Após tempestade em 2024, CEO do Banco do Brasil (BBAS3) aposta no agronegócio para expansão da carteira de crédito neste ano
Para Tarciana Medeiros, a melhora dos níveis de produção, aliada ao equilíbrio da carteira de crédito do banco e às boas condições de renda e emprego, sustenta a visão otimista

Se no ano passado o agronegócio foi fator de preocupação para o Banco do Brasil (BBAS3), agora, a expectativa é que o setor ajude nos planos de expansão da carteira de crédito do banco em 2025 mesmo com os juros cada vez mais elevados, de acordo com a CEO Tarciana Medeiros.
“Teremos um cenário monetário mais apertado, com a Selic entre 14% e 15% ao ano, mas a gente acredita no crescimento moderado e seguro da carteira de crédito, observando ainda mais a análise de risco”, disse a executiva durante a LAIC 2025, conferência de investimentos anual organizada pelo UBS.
- VEJA TAMBÉM: Quais são as melhores ações para investir em 2025? E-book gratuito mostra as perspectivas da Empiricus Research, Trígono Capital e BTG Pactual
Para a CEO, a melhora dos níveis de produção do agro no Brasil, aliada ao equilíbrio da carteira de crédito do banco e às boas condições de renda e emprego, é o que sustenta a visão otimista para este ano.
Relembrando, o agronegócio — setor em que o BB é mais atuante — enfrentou problemas nos últimos meses. Com a redução no preço das commodities, as margens apertadas — com os produtores à espera do momento ideal para vender as safras — e os fenômenos climáticos extremos, empresas do setor entraram com sucessivos pedidos de recuperação judicial.
Isso levou o Banco do Brasil a elevar as provisões em quase 30% na passagem do segundo para o terceiro trimestre, o que acendeu um sinal de alerta entre analistas de mercado.
Para 2025, a perspectiva é que esse cenário se reverta, especialmente no caso da soja, e que as condições para a commodity não só se recuperem, como atinjam novos recordes de safra, produção e produtividade.
Leia Também
“Nós já desembolsamos R$ 140 bilhões dos R$ 260 bilhões que nos propusemos no Plano Safra 24/25, então entendemos que entregaremos o montante total em 2025”, disse Medeiros.
“Estamos trabalhando muito próximos aos produtores para encontrar soluções para a repactuação de operações e solução de eventuais inadimplências, para que esses produtores tenham condições de voltar e tomar crédito para plantar neste ano”, acrescentou.
O que esperar do Banco do Brasil (BBAS3) em 2025
A CEO do Banco do Brasil (BBAS3) avalia que este será um ano de acomodação da inadimplência e de redução do risco de crédito ao longo dos próximos meses, mas ainda com muitos desafios.
Segundo a executiva, uma das vantagens competitivas do banco em um cenário restritivo de juros é o mix da carteira de crédito, dividida quase que igualmente entre pessoa física, pessoa jurídica e agro.
Na visão de Medeiros, essa composição do portfólio permite que a empresa tenha segurança para aumentar a concessão de crédito para o setor agro e para o crédito consignado.
“Nós acabamos tendo uma vantagem competitiva, porque temos uma carteira de crédito já tomada com a margem ocupada numa Selic mais baixa”, afirmou.
“Temos uma previsão para 2025 de crescimento de renda, manutenção da base ocupada no país e de safra recorde devido às condições climáticas mais favoráveis. Essa combinação nos favorece a ter um crescimento seguro de crédito neste ano, em linha com os números do mercado ou até um pouco acima desse patamar”, acrescentou.
- E MAIS: Cenário macroeconômico brasileiro deve continuar desafiador em 2025 – onde investir para se proteger e buscar lucros? Veja o que dizem os especialistas neste e-book gratuito
Quanto ao consignado, a avaliação da CEO é que, apesar do aumento da concorrência, o banco continuará a reter clientes.
“Não é uma linha de crédito em que o BB tem preocupação para 2025. É uma carteira que está conosco e tende a permanecer”, disse.
Diante de um aperto monetário cada vez mais intenso no Brasil, Medeiro conta que a palavra da vez em 2025 deverá ser “disciplina” — tanto para a operação do BB como um todo como para o nível de criteriosidade para a avaliação de riscos dos clientes.
Vale lembrar que o BB divulgará o resultado financeiro do quarto trimestre de 2024 em 19 de fevereiro, após o fechamento do mercado. Você confere aqui o calendário completo de datas e horários das divulgações e das teleconferências do 4T24.
Braskem (BRKM5): Fitch corta o rating da petroquímica devido ao risco elevado de reestruturação
De acordo com a agência, a Braskem enfrenta um aumento na pressão sobre seu caixa enquanto opera com margens comprimidas
XP eleva recomendação da Guararapes (GUAR3), apostando no aumento de produtividade e produtos da Riachuelo para valorização das ações
A varejista vem apresentando melhora nos resultados por seis trimestres consecutivos, apenas o começo de um ciclo positivo, na visão dos analistas da corretora
Blue bonds da Aegea Saneamento têm demanda de US$ 2,4 bilhões e superam em cinco vezes a expectativa da oferta-base
Os títulos têm vencimento em janeiro de 2036, com liquidação dos Blue Bonds prevista para outubro deste ano
iPhone 17: Cinco problemas que os usuários estão reclamando desde que o modelo chegou às lojas
Arranhões, quedas de conexão e bugs no Wi-Fi estão entre as principais queixas dos primeiros usuários
Iguatemi (IGTI11) tem potencial de valorização de 22%, na visão da XP; hora de ir às compras?
Corretora projeta crescimento nas vendas e nas taxas de ocupação dos shoppings da rede
Novo TikTok? Meta lança feed de vídeos por IA, mas usuários rebatem: “ninguém quer isso”
Disponível no app Meta AI e no meta.ai, recurso aposta em criação e remix — enquanto comentários negativos disparam
Embraer (EMBR3) compra combustível sustentável de aviação da Vibra (VBBR3) para acelerar pesquisa com biocombustíveis
O objetivo da fabricante brasileira é que suas aeronaves possam operar com uma provisão de 100% de combustíveis sustentáveis até 2030
O que é a microexplosão, fenômeno climático que devastou fábrica e forçou Toyota a adiar lançamento do Yaris Cross
Microexplosão em Porto Feliz destrói fábrica da Toyota e adia lançamento do Yaris Cross, afetando a produção de motores da marca
Direcional (DIRR3) ainda longe do topo: BB vê potencial para alta de mais 30% impulsionada por dividendos e Minha Casa Minha Vida
Constante no MCMV e com subsidiária Riva em ascensão, DIRR3 teve seu preço-alvo elevado pelo BB-BI para R$ 20, ante os R$ 14 anteriores
Quanto você pagaria por um botão? A Amazon precisou desembolsar US$ 2,5 bilhões por dificultar cancelamento do Prime
Amazon terá que reembolsar consumidores e facilitar o cancelamento de assinaturas de serviço Prime nos EUA
Ambipar (AMBP3) leva downgrade pesado: S&P rebaixa nota de crédito para nível de calote após pedido de proteção judicial
E não foi apenas a S&P que reagiu ao anúncio. A agência de risco Fitch também rebaixou a nota de risco da Ambipar, apesar de ter sido menos drástica
Agora vai? Braskem (BRKM5) contrata assessoria para ‘otimizar estrutura de capital’, em meio a sufoco financeiro
A gigante petroquímica tem sido estrangulada por prejuízos, alavancagem elevada e uma ininterrupta queima de caixa
Dividendos e JCP: Cury (CURY3) aprova distribuição de R$ 200 milhões em proventos
A construtora distribuirá o montante para os acionistas na forma de dividendos intermediários; confira as datas
Santander (SANB11) anuncia programa de recompra de units e ADRs; confira os detalhes
A iniciativa envolve a compra de até 37.463.477 units ou de ADRs do banco, correspondendo a aproximadamente 1% do total do capital social
Oi (OIBR3) não gera caixa suficiente e tem apenas nove meses de vida, diz observador da recuperação judicial
A avaliação foi solicitada pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro por causa do pedido de mudanças no plano de recuperação atual
Por que os investidores continuam otimistas com Itaú (ITUB4) e BTG (BPAC11) se as ações já não estão baratas? JP Morgan responde
Mesmo com sinais positivos para alguns bancos, o sentimento de cautela permanece forte entre os entrevistados pelo banco norte-americano
Vale (VALE3) vai turbinar dividendos aos acionistas? O BB Investimentos diz que sim — e vê ações brilhando ainda mais
A disciplina operacional da empresa e o cenário mais favorável para o minério de ferro vêm reforçando a atratividade da mineradora
Por que a JiveMauá topou financiar a Azevedo & Travassos (AZEV3), que “simplesmente não dá dinheiro”?
A gestora enxerga oportunidade no financiamento de duas concessões importantes para a Azevedo, a Rota Verde e a Rota Agro. Crédito faz parte de aposta em infraestrutura da JiveMauá
Minerva (BEEF3) foi barrada mais uma vez de comprar 3 plantas da Marfrig (MRFG3) no Uruguai
O negócio fazia parte do acordo firmado entre as empresas, que previa a transferência de 16 unidades de abate e processamento na América do Sul
BTG inicia a cobertura da Moura Dubeux (MDNE3) com recomendação de compra; o que o banco vê na construtora do Nordeste?
A construtora combina algumas das características mais importantes para uma construtora, segundo o banco