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Bia Azevedo

Bia Azevedo

Jornalista pela Universidade de São Paulo (USP), já trabalhou como coordenadora e editora de conteúdo das redes sociais do Seu Dinheiro e Money Times. Além disso, é pós-graduada em Comunicação digital e Business intelligence pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

O QUE ESPERAR

Troca de CEO da Americanas (AMER3) é bom sinal — mas o pior ficou mesmo para trás? Saiba o que ela representa para o investidor

Com dívida reduzida e novo comando, Americanas tenta deixar para trás a fase de crise e reconquistar espaço em um varejo cada vez mais dominado por rivais globais

Bia Azevedo
Bia Azevedo
27 de agosto de 2025
12:47 - atualizado às 12:48
Americanas AMER3
Loja da Americanas - Imagem: Poder360

A Americanas (AMER3) anunciou nesta semana a troca no comando da companhia. A partir de primeiro de outubro, Leonardo Coelho deixa o cargo de CEO e quem assumirá a cadeira é o atual COO da companhia, Fernando Dias Soares.

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A mudança foi bem recebida pelo mercado. As ações encerraram o pregão da última terça-feira (26) na maior alta em cerca de um mês, com ganhos de quase 2,3%, negociadas a R$ 5,38. 

Com passagem pela presidência da Domino's Pizza no Brasil e pela AB-Inbev, o novo CEO marca uma nova fase para a Americanas. Nela, o foco volta a ser a operação do negócio, não mais a negociação com credores. 

Não dá para esquecer que, no primeiro balanço divulgado pela companhia depois da descoberta da fraude, a dívida estava em R$ 26,3 bilhões. Agora, caiu para R$ 1,8 bilhão, segundo os resultados do segundo trimestre de 2025.

“A Americanas tinha uma dívida astronômica. Ela saiu de um endividamento gigante para um mínimo. Isso foi possível porque o atual CEO é bom de negociação e foi forçando acordos com os credores, prometendo pagar dívidas de forma antecipada caso o valor total diminuísse e assim por diante”, afirma George Sales, professor da FIA Business School.

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O CEO de crise e o CEO do recomeço

Sales destaca que Coelho é um CEO de crise. Agora, com a maré mais calma, o negócio precisa de alguém que foque na recuperação. “A empresa tem que voltar a ser aquela força do varejo, com múltiplos produtos e fornecedores e, para conseguir, é necessário alguém com o perfil mais apaziguador do que combativo”.

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Para ele, existe a possibilidade de que a Americanas volte a ser um player relevante no varejo brasileiro, dada a força da sua marca. Mas isso exige confiança, principalmente dos fornecedores. Só assim a companhia conseguiria deixar de vender “miudezas”.

“Muitos no mercado veem a companhia como uma alternativa a produtos de baixo custo e em vários casos já como uma loja de conveniência. Ela não é de fato mais uma referência para grandes compras”, afirma Marcos Duarte, analista-chefe da Descomplica Investimentos.

Ele diz que a Americanas se afastou dos produtos de ticket mais alto, de maior valor agregado e que exigem operações de financiamento do cliente. 

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Para Sales, os problemas reais acabaram para as Americanas.. Agora é mais tentar voltar a ser o que era. 

Mas isso não será tão fácil, considerando que o mercado que a Americanas deixou para trás está bem diferente hoje — e a competição está cada vez mais acirrada.

O espaço que era da Americanas já não está vazio há muito tempo

Desde que a Americanas deixou de ser um player relevante no varejo, com a descoberta do rombo contábil de R$ 43 bilhões, a fatia do mercado que antes era dela passou a ser disputada entre os outros gigantes — com Mercado Livre sendo apontado por analistas como o principal beneficiado por isso.

No primeiro trimestre de 2023, a plataforma argentina viu o Volume Bruto de Mercadorias (GMV) no Brasil acelerar 8 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2022, com crescimento de 28%, impulsionado pelo vácuo criado pela crise na Americanas, segundo analistas com os quais o Seu Dinheiro conversou. 

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No compilado do ano, houve um avanço de 13 p.p. nessa linha do balanço do Mercado Livre, chegando a 35% versus um aumento de 22% em 2022. Em contraposição, o GMV total da Americanas caiu cerca de 45% no ano de 2023.

Fora isso, a varejista brasileira sequer aparece na lista dos 10 sites mais acessados do e-commerce brasileiro hoje em dia, de acordo com dados do relatório Conversion, que produz relatórios mensais sobre o segmento. Veja abaixo os 10 mais acessados nos últimos meses: 

Marcamai./25jun./25jul./25Trend
Temu303.956.646241.891.699409.728.582▲2
Mercado Livre352.172.622358.540.653393.286.739▼1
Shopee270.447.438259.495.411285.973.913▼1
Amazon Brasil191.914.985175.881.455209.172.311-
Shein94.862.473104.148.578110.523.397-
Olx107.605.363101.361.859105.736.142-
Samsung95.258.23994.623.77493.894.027-
iFood71.943.80673.202.94070.723.235-
Magazine Luiza70.400.25664.933.90967.040.548▲1
AliExpress58.977.22066.428.04559.630.569▼1
Fonte: Conversion

Antes da fraude, a companhia chegou a aparecer em oitavo lugar no volume de acessos considerando o site e o aplicativo. Veja abaixo:

Marcadez./22Trend
Mercado Livre350.499.337-
Amazon Brasil176.118.760-
Shopee157.918.596-
Magazine Luiza124.208.660-
Americanas112.220.681-
AliExpress75.985.482-
Shein68.285.573▲1
iFood59.579.199▲2
Banco do Brasil58.939.736▼2
Samsung47.002.777▼1
Fonte: Conversion

Fora isso, para competir nesse mercado, está sendo necessário cada vez mais ‘poder de fogo’. Em outras palavras, é preciso colocar a mão no bolso. 

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O Meli, por exemplo, vai investir R$ 34 bilhões no Brasil esse ano. A Shopee, embora não divulgue os números, também está vindo com tudo para nosso mercado. A batalha entre as duas está acirrada, tudo isso para consolidar o precioso market share. Entenda melhor nesta reportagem do Seu Dinheiro.

Essa disputa está acontecendo no e-commerce 3P, quando a companhia atua como intermediária entre o lojista e o cliente, sem comprar o produto ou estocá-lo. E a própria Americanas reconheceu, em seu balanço mais recente, que não vale a pena comprar essa briga — assim como fez o Magazine Luiza.

No entanto, segundo um analista com quem o Seu Dinheiro conversou, a alternativa seria competir diretamente com o próprio Magalu e a Casas Bahia, que atuam majoritariamente nas lojas físicas e no e-commerce 1P — quando a própria companhia adquire e revende o produto. 

Nesse caso, para produtos de ticket mais elevado. No entanto, será um caminho longo para que a Americanas consiga reconquistar a confiança dos fornecedores e clientes nesse sentido.

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“A companhia ainda tem o prestígio do consumidor mas tem dificuldades com relação à concorrência. Muitos no mercado veem a companhia como uma alternativa para produtos de baixo custo e em vários casos já como uma loja de conveniência. Ela não é de fato mais uma referência para grandes compras”, diz Duarte.

Você pode conferir os resultados recentes da Americanas nesta reportagem.

AMER3 ainda é ação de trader

Mesmo que a troca de CEO seja um indício de melhora da situação, os analistas ainda recomendam ficar de fora da ação até ficar mais claro qual caminho a empresa irá seguir. “Americanas naturalmente é um papel voltado ao trader depois da fraude, muito por conta da volatilidade envolvida nas ações”, afirma Duarte.

Daqui para frente, é preciso monitorar o plano de recuperação da varejista, acompanhando a concretização da transição e a saída da fase emergencial que se instaurou desde 2023, com ganho de fôlego e crescimento nos próximos meses.

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