🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 2T25 VAI COMEÇAR: ACOMPANHE A COBERTURA COMPLETA

Bia Azevedo

Bia Azevedo

Jornalista pela Universidade de São Paulo (USP), já trabalhou como coordenadora e editora de conteúdo das redes sociais do Seu Dinheiro e Money Times. Além disso, é pós-graduada em Comunicação digital e Business intelligence pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

O QUE FAZER COM OS PAPÉIS?

Rede D’Or (RDOR3) tem uma das maiores quedas do Ibovespa nesta terça (3): o que está acontecendo com as ações?

As ações reagiram à atualização do plano de expansão da companhia, que revisou para baixo a projeção de criação de leitos até 2028

Bia Azevedo
Bia Azevedo
3 de junho de 2025
12:43 - atualizado às 17:20
Fachada do hospital Glória D'Or, no Rio de Janeiro, pertencente à Rede D'Or (RDOR3).
Fachada do hospital Glória D'Or, no Rio de Janeiro, pertencente à Rede D'Or (RDOR3). - Imagem: Divulgação/Rede D'Or

As ações da Rede D’Or (RDOR3) terminaram esta terça-feira (3) no segundo lugar entre as maiores quedas do Ibovespa, com uma desvalorização de 3,23%, aos R$ 36,23.

O recuo reflete a atualização do plano de expansão da companhia, apresentada no Formulário de Referência de 2025, publicado no último sábado (31). No novo documento, a empresa revisou para baixo suas metas de capacidade de longo prazo, reduzindo em 21% a projeção de novos leitos previstos até 2028.

Agora, a rede de hospitais espera criar 3.203 novas vagas hospitalares nos próximos três anos, ante às 4.036 projetadas anteriormente. 

Para 2025, o plano revisado prevê 491 novos leitos — uma queda de quase 45% em relação aos 898 que antes eram esperados. 

Para 2026, são 868 leitos, de 1.117 leitos anteriormente. Em 2027, a projeção é de 893 leitos, versus os 771 leitos estimados antes. Para 2028 a previsão é de 951 novos leitos, em relação aos 1.250 leitos do plano de 2024.

  • E MAIS: Alta nas projeções para o IPCA em 2025 abre oportunidades para o investidor buscar retornos reais de 8,36% ao ano; confira recomendações

Os projetos brownfield — ampliações ou reformas em hospitais já existentes — foram os mais impactados, com uma revisão para baixo de 22%, para 2,6 mil leitos. 

Leia Também

Já nos projetos greenfield (construções do zero, em locais onde ainda não há hospitais) houve uma  redução de 14%, para 640 novos leitos. 

A empresa também ajustou para baixo o custo de capital por leito: agora em R$ 1,4 milhão por leito, contra R$ 1,5 milhão anteriormente.

O que isso significa para a Rede D’Or

Na avaliação do Bradesco BBI, a redução do plano de expansão é amplamente negativa para a Rede D’Or, especialmente diante das projeções otimistas de crescimento de planos de saúde pela SulAmérica e de um ambiente competitivo mais favorável aos hospitais, considerando a exposição limitada da companhia a operadoras em dificuldades financeiras.

Além disso, o corte acentuado nos projetos brownfield — que normalmente são mais lucrativos e não exigem credenciamento de pagadores — também foi um sinal  negativo, sugerindo perspectivas de crescimento mais fracas nos mercados existentes.

“No entanto, observamos que a orientação revisada de 3,2 mil leitos ainda implica um sólido aumento de 25% na capacidade e permanece bem acima de nossa estimativa de 1,5 mil leitos, pois excluímos conservadoramente qualquer expansão além de 2026”, escrevem os analistas da casa em relatório. 

Já o Goldman Sachs considerou a mudança levemente negativa. “Esperávamos ver alguns ajustes na nova versão do plano de expansão, o que é um processo natural da empresa, reavaliando a demanda e desafios operacionais para a entrega de novos projetos”. 

No entanto, a magnitude da revisão do plano foi notável, afirmou o analista Gustavo Miele. 

Na visão do banco, a redução no custo tende a aliviar as despesas financeiras, enquanto o impacto no Ebitda (lucros antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) deve ser pequeno no curto prazo, já que os projetos levam tempo até começarem a gerar receita.

Para o BTG Pactual, alguns investidores já não levavam o plano anterior ao pé da letra. Ou seja: a revisão trouxe uma projeção mais crível. 

De acordo com o time de análise, a empresa parece estar adotando uma abordagem mais cautelosa — provavelmente em resposta ao alto custo de capital no Brasil e a recentes exclusões de rede por parte de alguns planos de saúde em determinadas regiões.

Além disso, a revisão do custo por leito para baixo foi um ponto positivo, mas os analistas esperavam um aumento no pipeline de longo prazo, dada a recém-formada joint venture com o Bradesco. 

“Ainda assim, acreditamos que a Rede D’Or continua bem posicionada para liderar a consolidação do mercado hospitalar privado no Brasil e potencialmente dobrar de tamanho na próxima década”, escrevem os analistas Samuel Alves e Maria Resende em relatório. 

Para o banco, a ambição de longo prazo da empresa permanece inalterada — muitos projetos ainda estão na fase de “a definir”.

O que fazer com as ações?

Diante desse cenário, o Goldman Sachs manteve sua recomendação de compra para as ações RDOR3, com preço-alvo de R$ 41 em 12 meses — o que implica uma valorização potencial de 9,5% sobre o fechamento mais recente.

O BTG Pactual também reiterou sua visão positiva para os papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 44 e potencial de alta de 17,5% até o fim de 2025. “Seguimos vendo a Rede D’Or como a principal consolidadora do setor e com capacidade de dobrar de tamanho em uma década. É a nossa principal escolha entre as empresas de saúde”, afirmou o BTG.

Com informações do Money Times

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
QUAL O IMPACTO

A “taxa das blusinhas” vai acabar? Isenção para compras abaixo de US$ 50 na Shein e na Shopee volta a rondar o mercado

24 de julho de 2025 - 15:30

BTG Pactual e Itaú BBA analisam o impacto de uma possível revogação da tarifa de 20% sobre compras abaixo de US$ 50 no exterior — a possibilidade está sendo aventada pelo governo como um aceno à China e em resposta a Trump

RESOLVENDO AS CONTAS

Após fechar capital na B3, controlador francês do Carrefour Brasil avalia refinanciar dívida bilionária

24 de julho de 2025 - 15:11

A CSA estuda possíveis alternativas para a negociação de R$ 9,7 bilhões em débitos no país

REDUZINDO O PORTFÓLIO

Raízen (RAIZ4) vende 55 usinas de geração de energia por R$ 600 milhões e encerra joint venture; entenda a operação

24 de julho de 2025 - 10:23

A companhia receberá os valores da venda à medida que as usinas forem transferidas para os compradores

SERÁ QUE VAI?

Chegou aí? Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4) afirmam não ter recebido proposta do iFood pela Alelo

24 de julho de 2025 - 10:11

Segundo informações da imprensa, o iFood estaria em vias de fechar negócio de R$ 5 bilhões pela Alelo, mas bancões negam

FICOU NO ESCURO?

Petrobras (PETR4) não aceita ficar de fora das negociações de Nelson Tanure sobre o controle da Braskem (BRKM5) — e vai ao Cade questionar

24 de julho de 2025 - 9:18

Uma das maiores acionistas da petroquímica, a Petrobras recorreu ao Cade para garantir sua participação ativa nas negociações, segundo informações do InvestNews

CHAPTER 11

Em recuperação judicial, Azul (AZUL4) informa resultados financeiros de junho, com receita de R$ 1,64 bilhão

23 de julho de 2025 - 20:40

Os dados fazem parte do relatório mensal para a Justiça dos EUA, uma das condições exigidas para o processo de reestruturação

COMPRAR OU VENDER?

Allos (ALOS3), Multiplan (MULT3) ou Iguatemi (IGTI11): shoppings devem crescer no segundo trimestre, mas só uma empresa se destaca no lucro, diz XP

23 de julho de 2025 - 19:06

Operadoras devem registrar bom desempenho operacional, mas apenas uma dribla os juros altos e entrega avanço no lucro por ação

2 DE 7

Ações da Tesla e da Alphabet caem 1% após balanço; entenda por que os investidores torceram o nariz para as duas magníficas

23 de julho de 2025 - 18:49

Os motivos para a queda dos papéis no after hours em Nova York não foi o mesmo — uma não atingiu expectativas e outras gerou preocupação com uma nova orientação

DO CHURRASCO AOS TRIBUNAIS

Marfrig (MRFG3) denuncia Minerva (BEEF3) no Cade em meio à corrida pela BRF (BRFS3); saiba o que motiva o embate

23 de julho de 2025 - 17:22

A ofensiva é uma resposta ao recurso da Minerva, que tenta barrar a criação da MBRF Global Foods por suposto risco à concorrência

UMA LUPA SOBRE O NEGÓCIO

Qual o verdadeiro potencial da união entre Rede D’Or (RDOR3) e Fleury (FLRY3) — e o que pode dar errado? UBS BB traça as previsões

23 de julho de 2025 - 16:05

Para os analistas, a união dos dois players de saúde poderia desbloquear sinergias significativas, mas ainda há pontas soltas a serem resolvidas

A TODO VAPOR

Sabesp (SBSP3) faz balanço de um ano de privatização e destaca investimento de R$ 10,6 bilhões

23 de julho de 2025 - 14:38

Companhia também afirma que universalização do saneamento está em ritmo acelerado; dados preliminares serão confirmados em agosto

WITH A LITTLE HELP

MRV (MRVE3) figura entre as maiores altas do Ibovespa após relatório do Santander; o que animou os investidores?

23 de julho de 2025 - 14:35

A recomendação foi mantida como “outperform” para a companhia e os analistas destacaram dois pilares principais para sustentar o otimismo

DESTAQUES DA BOLSA

Petrobras (PETR4) sobe mais de 2% e é o carro-chefe dos ganhos do Ibovespa; entenda o que está por trás da alta (e não é o preço do petróleo)

23 de julho de 2025 - 13:43

O avanço dos papéis da estatal ajudou o principal índice da bolsa brasileira a acelerar os ganhos e romper a barreira dos 135 mil pontos

DE PROBLEMA A SOLUÇÃO

Banco do Brasil (BBAS3) quer aproveitar sua relação com o agronegócio para se tornar líder no mercado de carbono

23 de julho de 2025 - 12:56

O banco estatal busca ser o principal intermediário do mercado de carbono no Brasil e quer usar a sua penetração no agronegócio para alcançar mais projetos

O QUE VEM POR AÍ

Por que o desempenho operacional sólido da Vale (VALE3) não faz as ações dispararem — e o que esperar do balanço do 2T25

23 de julho de 2025 - 12:33

Na noite anterior, a companhia informou que a produção de minério de ferro no segundo trimestre deste ano aumentou 3,7% em termos anuais e 23,6% na comparação trimestral

SEM BRILHO

WEG (WEGE3) lidera quedas do Ibovespa após divulgar balanço; o que desagradou os investidores?

23 de julho de 2025 - 10:43

A companhia vinha chamando a atenção dos mercados, mas resultados do segundo trimestre fazem a “fábrica de bilionários” perder o brilho

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Auren Energia (AURE3): CFO detalha como domou dívida de R$ 20 bi e dobrou sinergias com a AES Brasil

23 de julho de 2025 - 6:03

Mateus Ferreira, que assumiu o comando financeiro na época da aquisição bilionária, falou com o Seu Dinheiro sobre as perspectivas para dividendos, a estratégia para cuidar da alavancagem e a MP do setor elétrico

ATENÇÃO, ACIONISTAS

Dividendos e JCP: WEG (WEGE3) e TIM (TIMS3) vão distribuir mais de R$ 1 bilhão em proventos; confira os prazos

22 de julho de 2025 - 19:47

A queridinha dos investidores é responsável pelo anúncio dos dividendos desta terça-feira (22), enquanto a operadora de telefonia móvel fica com os juros sobre capital próprio

RELATÓRIO OPERACIONAL

Produção de minério da Vale (VALE3) sobe no segundo trimestre, mas preço não acompanha

22 de julho de 2025 - 19:11

Segundo a mineradora, o período de abril a junho foi marcado por um sólido desempenho em todos os segmentos de negócio; confira os números do período

DEMANDA AQUECIDA

MRV (MRVE3) pode subir 60% na bolsa e voltar ao radar dos investidores, diz Santander; veja o novo preço-alvo

22 de julho de 2025 - 17:00

Santander eleva perspectivas para a MRV e destaca recuperação das operações no Brasil, mesmo com “limpeza” na subsidiária dos EUA

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar