Serena (SRNA3) de saída da B3: Actis e GIC anunciam oferta para fechar o capital da empresa de energia renovável; ações sobem forte
A oferta pública de aquisição vem em meio ao processo de redução de dívidas da empresa, que atingiu um pico na alavancagem de 6,8 vezes a dívida líquida/Ebitda

A fila para sair da bolsa brasileira está ficando cada vez maior e ganhou mais um nome nesta quarta-feira (14). As gestoras Actis e GIC, do fundo soberano de Cingapura, anunciaram uma oferta pública de aquisição (OPA) para fechar o capital da Serena Energia (SRNA3).
A companhia elétrica, que desenvolve e opera ativos de energia renovável, estreou na bolsa brasileira em 2017, sob o nome de Omega Energia (MEGA3), e em 2021 se uniu à Omega Desenvolvimento. Já em dezembro de 2023, passou a se chamar Serena Energia, com o ticker SRNA3.
Agora, para a saída da empresa da B3, as gestoras oferecem R$ 11,74 por ação, segundo fato relevante divulgado ao mercado.
O valor da OPA é um prêmio de apenas 10% em relação ao fechamento de ontem (13). Isso porque os investidores vêm capturando o movimento na frente, uma vez que rumores da transação já circulavam no mercado há pelo menos três meses, segundo apuração do Insight na época.
Só nos últimos cinco dias, as ações da Serena Energia já valorizaram mais de 14%. Nesta quarta-feira, SRNA3 sobe forte, com alta de 7,69%, negociada a R$ 11,48, por volta das 16h (horário de Brasília).
Porém, o montante deve ser corrigido pelo CDI até a liquidação da operação, além de ser incluso um earnout, ou seja, um pagamento adicional caso atinja determinadas metas.
Leia Também
- E MAIS: Calendário de resultados desta semana inclui Banco do Brasil, BRF, Cosan e outras empresas; acompanhe a cobertura completa de balanços
A OPA da Serena Energia no detalhe
A oferta pública de aquisição da Serena Energia vem em meio ao processo de redução de dívidas da empresa, após alcançar uma alavancagem de 6,8 vezes a dívida líquida/Ebitda em 2023. No fim do ano passado, a companhia conseguiu reduzir a taxa para 4,38 vezes.
Para sustentar a trajetória de desalavancagem, a Serena Energia optou por não usar recursos próprios para novas expansões de projetos eólicos nos Estados, como o Goodnight 2.
Com a OPA, os acionistas buscam “simplificar a estrutura corporativa e organizacional da companhia, conferindo maior flexibilidade na gestão financeira e operacional das suas operações”, afirmaram Actis e GIC em documento.
Caso a operação seja concluída, foi celebrado um acordo de acionistas prevendo que o FIP Actis controlará a companhia.
Além disso, a Tarpon, que detém o equivalente a 20,3% do capital social total da Serena Energia, precisará vender a totalidade de suas ações.
Porém, a OPA ainda terá que ser aprovada pela assembleia geral extraordinária, que vai decidir pela dispensa da aplicabilidade da cláusula de poison pill à oferta.
Segundo o documento, o BTG Pactual é a instituição intermediária, sendo responsável pela liquidação financeira da transação.
O papel das gestoras Actis e GIC
Atualmente, a Actis é a maior acionista da Serena. Com entrada na empresa em 2022, a um preço de R$ 16 por ação, a gestora detinha 12% do capital a R$ 12,73 por ação. Hoje, detém 26,8%.
Porém, após ser comprada pela General Atlantic no ano passado, a gestora estacionou na participação na companhia de energia.
Desde então, segundo rumores do mercado à época, a Actis passou a manifestar interesse no fechamento de capital da Serena Energia. Porém, a companhia não possuía recursos suficientes para realizar a operação sozinha.
A entrada do fundo soberano de Cingapura ajudou a estabelecer um preço que fizesse sentido para os demais investidores, em especial a Tarpon.
*Com informações do MoneyTimes
Argo e Replan se juntam para criar terceira maior administradora de shoppings do Brasil; conheça
Com 30 shoppings distribuídos pelo país e cerca de R$ 10 bilhões em vendas por ano, conheça a nova gigante do setor
Compra do Banco Master pelo BRB: Galípolo diz que Banco Central precisa de mais informações para avaliar
Operação já foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade e agora aguarda aval da autoridade monetária
Cashback ou BTC: afinal, qual é o modelo de negócios do Méliuz? Falamos com o head da Estratégia Bitcoin da empresa
A empresa diz que o foco em cashback continua valendo como forma de gerar receita; desde o ano passado, porém, a maior parte de seu caixa vem sendo alocado em criptomoedas
Hermanos no contra-ataque: Mercado Livre (MELI34) reage à ofensiva de Amazon e Shopee no Brasil, aponta Itaú
O cenário do e-commerce brasileiro parece uma disputa de mundial, com “seleções” da Argentina, EUA e Cingapura lutando pela “taça” — e todas de olho na entrada da China na competição
Ações da Casas Bahia (BHIA3) voltam a cair hoje após Mapa Capital assinar acordo com bancos para assumir dívida de R$ 1,6 bilhão da varejista
Em meio ao processo de conversão de títulos de dívidas, os papéis da varejista vêm apanhando na bolsa brasileira
Prio (PRIO3) é eleita a favorita do setor pelo Itaú BBA mesmo com queda no preço do petróleo; entenda as razões para a escolha
O banco reafirmou a recomendação de compra para as ações PRIO3 e estabeleceu um novo preço-alvo para o papel na esteira da aquisição da totalidade do campo de Peregrino
Subsidiária da Raízen (RAIZ4) emite US$ 750 milhões em dívida no exterior como parte de estratégia para aliviar Cosan (CSAN3)
A Raízen Fuels Finance, fará a oferta de US$ 750 milhões em notes com vencimento em 2032 e cupom de 6,25%.
Cogna (COGN3) capta US$ 100 milhões com Banco Mundial em busca de transformação digital
Os recursos irão financiar a transformação digital das atividades de graduação e da pós-graduação de uma vertical da companhia
Serena (SRNA3): decisão da AGE abre outro capítulo no fechamento de capital da empresa
A saída da elétrica da bolsa tem sido marcada por turbulências desde a proposta da Actis e do GIC, que ofereceram R$ 11,74 por ação da companhia
Por que as ações da Localiza e Movida despencaram na B3 — spoiler: tem a ver com o governo
Medida do governo pode impactar negativamente as locadoras de veículos, especialmente no valor dos seminovos
Crédito consignado privado ganha espaço no mercado sob liderança do Banco do Brasil (BBAS3), diz BofA
O banco americano considera que, além dos bons resultados ainda iniciais, a modalidade é uma tendência em ascensão
Mais etanol na gasolina: 4 empresas saem na frente, mas só uma é a grande vencedora, segundo o Santander
O cenário é visto como misto para as distribuidoras, mas as produtoras de biocombustíveis podem tirar algum proveito dessa nova regra
JBS (JBSS32) vai investir pesado em expansão e quer se tornar “ação de dividendos”. Para BTG, essa é “oportunidade única”
Empresa mostrou os planos para o futuro no JBS Day na última quarta-feira (25), e BTG gostou do que viu
Bradesco (BBDC4) confirma aposentadoria antecipada de vice-presidente; banco reestrutura parte da diretoria
Moacir Nachbar Junior atuava na empresa há 45 anos e estava à frente da área de gestão de risco desde 2022
Santander está otimista sobre a Direcional (DIRR3): dividendos robustos e valorização de capital estão no caminho da companhia
Otimização operacional e Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida estão no cerne da tese de investimento do banco
Uma gigante do petróleo vem aí: Shell está em negociações para comprar a rival BP em negócio que pode redefinir o setor
Em ritmo lento, as discussões ainda não têm os termos definidos e estão longe de serem concluídas, segundo apurou o The Wall Street Journal.
RD Saúde (RADL3): por que a ação está subindo mais de 3% e liderando os ganhos do Ibovespa? É hora de comprar?
O BB Investimentos revisou as estimativas para a rede de farmácias, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (25)
BTG inicia cobertura de Pague Menos (PGMN3), vista pelo bancão como ‘aposta promissora’ até 2026
A tese do banco é que a rede de farmácias tem uma avaliação atrativa e deve se consolidar ainda mais no setor
Não é hora de comprar Minerva (BEEF3)? Essa corretora discorda e elege ação como nova favorita no setor agro; entenda o que faz o papel se destacar
Apesar da alavancagem financeira, o frigorífico ganha destaque após aumento de capital bilionário
Ibama concede licença prévia para primeiro projeto de energia eólica offshore no Brasil
Com capacidade instalada de até 24,5 megawatts (MW), usina deve ser implementada no litoral do Rio Grande do Norte