Ministério da Economia lista seus feitos no ano e critica o uso de anabolizantes por gestões passadas
SPE reafirma linha liberal do governo e diz que a crença em um Estado dirigista, burocrático e intervencionista vai ficando para trás

Qual o principal feito econômico do governo Jair Bolsonaro desde o começo do ano? Se sua resposta foi reforma da Previdência, muito bem. Mas a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia de Paulo Guedes quer somar outros eventos à memória da população.
Em nota intitulada “Muito Além da Previdência: A economia nos primeiros nove meses de governo”, a SPE, comandada por Adolfo Sachsida, faz um balanço das ações fiscais, de crédito, juros, mercado de trabalho e outras reafirmando a linha liberal do governo e tecendo críticas à política econômica das gestões petistas e seus “perigosos anabolizantes”.
A SPE reconhece que apesar da recuperação que já vemos em alguns indicadores, a população ainda sente os efeitos da maior crise econômica da história do país na forma de elevado desemprego e queda do poder de compra.
“Os erros de políticas econômicas de 2006-2016 – que apostaram no intervencionismo e no direcionamento dos recursos para setores e empresas, ignorando a melhor alocação do dinheiro público e o crescimento da produtividade – culminaram na maior e mais longa recessão brasileira. Por isso, faz-se necessária a implementação de medidas que corrijam os erros do passado para a retomada da confiança no país. E paciência para não cair na tentação de voltar aos perigosos anabolizantes econômicos que só fariam a economia retroceder”, diz o documento.
A SPE também faz uma defesa de reformas, dizendo que essa agenda não deve ser encarada como a bandeira de um governo, de uma determinada classe social ou até como favorecimento a uma região do país.
“As reformas econômicas beneficiarão a todos, principalmente os mais pobres. É uma falácia acreditar que as políticas realizadas nos últimos anos, baseadas na demanda e depauperando as contas públicas, ajudaram os mais pobres a se livrar do desemprego crônico.
Leia Também
Como sinal disso, a SPE compara a taxa de desemprego de 14,6% da região Nordeste, que apresenta elevada pobreza, com a média nacional em 12% (dados da PNAD trimestral de junho de 2019).
Lista de ações
A SPE apresenta 17 medidas principais tomadas desde o começo do ano e diz que “poucos governos fizeram tanto, mesmo após anos seguidos no poder” e o que o que está sendo feito é uma “mudança estrutural”. Vamos à lista, depois apresentamos alguns resultados.
- Nova Previdência (maior reforma estrutural da história da previdência)
- Privatizações de empresas estatais e concessões de serviços de infraestrutura
- Revisão do contrato de cessão onerosa (que estava com as negociações travadas desde 2014, e possibilita o maior leilão de petróleo do mundo)
- Maior abertura da economia à entrada de bens, serviços e capitas estrangeiros
- Modernização das Normas Regulamentadoras (NRs) de Segurança e Saúde no Trabalho
- Novo FGTS (maior reforma estrutural da história do FGTS)
- Novo cadastro positivo e outras medidas para ampliar o acesso ao crédito e reduzir a taxa de juros ao tomador e fomentar inovações financeiras
- Redução tanto do crédito público como de seu direcionamento
- Melhoria no ambiente de negócios
- MP do Agro - que amplia instrumentos de crédito ao setor
- Criação do 13º salário do Bolsa Família
- Choque de Energia Barata com Novo Mercado de Gás
- Redução dos custos de observância e medidas para o desenvolvimento do mercado de capitais (MP das Publicações, eliminação do boletim de subscrição, Resolução CMN Pré-pagamento debêntures, CRA em dólar)
- 14. Maior flexibilidade e redução dos custos no crédito imobiliário (redução do custo de avaliação do imóvel e opção de financiamento atrelado IPCA)
- Desenvolvimento do Seguro Rural com alocação orçamentária recorde de 1 bilhão de reais
- Introdução efetiva das opções de venda de produtos agrícolas no âmbito da Política de Preços Mínimos
- MP do Contribuinte Legal (que regulamenta o instituto da Transação Tributária);
Resultados observados
- taxas de juros reais nos níveis mais baixos da história
- inflação baixa e sem perspectiva de aumento
- redução dos índices de risco-país para níveis similares ao período de grau de investimento, com queda do risco país em mais de 40% nos últimos 12 meses
- criação de empregos com crescimento de admissões em cerca de 5% nos últimos 12 meses
“Esses resultados por si só nos deixam confiantes de que o crescimento do PIB em 2020 irá surpreender positivamente. Contudo, para evitar voos de galinha, é preciso não esmorecer no esforço de aprovação das reformas”, conclui a SPE.
Projeções
Nas contas da SPE se todas as reformas fossem implementas até o fim de 2019, o crescimento da atividade em 2020 aceleraria de forma sustentável para 3,5%.
Já para 2021 e 2022, o impacto das reformas se amplificaria e o investimento aumentaria, fazendo com que o PIB crescesse a mais de 4%.
Sem reformas, o crescimento sustentável do PIB se manteria em torno de 1,0% a 1,5% nos próximos três anos.
Uma economia rumo ao liberalismo
Segundo a SPE, todas ações do governo vão decididamente na direção de uma economia liberal e têm por objetivos dar espaço à livre iniciativa, garantir maior liberdade ao empreendedorismo, melhorar a alocação dos recursos e aumentar a produtividade.
“Os erros passados e seus efeitos, embora colossais, vão ficando para trás, junto com a crença dos que os originaram: a fantasia de que um Estado dirigista, burocrático e intervencionista seja capaz de impulsionar a economia rumo ao desenvolvimento”, diz documento.
Um sinal importante dessa postura veio em maio deste ano, quando o saldo de crédito concedido por instituições financeiras privadas, nacionais e de capital estrangeiro, finalmente superou o das instituições financeiras públicas, revertendo o quadro observado desde junho de 2013.
Quanto às privatizações e concessões, a SPE avalia que já ocorreram avanços significativos ao longo de 2019. Essas operações atingiram R$ 73,4 bilhões, sendo R$ 46,7 bilhões referentes a desestatizações, R$ 19 bilhões em desinvestimentos e R$ 7,7 bilhões decorrentes de concessões.
“Mais do que contribuírem para o ajuste das contas públicas, essas iniciativas visam principalmente a melhorar a alocação de recursos na economia, abrindo espaço ao capital privado em áreas cruciais para o desenvolvimento econômico, em particular, nas áreas de energia, logística, telecomunicações, transportes, saneamento e habitação popular.”
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior avançam após balanço da Alphabet e Ibovespa aguarda decisão do Copom
A definição da política juros é o grande destaque do dia no cenário local, com as estimativas apontando para uma Selic acima de 10%
Fluxo estrangeiro segue impulsionando, e Ibovespa fecha em alta de quase 1%; dólar vai a R$ 5,27
O setor de mineração e siderurgia encabeçou o movimento positivo, ainda que os investidores estejam sem a referência da cotação do minério de Qingdao, com negociação paralisada devido ao feriado do Ano Novo Chinês.
Ibovespa ganha fôlego ao longo da manhã e se firma nos 112 mil pontos; dólar vai a R$ 5,28
As tensões entre Rússia e Ucrânia parecem ter saído do radar dos investidores, que aguardam os balanços das big techs
AGORA: Ibovespa futuro abre em alta na contramão das bolsas de Nova York; dólar vai a R$ 5,29
O investidor deve permanecer de olho no balanço das big techs da semana: hoje é o dia da Alphabet (Google) divulgar seus resultados do trimestre
Esquenta dos mercados: Bolsas de Nova York caem, mas Europa sobe antes dos balanços do dia e Ibovespa mira em palestra de Paulo Guedes
Além disso, os dados de emprego dos Estados Unidos voltam ao radar com a divulgação do relatório Jolts de hoje
Ibovespa e dólar driblam cautela global e marcam golaço para encerrar o mês; bolsa acumula alta de 7% e dólar cai a R$ 5,30
O dia foi de recuperação para as bolsas americanas e de instabilidade para o Ibovespa, mas a bolsa brasileira encerrou o mês em alta de quase 7%
Dólar acelera queda acompanhando o exterior e vai a R$ 5,30, enquanto bolsa se firma em alta na segunda metade do pregão
Ainda esta semana ocorre a divulgação da taxa básica de juros, a Selic, aqui no Brasil, o que injeta ainda mais cautela dos investidores
AGORA: Ibovespa futuro abre em alta com dia misto nas bolsas do exterior; dólar vai a R$ 5,36 e atinge mínima em mais de três meses
Além disso, o investidor deve permanecer de olho no balanço das big techs da semana, como Meta (Facebook), Alphabet (Google) e Amazon
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior operam mistas, em semana de Copom, emprego nos EUA e aumento da tensão no mundo acelera alta do petróleo; confira
Além disso, o investidor deve permanecer de olho no balanço das big techs da semana, como Meta (Facebook), Alphabet (Google) e Amazon
AGORA: Ibovespa futuro acompanha bolsas internacionais e recua, enquanto dólar avança hoje
Mercados operam no campo negativo hoje, no aguardo de dados de inflação nos EUA e de olho em sua influência sobre a decisão do Fed em aumentar os juros
AGORA: Ibovespa futuro avança em dia de alta volatilidade pós-Fed e dólar recua hoje
Após a decisão de juros do Fed, os mercados operam voláteis em um forte movimento de ajuste de carteiras hoje
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior tentam se recuperar da queda após decisão do Fed e Ibovespa busca manter ritmo de alta mesmo com risco fiscal no radar
Depois de tocar os 112 mil pontos ontem (26), a bolsa brasileira precisa enfrentar o ajuste de carteiras ao novo cenário de juros altos
AGORA: Ibovespa futuro abre em alta mesmo com prévia da inflação acima do esperado; dólar cai hoje
Mercados avançam mesmo com a expectativa da reunião do Fed e ainda de olho na escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia
Esquenta dos mercados: Bolsas buscam recuperação no exterior em dia de decisão do Fed e balanços; Ibovespa tenta manter boa fase de olho no IPCA-15
O Ibovespa conseguiu recuperar o patamar dos 110 mil pontos e a entrada do país na Organização pode acelerar a reforma tributária
Mais um técnico da área de Orçamento da Economia deixa cargo e expõe novo desgaste na equipe de Paulo Guedes
O movimento de saída é comum no último ano de governo, mas agora tem ocorrido mais cedo, ainda no primeiro mês de 2022
AGORA: Em linha com exterior negativo, Ibovespa futuro abre em queda e dólar sobe hoje; bitcoin (BTC) aprofunda queda do fim de semana
Na agenda da semana, a inflação medida pelo IPCA-15 e pelo PCE, nos Estados Unidos, são o grande destaque dos próximos dias
Esquenta dos mercados: Bolsas iniciam a semana em tom negativo, de olho na decisão do Fed; Ibovespa acompanha desdobramentos da inflação e PEC dos combustíveis
No cardápio da semana, os primeiros números do IPCA-15 e a tensão envolvendo os servidores públicos permanecem no radar
Fundo eleitoral, emendas do relator e reajuste dos servidores: 3 pontos do Orçamento para 2022 que mexem com a bolsa esta semana
Entre emendas parlamentares superavitárias e reajuste dos policiais federais, o Orçamento deve ser publicado no Diário Oficial na segunda-feira (24)
Ibovespa tem dia morno com exterior negativo, mas termina semana com ganho de 1,88%; dólar fecha em alta, mas acumula queda de 1,05% no período
Bolsa terminou o dia em baixa, com dólar e juros em alta, com piora no exterior e preocupações fiscais
Ibovespa tem dia instável, com cautela no exterior; risco fiscal volta ao radar com PEC dos combustíveis
Na semana, o índice brasileiro ainda acumula alta de mais de 1%; veja o que movimenta o mercado hoje