O ouro brilhou, mas o Ibovespa também! Já o bitcoin (BTC) comeu poeira… veja a lista dos melhores e piores investimentos de 2025
Principal índice da B3 fechou ano em alta de 34%, acima dos 160 mil pontos, atrás apenas do metal dourado, que disparou
Se alguém dissesse, ao final de 2024, que a bolsa brasileira estaria entre os melhores investimentos do ano, mesmo com Selic a 15% e uma forte alta do ouro, e que dólar e bitcoin (BTC) estariam entre os piores, pouca gente iria acreditar, mesmo no mercado financeiro.
Mas foi exatamente o que aconteceu. Dentre os principais investimentos acompanhados pelo Seu Dinheiro, o ouro teve a maior alta do ano, seguido do Ibovespa.
O contrato de ouro com vencimento em fevereiro de 2026, negociado na Comex, bolsa de commodities de Nova York, fechou o ano em alta de 66,69%, enquanto o GOLD11, ETF brasileiro de ouro negociado na B3, avançou 46,65%.
Já o principal índice de ações da bolsa brasileira subiu 33,95% em 2025, fechando o último pregão do ano, nesta terça-feira (30), aos 161.125 pontos. No início de janeiro, o Ibovespa estava na faixa dos 120 mil pontos.
Logo atrás dos campeões absolutos, os títulos públicos prefixados (Tesouro Prefixado) disputam o terceiro lugar com os fundos imobiliários, com valorizações em torno dos 20%.
A título de comparação, com a Selic em 15% desde meados do ano, o CDI, taxa de juros que baliza as aplicações de renda fixa mais conservadoras, subiu 14,19% no ano. Ou seja, apostar nos mais tradicionais investimentos de risco locais deu bom retorno em 2025, mesmo com os juros nas alturas.
Leia Também
Na verdade, quase todos os investimentos tiveram desempenho positivo no acumulado do ano, ainda que tenham perdido do CDI. As exceções foram as duas lanternas do ranking: o dólar e o bitcoin, ambos com queda acumulada em 2025.
A moeda americana fechou em baixa de 11,18%, a R$ 5,49, na cotação à vista, e queda de 11,13%, a R$ 5,50, na cotação PTAX. Já a principal criptomoeda do mundo caminha para terminar 2025 com uma queda da ordem de 15%, após ter atingido preços recordes neste ano.
Como já mostramos nesta outra reportagem, as principais criptomoedas não se saíram muito bem em 2025.
Veja nas tabelas a seguir, os melhores e piores investimentos de dezembro e de 2025:
Melhores investimentos de dezembro
| Investimento | Rentabilidade no mês |
|---|---|
| Ouro (GOLD11) | 5,76% |
| Dólar PTAX | 3,17% |
| IFIX | 3,14% |
| Dólar à vista | 2,89% |
| Ibovespa | 1,29% |
| Tesouro Selic 2028 | 1,15% |
| Tesouro Selic 2031 | 1,12% |
| CDI* | 1,11% |
| Poupança nova** | 0,67% |
| Poupança antiga** | 0,67% |
| Índice de Debêntures Anbima Geral (IDA - Geral)* | 0,58% |
| Tesouro IPCA+ 2029 | 0,45% |
| Tesouro Prefixado 2028 | 0,12% |
| Bitcoin | -0,24% |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 | -0,48% |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2045 | -1,45% |
| Tesouro Prefixado 2032 | -1,83% |
| Tesouro IPCA+ 2040 | -2,81% |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2060 | -2,90% |
| Tesouro IPCA+ 2050 | -6,95% |
(*) Até dia 29/12. (**) Poupança com aniversário no dia 26.
Todos os desempenhos estão cotados em real. A rentabilidade dos títulos públicos considera o preço de compra na manhã da data inicial e o preço de venda na manhã da data final, conforme cálculo do Tesouro Direto.
Fontes: Banco Central, Anbima, Tesouro Direto, Broadcast e Coinbase, Inc..
Melhores investimentos de 2025
| Investimento | Rentabilidade no ano |
|---|---|
| Ouro (GOLD11) | 46,65% |
| Ibovespa | 33,95% |
| Tesouro Prefixado 2031*** | 21,70% |
| IFIX | 21,15% |
| Tesouro Prefixado 2027*** | 17,23% |
| Índice de Debêntures Anbima Geral (IDA - Geral)* | 15,53% |
| Tesouro Selic 2027*** | 14,45% |
| CDI* | 14,19% |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2055*** | 11,83% |
| Tesouro IPCA+ 2045*** | 11,74% |
| Tesouro IPCA+ 2035*** | 11,56% |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 | 11,38% |
| Tesouro IPCA+ 2029 | 11,36% |
| Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2045 | 10,94% |
| Poupança nova** | 8,22% |
| Poupança antiga** | 8,22% |
| Dólar PTAX | -11,13% |
| Dólar à vista | -11,18% |
| Bitcoin | -15,33% |
(*) Até dia 29/12. (**) Poupança com aniversário no dia 26. (***) Título não mais disponível para compra no Tesouro Direto.
Todos os desempenhos estão cotados em real. A rentabilidade dos títulos públicos considera o preço de compra na manhã da data inicial e o preço de venda na manhã da data final, conforme cálculo do Tesouro Direto.
Fontes: Banco Central, Anbima, Tesouro Direto, Broadcast e Coinbase, Inc..
Brasil a reboque do cenário internacional
O bom desempenho das ações brasileiras e do Ibovespa em 2025 tem mais relação com o que ocorreu no cenário internacional, notadamente nos Estados Unidos, do que propriamente com o Brasil.
É claro que a bolsa brasileira estava — e ainda pode ser considerada — barata, mas um cenário de inflação pressionada, risco fiscal preocupante e taxa básica de juros em alta, estacionando no elevado patamar de 15% ao ano, não é exatamente interessante para os ativos de risco.
Tanto que os fundos de ações e multimercados continuaram a ver uma onda de resgates, enquanto os fundos de crédito privado e debêntures incentivadas — aquelas isentas de imposto de renda — continuaram a atrair uma chuva de recursos dos investidores.
Para o investidor local, a renda fixa, especialmente a pós-fixada (indexada ao CDI) e/ou a isenta de IR, continuou sendo a grande pedida de 2025. De fato, pela tabela, vemos um retorno em torno de 15% para os pós-fixados e um pouco acima disso para as debêntures.
VEJA TAMBÉM: Os ursos de 2025: quem ficou em baixa e quais foram as surpresas do ano?
O gringo de volta à B3
Ocorre que os investidores estrangeiros resolveram retornar para a bolsa brasileira em 2025, mesmo que ainda timidamente. Isso fez parte de um movimento mais amplo de diversificação de carteiras globais para fora dos Estados Unidos, o que incluiu os mercados emergentes como o Brasil.
Alguns fatores levaram a isso. Um deles foi a política tarifária e comercial errática do presidente norte-americano Donald Trump, que abalou um tanto a credibilidade da economia dos Estados Unidos, que já vinha sob o peso do risco fiscal representado pela sua enorme dívida pública.
Outro fator foi a perspectiva de início de cortes de juros nos Estados Unidos, o que de fato se confirmou, reduzindo a atratividade dos títulos públicos norte-americanos e liberando mais recursos na economia para serem investidos em ativos de risco.
Paralelamente, vimos um enfraquecimento global do dólar, não apenas ante o real, mas também em relação a outras moedas fortes e emergentes. O dollar index (DXY), que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de moedas de países desenvolvidos, recuou 9,45% em 2025.
A maior fraqueza do dólar tem a ver com o abalo sísmico na credibilidade norte-americana que o tarifaço causou e com o risco fiscal dos EUA, mas também com uma diversificação de reservas por parte de investidores e bancos centrais globais.
As sanções à Rússia em razão da guerra na Ucrânia, colocando o país de Vladimir Putin à margem do sistema financeiro internacional, evidenciaram os riscos da exposição excessiva das nações ao dólar norte-americano.
Com isso, iniciou-se um movimento geral de diversificação de reservas de valor por parte dos bancos centrais, impulsionando os preços de outras moedas fortes, mas também dos metais preciosos, notadamente o ouro.
Os juros menores pagos pelos títulos do Tesouro norte-americano também contribuíram para impulsionar o metal dourado, além das tensões geopolíticas ao redor do mundo: não só a guerra da Ucrânia, como as disputas entre EUA e Venezuela, as tensões no Oriente Médio e entre China e Taiwan, as quais marcaram este ano.
Nem por isso, porém, as bolsas norte-americanas deixaram de brilhar em 2025. O principal índice de Nova York, o S&P 500, ainda acumulou ganhos de 17,25% no ano, enquanto o Dow Jones subiu 13,69% e o Nasdaq avançou 21,27%.
Boa parte deste desempenho entretanto foi puxado pelas ações de empresas de tecnologia ligadas ao desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA), o que chegou a levar os investidores a questionarem se não poderia haver uma bolha neste mercado.
Embora a maior parte dos especialistas ainda acredite que não, este fator também foi um incentivo para a diversificação das carteiras globais em outros mercados, inclusive geograficamente, dada a concentração massiva em ações norte-americanas que os investidores globais tinham anteriormente.
VEJA TAMBÉM: Os Touros do ano: quem brilhou dentro e fora da economia em 2025
No Brasil, risco fiscal ainda preocupa, mas expectativa é de queda de juros
Ainda que o cenário doméstico não estivesse amigável para os ativos de risco, houve sinais positivos. Em que pese que o risco fiscal e a trajetória da dívida pública ainda preocupem — e não haja sinais de controle de gastos no horizonte —, a queda do dólar e o aperto monetário empreendido pelo nosso Banco Central foram bem-sucedidos em levar a inflação em direção ao centro da meta.
Agora, as perspectivas por aqui também são de cortes de juros, que devem se iniciar em janeiro ou março de 2026, tornando os ativos de risco mais atrativos. E, com isso, ações e fundos imobiliários já começaram a refletir esse otimismo.
Ademais, tudo isso foi conquistado sem grande desaceleração econômica. Pelo contrário, o desemprego permanece nas mínimas históricas e a economia doméstica continua aquecida, o que tem beneficiado o resultado das empresas brasileiras.
Entre os ativos de renda fixa prefixados e indexados à inflação, como o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+, negociados no Tesouro Direto, vimos uma reversão de um movimento anterior de desvalorização e remunerações em alta para um fechamento de taxas com subsequente valorização dos títulos.
Este processo reflete a queda dos juros futuros, notadamente os de prazos mais curtos, com a perspectiva de início de um ciclo de cortes da Selic em breve.
Os títulos mais beneficiados quando os juros básicos estão prestes a ceder e a inflação se mostra mais controlada são justamente os prefixados, que foram os títulos públicos com os melhores desempenhos do ano.
Mais longos, os títulos indexados à inflação ainda estão muito sujeitos aos temores em torno do fiscal, às vésperas de um ano eleitoral que pode definir a trajetória da dívida pública para os próximos anos.
Bitcoin perdeu o fôlego
Até outubro, parecia que o bitcoin tinha tudo para ser um dos melhores investimentos de 2025, mas no último trimestre tudo começou a degringolar.
A regulação das criptomoedas nos Estados Unidos, com um presidente da República pró-cripto e o surgimento de diversos ETFs de ativos digitais na bolsa norte-americana animaram este mercado.
Os ETFs cripto foram um verdadeiro sucesso, consolidando a entrada dos investidores institucionais neste mercado, o que levou o bitcoin a atingir sua máxima histórica em outubro, aos US$ 126 mil.
No entanto, nos meses subsequentes o que se viu foi uma forte realização de lucros, o que derrubou a principal criptomoeda do mundo de volta para baixo dos US$ 90 mil. Em reais, o bitcoin é hoje negociado na faixa dos R$ 480 mil.
Está mais caro comprar imóveis no Brasil: preços sobem 17,14% em 2025, mostra Abecip — mas há sinais de desaceleração
Considerando só o mês passado, na média, os preços subiram 1,15%, depois de terem registrado alta de 2,52% em outubro
Inflação, PIB, dólar e Selic: as previsões do mercado para 2025 e 2026 no último Boletim Focus do ano
Entre os destaques está a sétima queda seguida na expectativa para o IPCA para 2025, mas ainda acima do centro da meta, segundo o Boletim Focus
Novo salário mínimo começa a valer em poucos dias, mas deveria ser bem mais alto; veja o valor, segundo o Dieese
O salário mínimo vai subir para R$ 1.621 em janeiro, injetando bilhões na economia, mas ainda assim está longe do salário ideal para viver
O que acontece se ninguém acertar as seis dezenas da Mega da Virada
Entenda por que a regra de não-acumulação passou a ser aplicada a partir de 2009, na segunda edição da Mega da Virada
China ajuda a levar o ouro às alturas em 2025 — mas gigante asiático aposta em outro segmento para mover a economia
Enquanto a demanda pelo metal cresce, governo tenta destravar consumo e reduzir dependência do setor imobiliário
Como uma mudança na regra de distribuição de prêmios ajudou a Mega da Virada a alcançar R$ 1 bilhão em 2025
Nova regra de distribuição de prêmios não foi a única medida a contribuir para que a Mega da Virada alcançasse dez dígitos pela primeira vez na história; veja o que mais levou a valor histórico
ChatGPT, DeepSeek, Llama e Gemini: os palpites de IAs mais usadas do mundo para a Mega da Virada de 2025
Inteligências artificiais mais populares da atualidade foram provocadas pelo Seu Dinheiro a deixar seus palpites para a Mega da Virada — e um número é unanimidade entre elas
Os bilionários da tecnologia ficaram ainda mais ricos em 2025 — e tudo graças à IA
Explosão dos investimentos em inteligência artificial impulsionou ações de tecnologia e adicionou cerca de US$ 500 bilhões às fortunas dos maiores bilionários do setor em 2025
Quanto ganha um piloto de Fórmula 1? Mesmo campeão, Lando Norris está longe de ser o mais bem pago
Mesmo com o título decidido por apenas dois pontos, o campeão de 2025 não liderou a corrida dos maiores salários da Fórmula 1, dominada por Max Verstappen, segundo a Forbes
Caso Master: Toffoli rejeita solicitação da PGR e mantém acareação em inquérito com Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central
A diligência segue confirmada para a próxima terça-feira, dia 30
Bons resultados do fim de ano e calendário favorável reforçam confiança entre empresários de bares e restaurantes para 2026, aponta pesquisa
O próximo ano contará com dez feriados nacionais e deve estimular o consumo fora do lar
O que aconteceu com o ganhador da Mega da Virada que nunca foi buscar o prêmio
Autor de aposta feita pelos canais eletrônicos da Caixa não reivindicou o prêmio da Mega da Virada de 2020 e o dinheiro ficou com o governo; saiba o que fazer para não correr o mesmo risco
Governo estabelece valor do salário mínimo que deve ser pago a partir de 1º de janeiro; veja em quanto ficou
A correção foi de 6,79%, acima da inflação, mas um pouco abaixo do reajuste do ano anterior
Caso Master: Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central vão depor frente a frente no STF
O objetivo é esclarecer as diferentes versões dos envolvidos na tentativa de compra do Banco Master pelo BRB
Das 4 praias mais limpas do Brasil, as 3 primeiras ficam em ilhas — e uma delas no sudeste
Entre as praias mais limpas do Brasil, três estão em ilhas e apenas uma fica no Sudeste, com critérios rigorosos de preservação ambiental
ACSP aciona Justiça Federal para garantir isenção de Imposto de Renda sobre dividendos de micro e pequenas empresas
A medida é uma reação às mudanças trazidas pela Lei nº 15.270, que alterou as regras do IR
Primeiro foguete comercial lançado pelo Brasil explode no céu; ações de empresa sul-coreana derretem
Após uma série de adiamentos, o Hanbit-Nano explodiu logo após a decolagem no Centro de Lançamento de Alcântara e derrubou as ações da fabricante Innospace
Com atenção voltada para prêmio bilionário da Mega da Virada, Lotofácil abre semana fazendo um novo milionário
Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores ontem; prêmio principal da Super Sete foi dividido por dois apostadores
Ano eleitoral, juros menores e Ibovespa em alta: o que esperar da economia brasileira em 2026
Cenário global favorável para mercados emergentes deve ajudar o Brasil, e trade eleitoral será vetor importante para guiar os investimentos no próximo ano
Só 1 em cada 10 praias de São Paulo está imprópria para banho no início do verão; veja onde
Levantamento da Cetesb mostra melhora em relação ao ano passado e aponta que apenas 1 em cada 10 praias paulistas tem restrição para banho
