Investidor tem até o dia 29 para fazer reserva de fundo do Tesouro Direto
Fundo começa ser negociado na B3 no dia 21 de maio e, segundo o Tesouro, até 70% das cotas serão destinadas para os investidores de varejo, podendo ser comprados pelas corretoras

De patinho feio dos investimentos no Brasil, os ETFs (Exchange Traded Funds, no termo em inglês) ganham agora uma forcinha do governo, empurrão esperado já há algum tempo pelo mercado. O Tesouro Nacional abriu neste mês a oferta pública de seu primeiro fundo de renda fixa. O ETF do Tesouro Direto vai replicar uma cesta de índices com títulos públicos referenciados em inflação (títulos NTN-Bs, pós-fixados indexados ao IPCA), com a expectativa de levantar até R$ 2 bilhões por parte dos investidores.
Os interessados terão até o próximo dia 29, última segunda-feira de abril, para fazer a reserva de suas cotas. O fundo começa ser negociado na B3 no dia 21 de maio e, segundo o Tesouro, até 70% das cotas serão destinadas para os investidores de varejo, podendo ser comprados pelas corretoras. O investimento mínimo é de R$ 100 e a liquidez é diária, com saques disponíveis na conta um dia depois de solicitado.
O ETF nada mais é do que um fundo de investimento que espelha o desempenho de índices. Eles são negociados pelas bolsas de valores, como se fossem papéis de uma empresa. O maior ETF em comercialização no Brasil é o Bova11, da gestora BlackRock. Ele é primeiro ETF brasileiro e, negociado pela B3, replica a cesta do Ibovespa, com um patrimônio líquido de R$ 6,486 bilhões.
O banco Itaú-Unibanco foi a instituição escolhida para a gestão do ETF do Tesouro Direto. Atualmente, existem no Brasil 16 fundos ETFs, sendo que apenas um era de renda fixa. Foi lançado em setembro do ano passado pelo grupo sul-coreano Mirae. Nesse período, o fundo captou dos investidores R$ 130 milhões e acumula um retorno de 11,6% ao ano - ou 400% do CDI. A aplicação mínima também é de R$ 100.
Segundo o diretor da Mirae Asset, Pablo Spyer, o fundo alcança esse resultado "turbinado" por calcular o desempenho de uma carteira teórica, formada por contratos de juros futuros de três anos. "Esse é um mercado interessantíssimo para o investidor hoje. E enquanto os juros estiverem com viés de queda, os ganhos são maiores."
Sem IOF
O ETF também tem vantagens tributárias. Ele não tem a incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), como no CDB e nas demais aplicações tradicionais de renda fixa. "Os ETFs também não têm 'come-cotas', que abocanha a menor alíquota de Imposto de Renda de cada tipo de fundo", diz Spyer. Na entrada, o IR sobre ETF é de 15%, em cobrança única.
Leia Também
BTG Pactual lança o DEBB11, primeiro ETF de crédito privado do Brasil
Carteira da Anbima
O fundo do Tesouro recebeu o nome de "It Now ID ETF IMA-B Fundo de Índice", mas que vem sendo chamado de "ID ETF". A carteira vai refletir o IMA-B, índice da Anbima, associação de empresas do setor, que acompanha títulos públicos referenciados em inflação, como as NTN-Bs (título pós-fixado indexado ao IPCA). O IMA-B tem hoje 14 títulos, com vencimentos de curto prazo (maio de 2019), médio prazo (maio de 2021) e vencimento longo (maio de 2055). Com isso, apesar do nome de renda fixa, ele poderá ter maior instabilidade dos que os demais investimentos do tipo, oscilando para cima ou para baixo a depender da agitação do mercado.
A taxa de administração do fundo será de 0,25% ao ano, menor que a dos fundos de investimento tradicionais de varejo, com taxas na casa de 1% ou acima. A carteira foi desenvolvida em parceria com o Banco Mundial e um dos objetivos é estimular o mercado de capitais no Brasil. O primeiro passo dos interessados em aplicar em ETF é abrir conta em uma corretora, como se faz com ações.
Para a planejadora financeira e professora de economia da ESPM Paula Sauer, o novo ETF é uma boa opção para resgatar clientes da caderneta de poupança. "Com o fato de estar atrelado à inflação, o investidor busca, além da rentabilidade, a manutenção do poder de compra", diz.
O ponto de atenção é que o ETF não paralisa a operação em períodos de dificuldade do mercado. Isso pode fazer com que o investidor tenha perdas com a oscilação. "As pessoas não são educadas financeiramente para saber que o preço de um produto de renda fixa varia ao longo do tempo, podendo inclusive gerar rendimentos negativos", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Como declarar ETF no imposto de renda, sejam eles de ações ou renda fixa
Os fundos de índice, conhecidos como ETFs, têm cotas negociadas em bolsa, e podem ser de renda fixa ou renda variável. Veja como informá-los na declaração em cada caso
Investir em maconha vale a pena? Os fundos de cannabis despencaram, mas seus gestores seguem firmes na proposta; entenda por quê
Especialistas acreditam que avanços na regulamentação e na legalização da maconha devem prosseguir nos próximos anos, beneficiando esses fundos
Os fundos de cannabis acumulam perdas de quase 50% em 12 meses, mas seus entusiastas seguem firmes na tese de investimento; entenda por quê
Ainda que possa haver acomodação, os avanços na regulamentação e na legalização devem prosseguir nos próximos anos, beneficiando esses ETFs
Lucrando com a alta dos juros nos EUA: primeiros ETFs de renda fixa internacional estreiam na B3 e permitem investir nos Treasuries
B3 e BlackRock lançam seis BDRs de ETFs estrangeiros lastreados em títulos do Tesouro americano, cujos retornos vêm subindo com a iminência do aperto monetário nos EUA
B3 terá dois novos ETFs de criptomoedas com exposição aos DeFis — e o primeiro deles começa a ser negociado hoje
Com os novos fundos de índice, o investidor pode se expor ao novo mercado financeiro sem a necessidade de encarar telas complicadas
Warren Buffett está prestes a bater o retorno do fundo de empresas de tecnologia que brilhou na crise
As ações da Berkshire Hathaway, holding do bilionário, conseguiram lentamente se aproximar do retorno do ARK Innovation ETF, da badalada gestora Cathie Wood
Onde investir em 2022: Como ter dólar e ouro e fazer hedge de verdade para proteger os seus investimentos
A exposição a riscos no mercado financeiro demanda posições que evitem dilapidação do patrimônio financeiro, como em ouro e dólar
Novo ETF da B3 tem como foco games e e-sports — e inclui empresas como Nintendo, Nvidia e Ubisoft
O mercado global de games movimenta, hoje, cerca de US$ 175 bilhões, com 4% desse montante vindos diretamente da América Latina
Itaú (ITUB4) é a ação mais indicada para novembro; conheça outras apostas das corretoras para o mês
As ações dos bancos ficaram para escanteio, diante do temor dos investidores do estrago potencial com a entrada das novas empresas de tecnologia no setor financeiro, mas vêm sendo redescobertas pelo mercado
Chove bitcoin, molha ETF: fundos de índice brasileiros sobem até 19% em dia de recorde do BTC
Enquanto o primeiro ETF de criptomoeda dos Estados Unidos avança tímidos 3%, na B3, o avanço é de até 19,78%
É recorde! Bitcoin (BTC) renova máxima histórica com novo rali das criptomoedas
Aprovação de ETF nos EUA impulsionou a alta do bitcoin, mas a principal criptomoeda do mercado pode subir ainda mais, segundo analistas
Bitcoin (BTC) se aproxima das máximas históricas após estreia do primeiro ETF em criptomoeda nos EUA; acompanhe
Nos primeiros minutos de negociação, o ETF da ProShares movimentou cerca de US$ 280 milhões de acordo com o analista de fundos de índice da Bloomberg
Além do bitcoin (BTC): conheça os ETFs de criptomoedas da bolsa brasileira — e o que deu mais retorno até agora
Desde a estreia, todos os ETFs da B3 acumulam alta na casa dos dois dígitos, mas o campeão deles venceu com um avanço de mais de 100%
Bitcoin (BTC) tem correção após atingir US$ 62 mil com aprovação de ETF nos EUA
Na corrida para a aprovação do primeiro ETF de criptomoedas dos Estados Unidos, uma surpresa animou os mercados na última sexta-feira (15)
Com Itaú e um ativo internacional no pódio, confira as ações mais indicadas pelas corretoras em outubro
A segunda colocada deste mês roubou os holofotes da campeã ao marcar a primeira aparição de um ativo internacional no pódio
Estreia hoje na B3 ETF que reúne empresas de tecnologia com foco no Brasil; conheça o TECB11
O ativo soluciona um problema “internacional” para o investidor interessado no setor de tecnologia brasileiro
BTG lança SPXB11, ETF que segue o S&P 500, ampliando possibilidade de exposição ao EUA
S&P 500 é uma carteira teórica das 500 ações mais representativas e negociadas na Bolsa de Nova York e na Nasdaq, com um patrimônio em torno de US$ 20 trilhões; mercado brasileiro já oferece ETFs que usam a mesma referência
Vem aí mais um ETF: BTG Pactual lança o SMAB11, fundo que segue o índice de Small Cap da B3
Os produtos do tipo têm se popularizado cada vez mais na B3 por permitirem uma grande diversificação por um custo baixo
MERCADOS HOJE: Ativos brasileiros em NY fecham em alta, apesar da baixa em Wall Street
O EWZ, principal ETF do Brasil em NY, e os ADRs de empresas brasileiras subiram hoje em Wall Street, apesar da queda dos principais índices
MERCADOS AGORA: Bolsas americanas operam em queda, mas ativos brasileiros em NY sobem
Dados da balança comercial da China mexem com os mercados em mais um dia de liquidez reduzida; o ETF de Brasil em Nova York opera em alta