🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR ESTE MÊS – ACESSE DE GRAÇA

Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

Camille Lima

Camille Lima

Repórter de empresas no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

AS JOIAS DA COROA

Adeus, Putin! O que significa a proibição dos EUA e do Reino Unido ao petróleo russo?

A ideia é que a Rússia fique sem sua principal fonte de receita e não consiga mais financiar as tropas que estão invadindo a Ucrânia, mas medida pode não ser tão efetiva como parece

Camille Lima
8 de março de 2022
15:09 - atualizado às 19:22
petróleo caindo sobre notas de dólar afeta bolsas hoje
Imagem: Shutterstock

O petróleo e o gás natural são as joias da coroa russa. As principais fontes de receita do governo de Vladimir Putin entraram na mira dos Estados Unidos e aliados, que tentam a todo custo conter a invasão da Ucrânia. Mas quais são os efeitos reais da proibição ao óleo russo anunciada nesta terça-feira (08) por norte-americanos e britânicos?

Críticos da Rússia dizem que essa é a melhor – e talvez a única – maneira de forçar Moscou a recuar. No entanto, ressaltam que um embargo total seria mais eficaz se incluísse aliados europeus - e é aí que mora o problema.

A Europa depende profundamente da energia que importa da Rússia. Enquanto os norte-americanos poderiam substituir a quantidade relativamente pequena de combustível que recebem de Moscou, os europeus não conseguiriam, pelo menos não tão cedo.

Além disso, restrições às exportações de petróleo da Rússia tendem, ao longo do tempo, a elevar ainda mais os preços do petróleo e da gasolina em ambos os continentes. Petróleo mais alto é sinônimo de inflação e pressão sobre consumidores, empresas, mercados financeiros e economia global.

O impacto da proibição dos EUA

O presidente norte-americano anunciou nesta terça-feira a proibição da importação do petróleo e do gás da Rússia. A ideia de Joe Biden é secar a fonte de recursos que Putin tem para manter suas tropas na Ucrânia. 

O chefe da Casa Branca, no entanto, reconheceu que nem todos os aliados europeus poderão seguir os passos dos Estados Unidos e que é necessário um trabalho de longo prazo para reduzir a dependência da Europa da energia russa.

Leia Também

A decisão de Biden, embora faça muito barulho, parece ter pouco efeito imediato sobre a Rússia. Isso porque os Estados Unidos importam uma pequena parte do petróleo russo e não compram gás natural.

No ano passado, cerca de 8% das importações norte-americanas de petróleo e derivados vieram da Rússia. Juntas, essas importações totalizaram 245 milhões de barris, ou seja, cerca de 672 mil barris de petróleo e derivados por dia. 

Reino Unido e Europa sem petróleo

Para os europeus, como disse Biden, a situação é um pouco mais complicada. A Rússia fornece cerca de 40% do gás natural da Europa para aquecimento doméstico, eletricidade e usos industriais e cerca de um quarto do petróleo da Europa. 

Diante da dependência, substituir o gás natural que a Rússia fornece à Europa é impossível no curto prazo. A maior parte do gás natural russo que chega ao velho continente viaja através de gasodutos.

Para substituí-lo, os europeus importariam principalmente gás natural liquefeito (GNL). Só que a Europa não tem gasodutos suficientes para distribuição das instalações costeiras de importação para todo o continente.

No caso do petróleo, a troca é mais fácil. Outros países poderiam aumentar a produção de petróleo e enviá-lo para a Europa. Mas muito petróleo teria que ser substituído, e isso aumentaria ainda mais os preços porque o petróleo provavelmente teria que viajar por distâncias maiores.

Ainda assim, as autoridades europeias disseram hoje que estão procurando maneiras de reduzir sua dependência antes de 2030. No caso do Reino Unido, que anunciou nesta terça-feira o banimento ao petróleo russo junto com os Estados Unidos, a ideia é reduzir a dependência do gás de Putin ao longo de 2022.

Entenda mais sobre os desdobramentos do conflito entre Rússia e Ucrânia:

E a Rússia, como fica? 

A Rússia poderia contornar essas proibições ao seu petróleo vendendo para outros mercados como China ou Índia. Ainda assim, teria que vendê-lo com um grande desconto, porque cada vez menos compradores estão aceitando o petróleo russo.

“A relutância das refinarias em se comprometer com o petróleo russo já é evidente. Já estamos vendo descontos recordes do petróleo russo nas últimas semanas”, disse Warren Patterson, estrategista chefe para commodities da ING.

“O temor das sanções somado à pressão pública tem feito os compradores relutarem em adquirir o petróleo de Vladimir Putin”, acrescentou.

A proibição e os preços petróleo

As notícias da iminente proibição do petróleo nos Estados Unidos levaram os preços da gasolina ao seu nível mais alto já registrado, com um galão de venda regular chegando a US$ 4,17 nesta terça-feira. 

Há um mês, o petróleo estava sendo vendido por cerca de US$ 90 o barril. Agora, os preços estão subindo cerca de US$ 130 o barril, já que os compradores evitam o petróleo russo. 

Fonte: Investing.com

A Shell disse mais cedo que deixará de comprar petróleo e gás natural russos e fechará seus postos de gasolina, combustíveis de aviação e outras operações no país, dias após o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia criticar a gigante de energia por continuar comprando petróleo russo.

Analistas alertam que os preços podem chegar a US$ 160 ou até US$ 200 o barril se os compradores continuarem evitando o petróleo russo. Essa tendência pode fazer com que os preços da gasolina nos Estados Unidos ultrapassem US$ 5 o galão.

“A tendência é que a volatilidade continue ditando o ritmo no mercado de petróleo. Após superar a importante barreira psicológica dos US$ 100 o barril, não há limites para o avanço neste momento”, afirmou Christopher Lewis, analista da FX Empire. 

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
CHUVA DE ÓLEO

A Petrobras (PETR4) não para: estatal anuncia novos poços na Bahia e retomada de fábricas de fertilizantes

10 de maio de 2025 - 16:11

A petroleira voltou a explorar na Bahia depois de seis anos e prevê a perfuração de 100 poço no estado em cinco anos

HABLOU MESMO

Dedo na cara: a nova crítica de Lula a Trump após viagem à Rússia e encontro com Putin

10 de maio de 2025 - 14:01

O presidente brasileiro deixou Moscou neste sábado (10) rumo a outro destino que deve desagravar bastante o republicano: a China

FIM DA ESCALADA

Por um fio da guerra nuclear: Trump anuncia cessar-fogo total e imediato entre Índia e Paquistão

10 de maio de 2025 - 12:47

Os dois países estavam lançando ataques contra as instalações militares desde quarta-feira (7), levando os EUA a pedirem para que os vizinhos iniciassem negociações e apaziguassem o conflito, o mais intenso desde 1999

OS NAVIOS CHEGARAM

Agora é para valer: tarifaço de Trump pega a China em cheio — veja quais são as primeiras empresas e produtos taxados em 145%

10 de maio de 2025 - 9:35

Os navios com itens importados da China começaram a atracar nos EUA em meio ao início das negociações entre os dois países para tentar colocar fim à guerra comercial

ZERADOS E COMPRADOS

Fundo Verde bate o CDI: as apostas certeiras de Stuhlberger no mês de abril

9 de maio de 2025 - 17:36

A Verde Asset considerou que abril teve um ritmo acelerado nos mercados e ampliou a posição do fundo em criptoativos, ouro e moeda chinesa

A SEMANA CRIPTO

Bitcoin (BTC) toca US$ 104 mil, ethereum (ETH) dispara e criptos miram novos patamares com sinais de trégua comercial

9 de maio de 2025 - 16:29

Alívio geopolítico nesta semana eleva o apetite por risco, aproxima o bitcoin de novos recordes e impulsiona o ethereum a uma alta de 26,71% em sete dias

BOA NOTÍCIA

Petrobras (PETR4) anuncia descoberta de petróleo de excelente qualidade na Bacia de Santos

9 de maio de 2025 - 12:34

O achado faz parte do Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) e ainda terá mais dois poços perfurados, com realização de teste de formação

BRASIL BLINDADO

Haddad vê espaço para negociações com os EUA sobre tarifas e diz que o Brasil está bem posicionado para uma cooperação regional

9 de maio de 2025 - 11:46

Em evento, o ministro da Fazenda falou sobre a conversa que teve com o secretário do Tesouro americano e disse que ele reconheceu a “anomalia” de taxar um país que mais compra do que vende para os EUA

BONS DE TAÇA

Nem França, nem Itália: o país que bebeu mais vinho em 2024 foi…

9 de maio de 2025 - 11:46

Levantamento apontou os 10 países que consumiram mais vinho em 2024, em meio a queda do consumo global da bebida

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Uma janela para a bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de IPCA e sinais de novo estágio da guerra comercial de Trump

9 de maio de 2025 - 8:14

Investidores também repercutem a temporada de balanços do primeiro trimestre, com destaque para os números do Itaú e do Magazine Luiza

A VIDA IMITA A ARTE

Como o ator Mel Gibson pode salvar a Austrália das garras de Trump

8 de maio de 2025 - 20:23

Apesar de ter desempenhado papéis de peso em filmes como Máquina Mortífera e Mad Max, é outra condição que credencia o astro de Hollywood a tentar convencer o presidente norte-americano dessa vez; entenda essa história

DE VOLTA AO JOGO

Bitcoin (BTC) volta aos US$ 100 mil e mercado cripto mira novos recordes

8 de maio de 2025 - 14:00

Anúncio de acordo comercial entre EUA e Reino Unido, somado ao otimismo com uma possível negociação entre Trump e Xi Jinping, impulsiona criptomoedas a patamares não vistos há meses

O SUBSTITUTO DE FRANCISCO

Habemus papam: americano Robert Prevost é escolhido o novo papa; saiba quem é Leão 14

8 de maio de 2025 - 13:36

Os 133 cardeais estavam isolados desde a tarde de quarta-feira (78) para a votação, que durou pouco mais de 24 horas

PARA INGLÊS VER?

Trump anuncia primeiro acordo tarifário no âmbito da guerra comercial; veja o que se sabe até agora

8 de maio de 2025 - 9:56

Trump utilizou a rede social Truth Social para anunciar o primeiro acordo tarifário e aproveitou para comentar sobre a atuação de Powell, presidente do Fed

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não há escapatória: Ibovespa reage a balanços e Super Quarta enquanto espera detalhes de acordo propalado por Trump

8 de maio de 2025 - 8:30

Investidores reagem positivamente a anúncio feito por Trump de que vai anunciar hoje o primeiro acordo no âmbito de sua guerra comercial

TAG SUMMIT 2025

Duas ações para os próximos 25 anos: gestores apostam nestes papéis para sobreviver ao caos — e defendem investimentos em commodities

7 de maio de 2025 - 19:48

No TAG Summit 2025 desta quarta-feira (7), os gestores destacaram que a bolsa brasileira deve continuar barata e explicaram os motivos para as commodities valerem a pena mesmo em meio à guerra comercial de Trump

PAZ OU GUERRA?

Chora mais quem pode menos: os bastidores do encontro de EUA e China que pode colocar fim às tarifas

7 de maio de 2025 - 19:35

Representantes de Washington e de Pequim devem se reunir no próximo sábado (10) na Suíça; desfecho das conversas é difícil de prever até mesmo para Trump

AI FREEDOM

Vem coisa boa aí: Nvidia dispara com chance de revogação de restrições aos chips por Trump

7 de maio de 2025 - 18:24

Governo norte-americano estuda não aplicar a chamada regra de “difusão de IA” quando ela entrar em vigor, no próximo dia 15, animando o mercado de chips de inteligência artificial

CRIPTO HOJE

Bitcoin (BTC) sobrevive ao Fed e se mantém em US$ 96 mil mesmo sem sinal de corte de juros no horizonte

7 de maio de 2025 - 16:45

Outra notícia, que também veio lá de fora, ajudou os ativos digitais nas últimas 24 horas: a chance de entendimento entre EUA e China sobre as tarifas

POLÊMICA À VISTA

Governo pode usar recursos do Tesouro para bancar fraude do INSS? Veja o que já se sabe até agora

7 de maio de 2025 - 16:09

A estimativa é que cerca de 4,1 milhões de beneficiários do INSS tenham sido atingidos por descontos indevidos, com prejuízo de até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar