Selic sobe ou fica? Gestores estão divididos nas suas projeções para o Copom, mas são unânimes em uma aposta; veja qual
Pesquisa da XP mostra dualidade de opiniões em relação aos juros básicos do país, mas otimismo em relação a outras possibilidades de investimento

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que começa nesta terça (17) e se encerra com a decisão sobre a Selic amanhã (18), tem gerado um cenário de dualidade entre os agentes do mercado financeiro.
Uma pesquisa Pré-Copom, realizada pela XP com 27 gestoras de fundos multimercados, revela uma divisão de exatamente 50/50 sobre a decisão da taxa básica de juros. Atualmente, a Selic encontra-se em 14,75%, maior nível desde 2006.
Segundo o levantamento, 50% dos gestores acreditam que a Selic será elevada em 0,25 ponto percentual, atingindo 15%. Acontece que os demais 50% esperam a manutenção dos juros no patamar atual.
- VEJA TAMBÉM: Quer ter acesso em primeira mão às informações mais quentes do mercado? Entre para o clube de investidores do Seu Dinheiro sem mexer no seu bolso
Essa divisão é resultado de uma revisão nas expectativas sobre juros para o final de 2025. A média esperada em junho é de 14,83%, indicando que parte do mercado já incorpora uma possível alta, enquanto outra parte mantém o nível atual. Em maio, a média era de 14,75%.
Em termos de juros, os gestores brasileiros que têm posição estão majoritariamente “aplicados” em juros, sejam reais ou nominais. Isso significa que eles têm uma perspectiva de ganho com a queda das taxas negociadas no mercado de juros futuros.
Entretanto, o movimento que mais se observou de maio para junho foi o aumento de posições neutras, o que a XP identifica como uma visão de encerramento do ciclo de alta da Selic, porém não uma expectativa de início dos cortes.
Leia Também
A expectativa de inflação (IPCA) dos gestores para o final de 2025 é de 5,35%, ligeiramente maior do que aponta o relatório Focus do Banco Central, que ouve os economistas das instituições financeiras e prevê 5,25%.
Já as projeções para o PIB do ano foram revisadas para cima, chegando a 2,38%, acima do Focus, que prevê 2,20%.
- CONFIRA: O país dos juros altos: por que a Selic está tão alta e qual a tendência para os próximos anos?
Virada nas posições cambiais: dólar fraco e real em alta
Uma das mudanças mais significativas se demonstrou no mercado de câmbio: a tese de um “dólar forte” globalmente perdeu força, resultando em uma reversão das posições pelas gestoras.
As posições compradas em dólar — que projetam valorização da moeda — caíram drasticamente de 70% em janeiro para apenas 5% em junho, enquanto as posições vendidas — que projetam queda — saltaram de 13% para 95% no mesmo período.
Essa mudança tática indica uma ampliação da tese de desdolarização no curto prazo.
Simultaneamente, houve um aumento expressivo nas posições que esperam a valorização do real. Sessenta e sete por cento das gestoras têm posição comprada na moeda brasileira em junho, comparado a 33% em janeiro.
Já as posições que esperam desvalorização do real recuaram de 67% para 33% no mesmo período.
É aqui no câmbio que uma unanimidade se apresenta: 100% dos gestores com posição em euro estão comprados na tese da valorização da moeda, identificando a Europa como um destino para a realocação de fluxo global, em alternativa ao dólar.
Pelo menos 16 gestoras estão compradas na tese do euro, e as 11 restantes estão neutras — nenhuma espera queda no valor da moeda.
- VEJA TAMBÉM: Saiba quais são as melhores ações, fundos imobiliários, títulos de renda fixa, ativos internacionais e criptomoedas para o 2º semestre de 2025
Otimismo com a bolsa brasileira
Quer a Selic suba, quer seja mantida, no que diz respeito ao mercado de ações do Brasil, os gestores multimercados estão ficando mais otimistas.
Atualmente, 44% das gestoras possuem posições compradas na bolsa brasileira, com apenas 15% vendidas e 41% em posição neutra.
Os números representam um aumento, ainda que marginal, no posicionamento comprado, que era de 42% no mês anterior. Também houve uma leve redução nos vendidos na mesma base de comparação, com um percentual de 19% anteriormente.
Em contraste, as posições em bolsas estrangeiras mostram diferentes abordagens.
Houve um aumento do otimismo com as ações norte-americanas, com 37% dos gestores comprados. Mas a maioria (52%) permanece neutra.
No restante do mundo (excluído EUA), a cautela prevalece, com 85% dos gestores adotando uma abordagem neutra, sugerindo um cenário global ainda desafiador.
- Quer saber mais sobre o Copom e a Selic? Veja o episódio do Touros e Ursos desta semana
Preço do café cai pela primeira vez depois de 18 meses — mas continua nas alturas
Nos 18 meses anteriores, a alta chegou a 99,46%, ou seja, o produto praticamente dobrou de preço
O Ibovespa depois do tarifaço de Trump: a bolsa vai voltar a brilhar?
No podcast desta semana, Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, analisa o cenário da bolsa brasileira e aponta os principais gatilhos que podem levar o Ibovespa a testar novas máximas ainda em 2025
Lula ligou para Xi Jinping em meio ao tarifaço de Trump. Saiba o que rolou na ligação com o presidente da China
Após o aumento da alíquota imposta aos produtos brasileiros pelo republicano, o petista aposta na abertura de novos mercados
Mega-Sena pode pagar R$ 40 milhões hoje; Lotofácil e Quina acumulam e prêmios crescem
Mega-Sena já saiu uma vez em agosto, mas está acumulada há 3 concursos seguidos e aposta fica ainda mais atraente.
Galípolo afirma que mercado vê menor dependência dos EUA como proteção do Brasil ao tarifaço de Trump
Para o chefe do BC, essa condição fará com que o país se machuque menos do ponto de vista comercial
Reunião entre Haddad e secretário do Tesouro dos EUA é cancelada por falta de “agenda”; governo brasileiro faz ajustes finais no plano de contingência
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deu mais detalhes sobre o plano de resposta do governo federal às tarifas da Casa Branca
Super-ricos investem em títulos isentos e ‘povão’, em ações — veja como os brasileiros investiram no primeiro semestre, segundo a Anbima
O volume total de investimentos dos brasileiros atingiu R$ 7,9 trilhões, impulsionado por CDBs e maior alocação do varejo alta renda
Agenda econômica: PIB na Europa, IPCA no Brasil e últimos balanços; confira os indicadores que movimentam a semana
Os últimos dias da temporada de resultados no Brasil vem acompanhada de uma bateria de indicadores que prometem movimentar mercados globais
China pode se inspirar em regra da União Europeia para importação de carne; entenda o que isso significa para o Brasil
As principais punições previstas na legislação do bloco são a suspensão do comércio importador, a apreensão ou completa destruição de produtos
Mega-Sena acumula em R$ 40 milhões, mas Quina e Lotofácil fazem novos milionários; confira os resultados deste sábado
Quando o assunto é fazer um novo milionário, a Mega-Sena costuma ser destaque. Porém, no último sábado, os maiores prêmios estavam em outras loterias
Plano de contingência ao tarifaço está prestes a sair, e governo tenta aumentar os setores fora da mira de Trump, indica Geraldo Alckmin
O vice-presidente revelou que o plano de contingência vai procurar ajudar as empresas mais afetadas pela tarifa de 50%
Mega-Sena sorteia R$ 9 milhões neste sábado — mas há prêmios ainda maiores no radar neste fim de semana; veja os resultados da sexta-feira
Os apostadores não contaram com a sorte ontem (08). Ainda assim, as loterias podem fazer um novo milionário hoje
Lotofácil tem 2 ganhadores na mesma cidade — saiba por que existe uma chance de eles serem a mesma pessoa
Uma série de coincidências alimenta especulações de que os dois ganhadores do concurso 3463 da Lotofácil poderiam ser, na verdade, um só
Drex abandonará blockchain na próxima fase para entregar solução em 2026, diz jornal
Banco Central acelera agenda e deve lançar versão simplificada, sem tokenização; decisão surpreendeu empresas que testam o projeto
Inflação perde força, mas economia também: gestores têm motivos para ficar otimista com Brasil, mas com cautela
Política monetária mais dura, inflação em desaceleração e dólar pressionado — confira os principais calls de investimento da Kinea, Itaú Asset e Porto Asset
Lotofácil acumulada faz 4 milionários de uma vez só; Quina empaca e Mega volta à cena
Enquanto os ganhadores do concurso 3462 da Lotofácil terão direito a pouco mais de R$ 1 milhão, a Mega-Sena corre hoje valendo R$ 3,5 milhões
COP30 em Belém: proprietários chegam a cobrar mais de R$ 1 milhão por hospedagem para o evento
Sob pressão estrangeira após preços impeditivos, governo corre para oferecer opções mais acessíveis para evento climático da ONU que acontece em novembro
Monopólio da sorte: com aposta mínima, uma pessoa leva sozinha prêmio de quase R$ 100 milhões na Mega-Sena
Enquanto o prêmio em jogo na Mega-Sena agora voltou para o piso, os valores oferecidos pela Lotofácil e pela Quina ficaram mais atrativos
Por que Campos Neto acha que o mundo está em uma encruzilhada — e a solução não está em mais impostos
Em videocast do Nubank publicado nesta terça-feira (5), o ex-presidente do Banco Central diz que, embora o debate sobre tarifas e polarização esteja em alta, o problema é outro
Brasil na mira de Trump: o que o tarifaço de 50% revela sobre a relação com os EUA
No Touros e Ursos desta semana, João Piccioni, CIO da Empiricus Asset, analisa as implicações econômicas e políticas das tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil