Fundo de renda fixa libera acesso a investidores em geral e passa a pagar dividendos isentos de IR todo mês
Com retorno corrigido pela inflação e superior ao dos títulos públicos, fundo de debêntures incentivadas Kinea Infra (KDIF11) não será mais restrito a investidores qualificados e passará a distribuir dividendos mensais

Oportunidade na renda fixa, desta vez para todos os investidores. O fundo de debêntures incentivadas Kinea Infra (KDIF11), que tem suas cotas negociadas em bolsa, deixará de ser restrito a investidores qualificados, aqueles que têm mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras.
A partir de 17 de novembro deste ano, investidores pessoas físicas de todos os portes, pequenos ou grandes, mais ou menos abastados, poderão adquirir cotas do KDIF11 na B3. A ampliação do acesso foi aprovada ontem (20), em assembleia de cotistas.
Na mesma ocasião, os cotistas aprovaram a distribuição mensal dos rendimentos do fundo, hoje pagos semestralmente (a cada 180 dias). Assim, também a partir de 17 de novembro, o Kinea Infra passará a pagar seus dividendos isentos de IR e corrigidos pela inflação a seus cotistas todos os meses, tornando-se um gerador de renda mensal para seus investidores.
Atualmente, o KDIF11 está pagando um retorno líquido de 4,81% + IPCA, considerando-se o valor patrimonial de R$ 138,38 por cota, que leva em conta o valor patrimonial dos ativos da carteira do fundo.
No entanto, as cotas do Kinea Infra vêm sendo negociadas com um desconto, o chamado deságio, o que aumenta ainda mais sua rentabilidade. No fechamento de ontem, a cota do fundo era negociada a R$ 133,34, um desconto de 3,64% em relação ao seu valor patrimonial. Um investidor que tenha adquirido cotas naquele preço terá direito a uma rentabilidade líquida de nada menos que 5,38% + IPCA.
Antes de continuar, um convite: apresentamos no nosso Instagram uma análise do histórico do Ibovespa, mostrando como no longo prazo a tendência do índice sempre foi de alta.
Leia Também
Confira abaixo e aproveite para nos seguir no Instagram (basta clicar aqui). Lá entregamos aos leitores análises de investimentos, notícias relevantes para o seu patrimônio, oportunidades de compra na bolsa, insights sobre carreira, empreendedorismo e muito mais.
Voltando ao Kinea Infra, a título de comparação, a maior remuneração disponível hoje em um título público equivalente, o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B), é de 4,87% mais IPCA, para o título com vencimento em 2055. Isso sem considerar o desconto de imposto de renda e os custos de se investir no Tesouro Direto.
Além disso, NTN-B pagam rendimentos semestrais, enquanto a distribuição de dividendos do KDIF11 passará a ser mensal e já incluirá a variação do IPCA.
Na reportagem sobre renda fixa da nossa série sobre Onde Investir no segundo semestre de 2021, o KDIF11 foi um dos ativos citados pelo analista de renda fixa da Empiricus, Luiz Rogé. Na ocasião, ele recomendava compra para o fundo para um preço de até R$ 134,50 por cota.
Debêntures incentivadas: onde o Kinea Infra (KDIF11) investe
O KDIF11 foi o primeiro (e ainda é um dos poucos) fundos de debêntures incentivadas listados em bolsa no Brasil. Com patrimônio líquido de quase R$ 2,7 bilhões, é o maior fundo desse tipo no país.
Fundos de debêntures incentivadas geralmente são fundos abertos e não são negociados em bolsa. Isto é, eles permitem aplicações e resgates, e o investidor comum deve acessá-los por meio das plataformas online de investimento das corretoras e gestoras.
Já o Kinea Infra é um fundo fechado, não permitindo aplicações e resgates. Para investir fora dos eventuais períodos de captação e emissão de cotas, o investidor deve comprar cotas de outro investidor na B3, da mesma forma que faz com ações e fundos imobiliários. Para sair do investimento, precisa vender suas cotas na bolsa a outro interessado.
O KDIF11 investe nas chamadas debêntures incentivadas, títulos de dívida de empresas isentos de imposto de renda para a pessoa física. Para se valerem deste benefício tributário, esses papéis de renda fixa devem ser emitidos com o intuito de financiar projetos de infraestrutura.
Geralmente, as debêntures incentivadas pagam uma taxa de juros prefixada, já conhecida no ato do investimento, mais a variação de um índice de inflação, como o IPCA e o IGP-M. Por isso, são considerados investimentos que oferecem proteção contra a inflação.
Não são só as debêntures incentivadas que são isentas de IR para as pessoas físicas. No vídeo a seguir, eu falo de mais quatro investimentos que contam com esse benefício tributário. Assista e aproveite para se inscrever no YouTube do Seu Dinheiro:
A estratégia do KDIF11 é bastante conservadora. O fundo busca investir em emissões de debêntures que possam ser adquiridas em sua totalidade, o que confere à gestora, a Kinea, alto poder de barganha em caso de calote.
O risco de calote, entretanto, é bem baixo, uma vez que o fundo dá preferência aos chamados ativos high grade (com grau de investimento), que são aqueles papéis de renda fixa de menor risco, com boas classificações de crédito.
Embora possa em tese investir em debêntures incentivadas com ratings acima de BBB-, o Kinea Infra prioriza ativos de risco ainda menor, com classificação acima de A+.
Quase metade da carteira do fundo é composta por títulos emitidos por empresas do segmento de transmissão de energia, um dos ativos de menor risco de crédito, por conta da previsibilidade de receita desse tipo de negócio.
Outros 37% dos recursos estão alocados em papéis de geradoras de energia (solar, eólica, térmica e hidrelétrica), enquanto os 15% restantes estão em títulos de concessionárias de rodovias, saneamento básico ou no caixa do fundo.
Assim, embora não seja tão conservador quanto o de um título público, o KDIF11 pode ser considerado um investimento de risco moderado para baixo, pelo menos do ponto de vista do risco de crédito a carteira.
Risco de mercado: o preço das cotas sobe e desce!
Apesar de ser um fundo de renda fixa, o KDIF11 tem risco de mercado, assim como os títulos públicos e debêntures prefixados e indexados à inflação. Suas cotas podem oscilar para cima ou para baixo dependendo das projeções do mercado para juros e inflação.
Ou seja, ao acompanhar a marcação a mercado das cotas do fundo, o investidor pode observar valorizações ou desvalorizações. Ao se desfazer das suas cotas, se a venda ocorrer por um preço inferior ao da compra, o investidor perderá dinheiro.
O fato de distribuir dividendos regularmente diminui muito o risco do investimento, permitindo que ele se pague em forma de renda, e que o investidor tenha acesso ao seu dinheiro mensalmente, sem precisar se desfazer das cotas para reaver o principal.
A volatilidade do Kinea Infra também pode ser considerada um tanto alta, uma vez que as debêntures do fundo têm uma duration média - prazo médio de retorno dos investimentos - superior a cinco anos. E quanto maior a duration, mais o preço do ativo oscila.
Itaú (ITUB4) tem lucro quase 14% maior, a R$ 11,1 bilhões, e mantém rentabilidade em alta no 1T25
Do lado da rentabilidade, o retorno sobre o patrimônio líquido médio atingiu a marca de 22,5% no primeiro trimestre; veja os destaques
Último credor da Gol (GOLL4) aceita acordo e recuperação judicial nos EUA se aproxima do fim
Companhia aérea afirma que conseguirá uma redução significativa de seu endividamento com o plano que será apresentado
Bradesco (BBDC4) salta 15% na B3 com balanço mais forte que o esperado, mas CEO não vê “surpresas arrebatadoras” daqui para frente. Vale a pena comprar as ações do banco?
Além da surpresa com rentabilidade e lucro, o principal destaque positivo do balanço veio da margem líquida — em especial, o resultado com clientes. É hora de colocar BBDC4 na carteira?
Trump anuncia primeiro acordo tarifário no âmbito da guerra comercial; veja o que se sabe até agora
Trump utilizou a rede social Truth Social para anunciar o primeiro acordo tarifário e aproveitou para comentar sobre a atuação de Powell, presidente do Fed
Não há escapatória: Ibovespa reage a balanços e Super Quarta enquanto espera detalhes de acordo propalado por Trump
Investidores reagem positivamente a anúncio feito por Trump de que vai anunciar hoje o primeiro acordo no âmbito de sua guerra comercial
Itaú Unibanco (ITUB4) será capaz de manter o fôlego no 1T25 ou os resultados fortes começarão a fraquejar? O que esperar do balanço do bancão
O resultado do maior banco privado do país está marcado para sair nesta quinta-feira (8), após o fechamento dos mercados; confira as expectativas dos analistas
Mesmo com apetite ao risco menor, Bradesco (BBDC4) supera expectativas e vê lucro crescer quase 40% no 1T25, a R$ 5,9 bilhões
Além do aumento na lucratividade, o banco também apresentou avanços na rentabilidade, com inadimplência e provisões contidas; veja os destaques
Não vai meter a colher onde não é chamado: Fed mantém taxa de juros inalterada e desafia Trump
Como era amplamente esperado, o banco central norte-americano seguiu com os juros na faixa entre 4,25% e 4,50%, mas o que importa nesta quarta-feira (7) é a declaração de Powell após a decisão
Conselho de administração da Mobly (MBLY3) recomenda que acionistas não aceitem OPA dos fundadores da Tok&Stok
Conselheiros dizem que oferta não atende aos melhores interesses da companhia; apesar de queda da ação no ano, ela ainda é negociada a um preço superior ao ofertado, o que de fato não justifica a adesão do acionista individual à OPA
Balanço fraco da RD Saúde (RADL3) derruba ações e aumenta pressão sobre rede de farmácias. Vale a pena comprar na queda?
Apesar das expectativas mais baixas para o trimestre, os resultados fracos da RD Saúde decepcionaram o mercado, intensificando a pressão sobre as ações
Bola de cristal monetária: Ibovespa busca um caminho em dia de Super Quarta, negociações EUA-China e mais balanços
Investidores estão em compasso de espera não só pelas decisões de juros, mas também pelas sinalizações do Copom e do Fed
Onde investir na renda fixa em maio: Tesouro IPCA+ e CRA da BRF são destaques; indicações incluem LCA e debêntures incentivadas
Veja o que BB Investimentos, BTG Pactual, Itaú BBA e XP Investimentos recomendam comprar na renda fixa em maio, especialmente entre os ativos isentos de IR
CDI+5% é realista? Gestores discutem o retorno das debêntures no Brasil e destacam um motivo para o investidor se preocupar com esse mercado
Durante evento, gestores da JiveMauá, da TAG e da Polígono Capital destacam a solidez das empresas brasileiras enquanto emissoras de dívida, mas veem riscos no horizonte
Copom deve encerrar alta da Selic na próxima reunião, diz Marcel Andrade, da SulAmérica. Saiba o que vem depois e onde investir agora
No episódio 221 do podcast Touros e Ursos, Andrade fala da decisão de juros desta quarta-feira (7) tanto aqui como nos EUA e também dá dicas de onde investir no cenário atual
Balanço da BB Seguridade (BBSE3) desagrada e ações caem forte na B3. O que frustrou o mercado no 1T25 (e o que fazer com os papéis agora)?
Avaliação dos analistas é que o resultado do trimestre foi negativo, pressionado pela lucratividade abaixo das expectativas; veja os destaques do balanço
É recorde: Ações da Brava Energia (BRAV3) lideram altas do Ibovespa com novo salto de produção em abril. O que está por trás da performance?
A companhia informou na noite passada que atingiu um novo pico de produção em abril, com um aumento de 15% em relação ao volume visto em março
Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta
Investidores acompanham o andamento da temporada de balanços enquanto se preparam para as decisões de juros dos bancos centrais de Brasil e EUA
Fundo imobiliário TRXF11 anuncia a maior emissão de cotas da sua história, para captar R$ 1 bilhão
Segundo a gestora TRX Investimentos, valor pode chegar a R$ 1,25 bilhão e cerca de 85% do montante já está praticamente garantido
Um recado para Galípolo: Analistas reduzem projeções para a Selic e a inflação no fim de 2025 na semana do Copom
Estimativa para a taxa de juros no fim de 2025 estava em 15,00% desde o início do ano; agora, às vésperas do Copom de maio, ela aparece em 14,75%
Espírito olímpico na bolsa: Ibovespa flerta com novos recordes em semana de Super Quarta e balanços, muitos balanços
Enquanto Fed e Copom decidem juros, temporada de balanços ganha tração com Itaú, Bradesco e Ambev entre os destaques