Inter (INBR32) fecha 2024 com o maior lucro da história e anuncia dividendos
O banco digital laranjinha viu seu lucro líquido subir 84,7% na base anual, para R$ 295 milhões, com um ROE de 11,7% no fim do quarto trimestre; veja os destaques

O Inter (INBR32) animou os investidores na manhã desta quinta-feira (6) ao entregar um balanço robusto e acima das estimativas de mercado para o quarto trimestre de 2024.
O banco digital laranjinha viu seu lucro líquido praticamente dobrar no quarto trimestre de 2024 em relação ao ano anterior. Os ganhos subiram 84,7% na base anual, para R$ 295 milhões.
O montante também superou as expectativas do mercado, que previa ganhos da ordem de R$ 279 milhões, segundo estimativas compiladas pelo consenso Bloomberg.
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No acumulado do ano, o lucro da fintech cresceu 176% frente a 2023 e chegou ao nível recorde de R$ 973 milhões — maior do que toda a lucratividade histórica combinada do Inter.
Por sua vez, a rentabilidade do banco digital encerrou o trimestre a 13,2%, um aumento de 4,6 pontos percentuais (p.p) no comparativo anual — também acima do esperado pelos analistas, de 12,9%.
O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) anual atingiu a marca de 11,7%, alta de 6,9 p.p em relação ao ano anterior.
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“Entramos em 2025 com um balanço forte, um dos menores custos de funding da indústria, uma carteira de crédito diversificada e métricas de qualidade de ativos que continuam a melhorar, apesar de um cenário mais desafiador”, afirmou João Vitor Menin, CEO da Inter&Co, em nota.
Por volta das 11h40, as ações do banco digital negociadas na bolsa norte-americana Nasdaq operavam em leve alta de 0,76%, a US$ 5,32.
Já os BDRs (recibos de ações) listados na B3 sob o ticker INBR32 operavam na contramão, com queda de 3,11% no mesmo horário, a R$ 29,94.
O plano 60-30-30 do Inter (INBR32)
O Inter (INBR32) também avançou em seu ambicioso plano 60-30-30. Relembrando, o objetivo é chegar a 60 milhões de clientes, mantendo uma eficiência de 30% e alcançando um ROE de 30%, maior que o do Itaú, até o fim de 2027.
Segundo o CEO, o banco digital continuou a executar a estratégia, “equilibrando crescimento, lucratividade e criação de valor de longo prazo” durante 2024.
De fato, a fintech continuou a acelerar o ritmo de crescimento da base de clientes. A empresa encerrou o quarto trimestre de 2024 em 36,1 milhões, expansão de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Por sua vez, o índice de eficiência, que relaciona as despesas operacionais com a receita total, ficou em 50,1%, queda de 1,3 p.p em relação ao quarto trimestre de 2023.
Como dito antes, o ROE continuou a avançar, mas ainda segue muito aquém do objetivo de longo prazo do banco.
Outras linhas do balanço do Inter (INBR32)
Segundo o Inter, a alocação estratégica de capital levou a margem financeira a novos recordes.
A receita bruta total somou R$ 2,96 bilhões entre outubro e dezembro de 2024, um crescimento de 34,9% na comparação anual.
Com isso, a margem financeira líquida — que indica a eficiência do banco ao considerar a receita com crédito menos os custos de captação — chegou a 9,7% no trimestre encerrado em dezembro, aumento de 0,7 ponto percentual frente a igual intervalo de 2023.
De acordo com o banco, a melhora foi impulsionada por avanços no mix de originação de crédito, melhor segmentação de clientes e alocação de capital mais eficiente, tanto em crédito quanto em títulos e valores mobiliários.
A carteira de crédito do banco Inter (INBR32) cresceu 33% na comparação anual e 29,5% na base trimestral, atingindo a marca de R$ 41,2 bilhões no último trimestre de 2024.
Já a base de clientes ativos, que considera usuários que realizaram pelo menos uma transação nos últimos três meses, cresceu 25,3% na mesma base de comparação, a 20,6 milhões.
Enquanto isso, a receita média por cliente (Arpac) avançou 7,2% no comparativo com o mesmo intervalo do ano anterior.
A inadimplência acima de 90 dias encolheu 0,4 ponto percentual frente ao quarto trimestre de 2023 e 0,3 p.p em comparação com o trimestre anterior, para 4,2%.
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Vem dividendos pela frente
Além do balanço acima das expectativas, o Inter (INBR32) também vai agraciar os investidores com dividendos na conta.
O banco digital anunciou o pagamento de US$ 0,08 por ação, equivalente a R$ 0,46 no câmbio atual — e não são só os detentores de ações em Nova York que terão direito à remuneração.
Terá direito aos dividendos o investidor que possuir ações ou BDRs do Inter até o fim do pregão de 17 de fevereiro. A partir do dia seguinte (18), os papéis serão negociados “ex-direitos” e tendem a sofrer um ajuste na cotação.
Isso significa que o investidor pode optar por comprar os papéis até a data limite e receber a remuneração ou aguardar o dia seguinte e adquiri-los por um valor menor, mas sem o direito aos dividendos.
O pagamento dos proventos está programado para o dia 26 de fevereiro para os investidores que possuem ações INTR.
A expectativa é que quem possuir os BDRs INBR32 na carteira de investimentos deve receber os dividendos em 14 de março. No entanto, o valor em reais e a data exata do depósito ainda deverão ser anunciados após o dia 27 de fevereiro.
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