Adeus, poupança: Banco Central corre atrás de alternativas para o financiamento imobiliário diante do desinteresse pela caderneta
Com saques em massa e a poupança em declínio, o presidente do BC afirmou que se prepara para criar soluções que garantam o financiamento da casa própria

Por muito tempo a queridinha dos brasileiros, a caderneta de poupança vem enfrentando uma fase difícil nos últimos anos. O crescente desinteresse pela modalidade têm gerado saques relevantes na caderneta — e passou a respingar até mesmo no setor imobiliário.
A fuga da poupança é tamanha que o Banco Central se vê forçado a buscar soluções para garantir o financiamento da casa própria, um setor que sempre contou com a caderneta como principal fonte de recursos (funding).
A afirmação foi feita pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo, que detalhou os planos para adaptar a situação.
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“Estamos trabalhando nisso, conversando com os bancos, especialmente a Caixa, e pretendemos apresentar em breve um processo ponte que vai utilizar a captação de mercado para normalizar isso [as fontes de financiamento para o setor imobiliário]”, afirmou Galípolo, em um evento promovido pela Febraban, na última terça-feira (10).
Atualmente, cerca de 65% dos recursos da poupança são destinados ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), responsável por financiar imóveis de até R$ 1,5 milhão com juros de até 12% ao ano.
Já os imóveis acima desse valor são financiados por meio do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), que usa recursos do mercado, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI).
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Mas, com os saques crescentes e a poupança perdendo relevância, o BC está em busca de alternativas que garantam a continuidade do financiamento imobiliário.
E tudo isso ocorre em um momento em que o governo propõe a taxação de 5% sobre as LCIs — títulos que até então eram isentos de impostos.
Saques em alta: o fim de uma era para a poupança?
Os números não mentem: apesar de uma leve recuperação da poupança em julho, com mais depósitos do que retiradas (R$ 336,87 milhões), o saldo de 2025 pinta um quadro diferente. Entre janeiro e maio, os brasileiros sacaram R$ 51,77 bilhões a mais do que depositaram na caderneta.
Para Galípolo, esse movimento de retirada é reflexo de uma mudança estrutural e definitiva no comportamento dos investidores.
“Acho que a perda de recursos é mais estrutural, já que é difícil de competir com outras alternativas hoje. Parece natural, com mais educação financeira, a redução de recursos da poupança”, afirmou Galípolo.
Desde 2021, a poupança tem registrado mais saques do que depósitos, enquanto opções com maior retorno começam a ganhar cada vez mais terreno.
O que está por trás dessa migração? Os juros elevados tornaram a caderneta menos atrativa, e a facilidade de acesso a investimentos de baixo risco e maior rentabilidade, como títulos do Tesouro Direto, explicam boa parte da perda de interesse pela poupança.
*Com informações da Agência Brasil.
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