Sapore marca reuniões com acionistas da IMC para diminuir resistência a ‘oferta hostil’
Depois de lançar oferta por 40% das ações da dona das redes de restaurantes Frango Assado e Viena na bolsa, Sapore vai abrir seus números aos acionistas da empresa que participarem dos encontros

A disputa pelo controle da IMC, dona das redes de restaurantes Frango Assado e Viena, chega ao ápice nesta semana.
A empresa de refeições coletivas Sapore, que lançou no mês passado uma oferta para comprar 40% das ações da IMC na bolsa, convidou os acionistas da companhia para reuniões que acontecem amanhã e quarta-feira.
O objetivo é diminuir a resistência aos planos do empresário Daniel Mendez, dono da Sapore. Após a oferta, ele pretende propor a fusão das duas empresas. O convite aos acionistas foi publicado no site da Sapore.
Da fusão à hostilidade
No começo do ano, a Sapore e a IMC chegaram a acertar uma fusão. Mas a rede dona do Viena e do Frango Assado desistiu do negócio meses depois, já na fase de auditoria das contas das empresas.
Mendez, porém, não desistiu e voltou à carga com uma oferta direta aos acionistas da IMC. Esse processo é conhecido como "oferta hostil", já que não passou por uma negociação prévia com a administração da companhia.
O dono da Sapore oferece R$ 8,63 por ação da dona do Viena e Frango Assado na operação, o equivalente a quase R$ 600 milhões.
Leia Também
Na tarde de hoje, as ações da IMC eram negociadas a R$ 6,85 na bolsa, em queda de 1,44%.
Em entrevista na semana passada ao site "Brazil Journal", o dono da Sapore defendeu a fusão entre as empresas e culpou a atual administração da IMC pelas dificuldades em fechar o negócio.
"Sou contra"
Na semana passada, o conselho de administração da IMC recomendou aos acionistas que não aderissem à oferta pública de aquisição (OPA), marcada para o dia 19 de dezembro.
Para tentar convencer os acionistas que participarem das reuniões, a Sapore vai apresentar os números da auditoria realizada durante a negociação de fusão entre as empresas.
O receio de eventuais "esqueletos" no balanço da Sapore é justamente um dos fatores de resistência à oferta lançada por Mendez, segundo me contou um dos acionistas da IMC.
Com 40% das ações, ele seria capaz de levar adiante a fusão mesmo com a eventual discordância dos minoritários. Por isso, os acionistas também querem que Mendez aceite não votar nas assembleias que decidirem sobre a posterior fusão das empresas como condição para aderir à OPA.
Pílula de veneno
As reuniões da Sapore acontecem na véspera de uma assembleia de acionistas da IMC que pode barrar de vez os planos de Mendez.
A assembleia vai decidir sobre a inclusão de uma cláusula para obrigar qualquer investidor que atingir uma participação de pelo menos 30% na empresa a fazer uma oferta a todos os acionistas, pelo mesmo preço por ação.
Esse tipo de condição estabelecida em estatuto é chamada no mercado de "poison pill" (pílula de veneno). O objetivo é justamente dificultar a tomada do controle em companhias com o capital pulverizado na bolsa, como é o caso da IMC.
A assembleia está marcada para quinta-feira, dia 13. Mendez já disse que vai cancelar a oferta se os acionistas aprovarem a mudança no estatuto, que obrigaria o empresário a comprar 100% da empresa. Mas para barrar os planos do empresário, a reunião deverá contar com a presença de pelo menos dois terços dos acionistas.
Itaú (ITUB4) tem lucro quase 14% maior, a R$ 11,1 bilhões, e mantém rentabilidade em alta no 1T25
Do lado da rentabilidade, o retorno sobre o patrimônio líquido médio atingiu a marca de 22,5% no primeiro trimestre; veja os destaques
Bradesco (BBDC4) salta 15% na B3 com balanço mais forte que o esperado, mas CEO não vê “surpresas arrebatadoras” daqui para frente. Vale a pena comprar as ações do banco?
Além da surpresa com rentabilidade e lucro, o principal destaque positivo do balanço veio da margem líquida — em especial, o resultado com clientes. É hora de colocar BBDC4 na carteira?
Muito acima da Selic: 6 empresas pagam dividendos maiores do que os juros de 14,75% — e uma delas bateu um rendimento de 76% no último ano
É difícil competir com a renda fixa quando a Selic está pagando 14,75% ao ano, mas algumas empresas conseguem se diferenciar com suas distribuições de lucros
Ambev (ABEV3) tem lucro estável no 1º trimestre e anuncia R$ 2 bilhões em dividendos; ações saltam na B3
Lucro no 1T25 foi de R$ 3,8 bilhões, praticamente estável na comparação anual e em linha com o consenso de mercado
Itaú Unibanco (ITUB4) será capaz de manter o fôlego no 1T25 ou os resultados fortes começarão a fraquejar? O que esperar do balanço do bancão
O resultado do maior banco privado do país está marcado para sair nesta quinta-feira (8), após o fechamento dos mercados; confira as expectativas dos analistas
Mesmo com apetite ao risco menor, Bradesco (BBDC4) supera expectativas e vê lucro crescer quase 40% no 1T25, a R$ 5,9 bilhões
Além do aumento na lucratividade, o banco também apresentou avanços na rentabilidade, com inadimplência e provisões contidas; veja os destaques
Conselho de administração da Mobly (MBLY3) recomenda que acionistas não aceitem OPA dos fundadores da Tok&Stok
Conselheiros dizem que oferta não atende aos melhores interesses da companhia; apesar de queda da ação no ano, ela ainda é negociada a um preço superior ao ofertado, o que de fato não justifica a adesão do acionista individual à OPA
Balanço fraco da RD Saúde (RADL3) derruba ações e aumenta pressão sobre rede de farmácias. Vale a pena comprar na queda?
Apesar das expectativas mais baixas para o trimestre, os resultados fracos da RD Saúde decepcionaram o mercado, intensificando a pressão sobre as ações
Analista revela 5 ações para buscar dividendos em maio diante de perspectiva de virada no mercado
Carteira gratuita de dividendos da Empiricus seleciona papéis com bom potencial de retorno em maio
Méliuz (CASH3): assembleia não consegue quórum mínimo para aprovar investimento pesado em bitcoin (BTC)
Apesar do revés, a companhia fará uma segunda convocação, no dia 15 de maio, quando não há necessidade de quórum mínimo, apenas da aprovação das pautas de 50% + 1 dos acionistas.
Balanço da BB Seguridade (BBSE3) desagrada e ações caem forte na B3. O que frustrou o mercado no 1T25 (e o que fazer com os papéis agora)?
Avaliação dos analistas é que o resultado do trimestre foi negativo, pressionado pela lucratividade abaixo das expectativas; veja os destaques do balanço
Rafael Ferri vai virar o jogo para o Pão de Açúcar (PCAR3)? Ação desaba 21% após balanço do 1T25 e CEO coloca esperanças no novo conselho
Em conferência com os analistas após os resultados, o CEO Marcelo Pimentel disse confiar no conselho eleito na véspera para ajudar a empresa a se recuperar
É recorde: Ações da Brava Energia (BRAV3) lideram altas do Ibovespa com novo salto de produção em abril. O que está por trás da performance?
A companhia informou na noite passada que atingiu um novo pico de produção em abril, com um aumento de 15% em relação ao volume visto em março
Onde investir em maio: Petrobras (PETR4), Cosan (CSAN3), AT&T (ATTB34) e mais opções em ações, dividendos, FIIs e BDRs
Em novo episódio da série, analistas da Empiricus Research e do BTG Pactual compartilham recomendações de olho nos resultados da temporada de balanços e no cenário internacional
3G, de Lemann, compra marca de tênis Skechers por US$ 9,4 bilhões, e ações disparam
Após a conclusão do negócio, a Skechers se tornará uma empresa de capital fechado, pondo fim a quase três décadas de ações negociadas em bolsa
Veja as empresas que pagam dividendos e juros sobre capital próprio nesta semana
Magalu, Santander, Fleury e mais 15 empresas pagam proventos nos próximos dias; confira o calendário
Pódio triplo: Itaú (ITUB4) volta como ação mais recomendada para maio ao lado de duas outras empresas; veja as queridinhas dos analistas
Dessa vez, a ação favorita veio acompanhada: além do Itaú, duas empresas também conquistaram o primeiro lugar no ranking dos papéis mais recomendados para maio.
Veja as empresas que pagam dividendos e juros sobre capital próprio na próxima semana
Magalu, Santander, Fleury e mais 15 empresas pagam proventos nos próximos dias; confira o calendário
Petrobras (PETR3) excluída: Santander retira petroleira da sua principal carteira recomendada de ações em maio; entenda por quê
Papel foi substituído por uma empresa mais sensível a juros, do setor imobiliário; saiba qual
IRB (IRBR3) volta a integrar carteira de small caps do BTG em maio: ‘uma das nossas grandes apostas’ para 2025; veja as demais alterações
Além do retorno da resseguradora, foram acrescentadas também as ações da SLC Agrícola (SLCE3) e da Blau Farmacêutica (BLAU3) no lugar de três papéis que foram retirados