🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Tatiana Vaz

GUERRA DAS EXPECTATIVAS

Henrique Meirelles: “não basta o BC tomar decisões técnicas sobre os juros. É preciso mostrar que tem autonomia para fazer o que for necessário”

Na opinião de Meirelles, a nomeação do Galípolo é uma vantagem para o mercado, desde que o BC mantenha uma distância respeitosa do governo e faça o que for preciso

Tatiana Vaz
29 de janeiro de 2025
18:20
Inflação Henrique Meirelles
Imagem: Shutterstock

Não será nenhuma surpresa se na primeira reunião do Copom sob o comando de Gabriel Galípolo divulgar nesta noite (29) a decisão de elevar a taxa de juros em 1%. Para Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, a novidade será apenas a maneira positiva como o mercado pode reagir a partir disso, com o entendimento de que de fato há uma independência do Banco Central com relação ao governo. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O Banco Central consegue a credibilidade com ações concretas. E tem desenvolvido, através de muito tempo, uma série de modelos macroeconométricos que, levando em conta a inflação, expectativa de inflação, questão fiscal, faz uma projeção da inflação futura”, explicou ele. “Ou seja, ele tem todas as condições de decidir e saber como baixar de fato a inflação”.

O problema, segundo ele, é que há uma questão chave neste momento, chamada “expectativa de inflação”, que está desancorada, está elevada. Por isso, de fato, o BC tem que mostrar independência, que é algo que além do que apenas [o controle de uma] taxa técnica.

“Vou dar um exemplo de como aconteceu quando eu estava no BC. A taxa Selic estava muito elevada porque a inflação estava bem pior do que agora, com dois dígitos. Na reunião elevamos a taxa Selic a 26% e lembro que particularmente um dos ministros chamou uma coletiva de imprensa e disse que o presidente Lula não aceitava essa taxa e daria uma ordem para essa taxa baixar. O mercado reagiu no mesmo instante de forma extremamente negativa”.

Meirelles afirma que, na época, aquela taxa já era suficiente, do ponto de vista técnico, para o controle da inflação. Ainda assim, o que o BC fez? “Aumentamos a taxa de juros mais uma vez. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com isso, a inflação caiu e todos se convenceram de que o BC agiria da maneira adequada para que a inflação fosse controlada logo em seguida”, lembrou ele. 

Leia Também

Agora em que o BC já sinalizou que elevará a taxa em 1%, seguida de outros 1% a cada nova reunião do Copom, “uma medida dura”, segundo Meirelles, o ideal é que o BC siga aumentando e tomando as medidas necessárias para demonstrar sua independência com mais firmeza e clareza a todos. 

“Mesmo que isso signifique cortar os juros logo em seguida, que foi o que aconteceu no passado. Porque o mercado está olhando as decisões técnicas do BC, que terá de colocar a taxa de juros [no patamar] em que a inflação realmente se converta à meta”, disse o ex-ministro. “Precisa fazer com que o mercado sinta que as medidas do BC são efetivas, necessárias e suficientes para a inflação de fato convergir para a meta”.

De acordo com Meirelles, no momento que o BC faz isso, ganha as guerras das expectativas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Na época do Roberto Campos aconteceu isso tb. Como ele foi indicado pelo governo Bolsonaro, achavam que não teria autonomia no governo Lula. Agora, com o Galípolo indicado por Lula, desconfiam que a proximidade será grande e que ele não terá autonomia”, disse. 

Na opinião de Meirelles, a nomeação do Galípolo é uma vantagem para o mercado, desde que o BC mantenha uma distância respeitosa do governo e faça o que for preciso.   

Marcos Lisboa: “É preciso aprender com os acertos e erros do passado”

Na opinião de Marcos Lisboa, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, o país está pagando o preço deste descuido fiscal grande, mas com a maturidade de que o problema está sendo apontado a ponto de ser corrigido a tempo. 

Lembrando que, dos anos 80 a 2019, o país passou por 27 anos de bonança e 16 de crise, ele pensa que é muito difícil para quem está dentro e fora do país não encarar o Brasil como uma grande gangorra de altos e baixos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“É preciso aprender com os acertos e erros do passado para não repetir mais, mas não é o que fazemos”, disse ele, dando exemplos de projetos que vira e mexe ameaçam voltar às pautas políticas, mesmo tendo se provado economicamente inviável anos antes. 

“O Brasil tem um potencial de infra-estrutura imensa, com energia, logística... se conseguirmos melhorar as regras do jogo e replicamos as boas ideias, podemos voltar a ver crescimento de verdade”, afirmou ele.

Meirelles e Lisboa: prioridade das reformas

Meirelles e Lisboa falaram juntos no painel sobre a perspectiva histórica da economia brasileira durante o evento do UBS, feito nesta quarta (29) e aproveitaram a ocasião para também falar das reformas (já feitas e ainda necessárias) para o crescimento do país. 

Os dois concordaram que a reforma da previdência, depois do ajuste de salário mínimo na regra de aposentadoria, precisará ser revista e atualizada. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além dessa urgência, há uma outra apontada por Meirelles como prioritária: a reforma administrativa. 

“Acho que o que mais falta para o Brasil é uma reforma administrativa. Porque é preciso diminuir o custo da máquina pública, se não só ficamos nestes cortes pontuais que não resolvem quase nada”, afirmou o ex-ministro da Fazenda. 

Deu como exemplo a construção do trem-bala entre Rio-São Paulo, proposta pela ex-presidente Dilma Rousseff, que não saiu do papel, mas acabou criando empresas de concessão que não puderam ser desfeitas e viraram custos. 

“Só o fechamento dessas empresas que, claro, precisa da aprovação do Congresso, traria um efeito benéfico muito grande para o Brasil”, disse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
CAIXA PAGA HOJE

Bolsa Família libera pagamento para NIS final 4 nesta segunda-feira (15); veja calendário

15 de dezembro de 2025 - 5:32

NIS final 4 recebe hoje a parcela antecipada; programa movimenta R$ 12,74 bilhões em dezembro

SOB PRESSÃO

Governo sobe o tom com a Enel e afirma que não vai tolerar falhas reiteradas e prolongadas

14 de dezembro de 2025 - 16:30

A pasta afirmou que, desde 2023, vem alertando formalmente a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) sobre problemas recorrentes na atuação da empresa

ENTRE OS TUBARÕES

Ele vendeu a empresa por US$ 1 bilhão para a Amazon e tem um conselho para quem quer empreender

14 de dezembro de 2025 - 14:35

Em abril deste ano, ele retornou à Amazon como vice-presidente de Produto da empresa que fundou

O PESO DO IMPOSTO

Carga tributária do Brasil atinge o maior patamar em mais de 20 anos em 2024, segundo a Receita Federal

14 de dezembro de 2025 - 12:33

De acordo com o levantamento, os tributos atingiram 32,2% do Produto Interno Bruto, com alta de 1,98 ponto percentual em relação a 2023

LOTERIAS DO SÁBADO

Mega-Sena acumula, e prêmio sobe para R$ 52 milhões, mas outra loteria rouba a cena

14 de dezembro de 2025 - 10:05

A Lotofácil foi a única loteria a ter ganhadores na categoria principal, porém não fez nenhum novo milionário

A SEMANA DA BOLSA

São Martinho (SMTO3) lidera os ganhos do Ibovespa, e Vamos (VAMO3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações

13 de dezembro de 2025 - 17:47

O principal índice da B3 acumulou valorização de 2,16% nos últimos cinco pregões, se recuperando das perdas da semana anterior

QUEM VAI LEVAR O ESTÚDIO?

Por que os shoppings brasileiros devem se preocupar com a disputa entre Netflix e Paramount pela Warner

13 de dezembro de 2025 - 14:25

Representantes das redes brasileiras de cinema chegaram a criticar a venda da Warner para gigantes do streaming

APAGÃO APÓS VENDAVAL

Enel tem até 12 horas para restabelecer energia em SP, e Ricardo Nunes pede ajuda ao presidente Lula

13 de dezembro de 2025 - 12:27

Em caso de não cumprimento da decisão, a empresa será penalizada com uma multa de R$ 200 mil por hora

SOB INVESTIGAÇÃO

Daniel Vorcaro na CPI do INSS: Toffoli impede colegiado de acessar dados bancários e fiscais do dono do Banco Master

13 de dezembro de 2025 - 11:23

A CPI do INSS havia aprovado a quebra de sigilos e a convocação de Vorcaro para esclarecer a atuação do Banco Master com produtos financeiros

LOTERIAS

Mega-Sena sorteia R$ 44 milhões hoje, e Lotofácil 3561 faz um novo milionário; confira as loterias deste fim de semana

13 de dezembro de 2025 - 9:33

Embora a Mega-Sena seja o carro-chefe das loterias da Caixa, um outro sorteio rouba a cena hoje

QUALIDADE DE VIDA

Cidade que fica a apenas 103km de São Paulo é uma das melhores do Brasil para morar

12 de dezembro de 2025 - 12:20

A 103 km da capital paulista, Indaiatuba se destaca no Índice de Progresso Social por segurança, infraestrutura, serviços públicos e qualidade de vida acima da média

CORRIDA MILIONÁRIA

Mega-Sena 2951 vai a R$ 44 milhões, mas Timemania assume a liderança com R$ 65 milhões; Lotofácil garante sete novos milionários

12 de dezembro de 2025 - 10:21

Mega-Sena e Timemania concentram as maiores boladas da semana, em meio a um cenário de acúmulos que atinge Quina, Lotomania, Dupla Sena, Dia de Sorte, Super Sete e +Milionária  

NIS FINAL 3

Bolsa Família mantém calendário adiantado e paga parcela de dezembro para NIS final 3 nesta sexta (12)

12 de dezembro de 2025 - 5:43

Com liberação antes do Natal, beneficiários com NIS terminado em 3 recebem nesta sexta; valor médio segue em R$ 691,37 com reforço dos adicionais

ANO NOVO, TAXA NOVA

Bruno Serra, da Itaú Asset, diz que Selic cai em janeiro e conta o que precisa acontecer para os juros chegarem a um dígito

11 de dezembro de 2025 - 19:50

O cenário traçado pelo time do Itaú Janeiro prevê um corte inicial de 25 pontos-base (pb), seguido por reduções mais agressivas — de 75 pb ou mais — a partir de março

PERDER O SONO

Tarifas, conflitos geopolíticos, inflação: quais são as principais preocupações dos bilionários para 2026

11 de dezembro de 2025 - 15:59

O receio das tarifas — exacerbado pela política tarifária dos Estados Unidos sob o presidente Donald Trump — é o maior entre os respondentes da pesquisa

O PÓS-COPOM

David Beker, do Bank of America, mantém projeção otimista para os juros: corte de 0,50 p.p. em janeiro e Selic a 11,25% em 2026

11 de dezembro de 2025 - 13:07

Economista-chefe do BofA acredita que o Copom não precisa sinalizar no comunicado antes de fazer qualquer ajuste e mantém olhar otimista para a política monetária

CAIU AÍ?

Ficou sem luz? Veja quanto custa um gerador para sua casa

11 de dezembro de 2025 - 13:01

Com a falta de luz atingindo milhões, veja quanto custa investir em um gerador para manter sua casa funcionando durante apagões prolongados

APOIO AO EMPREENDEDOR

Governo lança pacote “MEI em Ação” com novo app unificado, assistente virtual com IA e capacitações

11 de dezembro de 2025 - 11:32

O app Meu MEI Digital passa a reunir os serviços do Portal do Empreendedor com atalhos para formalização, alteração de dados e emissão de NF-e

DAQUI POUCO MAIS DE 6 MESES

Como comprar ingressos para Copa do Mundo 2026: nova fase abre hoje

11 de dezembro de 2025 - 10:35

Fifa abre nova fase de vendas da Copa do Mundo 2026; veja como se inscrever, participar do sorteio e garantir ingressos para acompanhar os jogos nos EUA, México e Canadá

ÚLTIMO DO ANO

Selic se mantém em 15% ao ano e Copom joga balde de água fria nos mercados ao não sinalizar corte nos juros

10 de dezembro de 2025 - 19:07

O Copom não entregou a sinalização que o mercado esperava e manteve o tom duro do comunicado, indicando que os cortes na Selic podem demorar ainda

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar