraudes confirmadas, mas que não foram concluídas

NA RETA FINAL

Eletrobras (ELET3) mantém presidente e diretoria executiva até 2027 em meio a disputa judicial

19 de abril de 2025 - 12:57

O processo de renovação do Conselho de Administração da Eletrobras faz parte do acordo que está em andamento com a União, devido a uma disputa judicial que corre desde 2023

INDEPENDÊNCIA EM RISCO

Powell na mira de Trump: ameaça de demissão preocupa analistas, mas saída do presidente do Fed pode ser mais difícil do que o republicano imagina

19 de abril de 2025 - 10:55

As ameaças de Donald Trump contra Jerome Powell adicionam pressão ao mercado, mas a demissão do presidente do Fed pode levar a uma longa batalha judicial

HORA DE BATER O MARTELO

Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo

16 de abril de 2025 - 11:44

No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard

AUMENTO DA ISENÇÃO

Tabela progressiva do IR é atualizada para manter isento quem ganha até 2 salários mínimos; veja como fica e quando passa a valer

14 de abril de 2025 - 11:47

Governo editou Medida Provisória que aumenta limite de isenção para R$ 2.428,80 a partir de maio deste ano

ÚLTIMO ROUND

Eletrobras (ELET3) convoca acionistas para aprovar acordo com governo federal e encerrar disputa

11 de abril de 2025 - 15:00

A União ingressou em 2023 com ação questionando dispositivo do estatuto da Eletrobras que limitou a 10% o poder de voto de qualquer acionista

DANÇA DAS CADEIRAS

Sai Durigan, entra Anelize: Banco do Brasil (BBAS3) convoca assembleia de acionistas para trocar 5 dos 8 membros do conselho; veja as indicações

8 de abril de 2025 - 13:20

Colegiado passará por mudanças depois de governo Lula ter manifestado a intenção de trocar liderança do conselho; reunião está marcada para 30 de abril do Banco do Brasil

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar