🔴 [EDIÇÃO SPECIAL] ONDE INVESTIR DEPOIS DO COPOM? VEJA AQUI

Cotações por TradingView
Estadão Conteúdo
Presidente do Bradesco

‘Articulação política para Previdência começou a entrar nos trilhos após CCJ’

Na avaliação do presidente do Bradesco, Octavio Lazari, “escorregada” no início da tramitação da proposta vai custar parte do crescimento da economia brasileira esperado para 2019; ele acredita que PIB do primeiro trimestre pode até ficar negativo

Estadão Conteúdo
26 de abril de 2019
12:08 - atualizado às 18:42
Octavio de Lazari, presidente do Bradesco
Octavio de Lazari Junior - Imagem: Divulgação/Bradesco

A articulação política do governo de Jair Bolsonaro para emplacar a reforma da Previdência demorou mais do que o esperado, mas começou a entrar nos trilhos com a aprovação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A avaliação é do presidente do Bradesco, Octavio Lazari. Essa "escorregada" na tramitação vai custar parte do crescimento da economia brasileira esperado para 2019 e, para ele, o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre pode até ficar negativo.

Para recuperar o tempo perdido, a saída, segundo Lazari, é buscar uma reforma da Previdência que não seja "desidratada". Uma mudança com impacto fiscal próximo de R$ 600 bilhões não atende a necessidade do País, avalia Lazari, em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast. A seguir, os principais trechos da conversa.

O presidente Jair Bolsonaro já admite R$ 800 bilhões e há quem fale em até R$ 400 bilhões. Quais os reflexos a economia pode sentir caso a reforma caia para este patamar?

O valor (da reforma) era R$ 1,3 trilhão. O mínimo aceitável é R$ 1 trilhão nos próximos dez anos para que a gente possa no médio e longo prazo colocar o País numa rota de crescimento que seja sustentável por décadas e não um crescimento para dois, três anos e depois voltarmos para todo esse problema de novo.

Os R$ 800 bilhões de Bolsonaro é um número aceitável?
Não sei dizer qual é a base que ele está mencionando. Pelos estudos que a gente viu, o ideal para o País é R$ 1 trilhão.

Essa contundência do ministro Paulo Guedes encontra respaldo em outras áreas? A articulação está a contento?
Ela começou a entrar nos trilhos agora, a partir da aprovação (da reforma) da CCJ. Nós gostaríamos que ela tivesse acontecido antes, dentro do primeiro trimestre, para que a gente tivesse mais três meses e até o final de junho já tivesse resolvido no Congresso. Mas isso escorregou e estamos no fim de abril. Deve se estender até o final de agosto, começo de setembro. Observe que são quase três meses a mais que a gente perde de benefícios fiscais que isso nos traria, mas acho que agora entrou numa rota de solução.

O crescimento econômico deste ano pode ser comprometido ainda mais por esse atraso na reforma?
Será. Não tenho dúvida nenhuma. Todas as casas no Brasil ou no exterior previam algo em torno de 3,5% em outubro e novembro (do ano passado) porque estava se imaginando que a reforma iria acontecer e que as outras reformas viriam no seu bojo. Quanto será o PIB do primeiro trimestre? Será 0%, no máximo meio ou até negativo. O segundo pode ser que tenha uma recuperação. Vai depender do que a gente conseguir encaminhar da reforma, porque o País tem capacidade de crescimento.

Qual a estratégia do Bradesco no setor de maquininhas e de investimentos, citados pelo senhor como os de maior concorrência? É abrir mão de margem em troca de escala?
Abrir mão de margem já está acontecendo. Quando olhamos no balanço da Cielo, a gente viu que já abriu mão de margem, como as outras adquirentes. O setor mudou por conta de regulação, por pressão dos consumidores. Quem quiser competir, vai ter de reduzir margens para ganhar escala.

E investimentos?
O segundo mercado mais aguerrido é o de investimentos. Os novos entrantes, sejam eles bancos digitais ou casas de investimento, adotaram uma estratégia, mas você acha que não cortaram margem? Lógico que cortaram. Ninguém hoje mais está cobrando taxa de corretagem em Tesouro Direto. Se não tem taxa de corretagem, tem que ganhar em escala. Com juro de 6,5% não dá para praticar taxas de administração de 3% ou 4%. Tem de ser 0,5% ou 1%, dependendo da performance do fundo. É um mercado que está bastante reduzido. Contra a redução de margem, qual é o remédio? É ganhar escala também. A gente teve até por exigência dos próprios clientes de abrir nossas carteiras no private e alta renda para que possam fazer investimentos em outras casas da preferência deles.

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

Viva México

Se cuida, Nubank: Bradesco compra instituição no México e vai lançar conta digital no país

25 de agosto de 2022 - 12:08

Com a aquisição, o Bradesco terá licença para atuar como se fosse um banco digital no México. O país é um dos focos de expansão do Nubank

Nova gestora

O que o Bradesco viu no negócio de fundos de investimento do Banco Votorantim (BV)?

24 de agosto de 2022 - 12:13

Bradesco e BV anunciaram parceria para formar uma gestora de investimentos independente com marca própria

Balanço

Pintou o sete! Bradesco (BBDC4) tem lucro de R$ 7,041 bi no segundo trimestre e supera projeções

4 de agosto de 2022 - 18:17

Lucro líquido do Bradesco aumenta 11,4% em relação ao mesmo período do ano passado e rentabilidade sobe para 18,1%

CHEGARAM AO TOPO

De estagiário a CEO: Conheça a trajetória de cinco brasileiros que seguiram carreira em uma única empresa

2 de agosto de 2022 - 15:40

Além de iniciarem a vida profissional como estagiários, os CEOs têm algo em comum: uma trajetória marcada por passagens em diferentes áreas da companhia — e muita resiliência

Diversificação internacional

Cliente da Ágora, corretora do Bradesco, poderá investir diretamente no exterior por meio de carteiras montadas pela BlackRock

27 de julho de 2022 - 12:30

Iniciativa é fruto de uma parceria da plataforma com o Bradesco BAC Florida Bank, que oferecerá conta internacional aos clientes da corretora

ESTÁGIO E TRAINEE

Bradesco abre inscrições para o programa de estágio; confira outras vagas com bolsas-auxílio de até R$ 7 mil

18 de julho de 2022 - 12:45

Além do banco, Getnet e B3 também abriram inscrições para os programas de estágio; a maioria dos processos seletivos aceitam inscrições até o final de julho

Bancões na área

Vão sobrar uns cinco ou dez bancos digitais, e o Next está entre eles, diz CEO do banco digital do Bradesco

2 de julho de 2022 - 15:28

Renato Ejnisman diz ainda que Next visa a mais aquisições e pensa ainda em internacionalização

Transferência milionária

Bradesco (BBDC4) em expansão? Banco anuncia acordo para migração de clientes do Private Banking do BNP Paribas

22 de junho de 2022 - 11:52

Banco francês encerra gestão de fortunas no Brasil e ‘passa o bastão’ para o Bradesco

DISPUTA DOS BANCÕES

XP está mais otimista com o Itaú (ITUB4), mas ainda prefere outra ação no setor bancário — saiba qual

14 de junho de 2022 - 14:06

A corretora vê maior competição no segmento nos próximos anos, à medida que as fintechs amadureçam as operações, tanto em tamanho quanto em diversidade de produtos e serviços

BAIXANDO…

Comeu poeira? Bitz, do Bradesco (BBDC4), vence o Nubank (NUBR33) na corrida digital de maio — veja os números

10 de junho de 2022 - 14:18

Bank of America fez um levantamento sobre os aplicativos mais baixados no mês passado e entre os destaques também aparecem PayPal e BTG Pactual

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies