À beira do apagão: o (novo) impasse nos Estados Unidos que pode paralisar a maior economia do mundo à meia-noite
Impasse entre democratas e republicanos sobre subsídios de saúde ameaça paralisar serviços federais já a partir de outubro
Assim como Halloween ou Ação de Graças, os Estados Unidos parecem estar criando uma outra tradição, só que na seara econômica: a ameaça de paralisação do governo por um impasse orçamentário.
Se nós ganhássemos R$ 1 a cada vez que tivemos que noticiar um problema nesse sentido nos últimos cinco anos, teríamos ganho pelo menos R$ 4, contando esta terça-feira (30) — o que não é muito, mas espanta que tenha acontecido tanto.
Democratas e republicanos estão travando um embate no Congresso norte-americano que pode paralisar diversos serviços federais. Os legisladores têm até meia-noite de hoje para votar o Orçamento do país para o ano fiscal de 2026, que se inicia em outubro.
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O que está em jogo nos Estados Unidos?
Caso isso não aconteça ou não haja aprovação, departamentos e órgãos do governo devem entrar em shutdown por não contarem com a definição de um financiamento para seguirem operando.
Uma paralisação do governo afetaria diretamente a rotina de centenas de milhares de servidores federais e adicionaria incerteza à economia dos Estados Unidos. Até mesmo o payroll, um dos indicadores de emprego mais relevantes e usado como termômetro para as futuras decisões do Federal Reserve (Fed, BC de lá) sobre cortes de juros, deixaria de ser divulgado, como previsto, na próxima sexta-feira (3).
As atividades classificadas como indispensáveis — voltadas à segurança da população e à proteção de bens — continuariam funcionando. Já os demais órgãos precisariam adotar um plano emergencial, especificando quais áreas seguiriam operando e quantos trabalhadores permaneceriam em serviço durante o período de suspensão.
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No entanto, no Departamento de Estado, por exemplo, menos da metade dos contratados seguiria em atividade. Ainda assim, a emissão de passaportes e vistos não seria interrompida.
Na Receita Federal, a situação seria oposta: todos os 74,5 mil servidores continuariam trabalhando, mesmo diante da paralisação. O ponto sensível é que, para a maior parte dos funcionários que permanecerem nos postos, os salários só seriam pagos quando o impasse orçamentário fosse resolvido. Ou seja, nada de pagamento até uma solução.
O setor aéreo também não esconde a preocupação. Companhias norte-americanas já alertaram que um desligamento parcial do governo poderia afetar diretamente a aviação civil, com risco de atrasos generalizados nos voos.
Como mencionamos, essa situação se tornou comum nos EUA nos últimos anos e geralmente é resolvida de última hora. Mas a disposição de Donald Trump de anular ou ignorar leis de gastos aprovadas pelo Congresso adicionou incerteza.
O ponto de discórdia entre republicanos e democratas
Os partidos apontam um ao outro como responsável se o Congresso não conseguir prorrogar o financiamento do país. “Acho que estamos caminhando para uma paralisação”, disse o vice-presidente do país, J.D. Vance, na segunda-feira (29), após uma reunião com líderes do Congresso na Casa Branca. “Espero que eles mudem de ideia, mas vamos ver.”
O embate envolve US$ 1,7 trilhão em gastos discricionários (despesas que não são estritamente necessárias nem previstas em lei) que mantêm as agências federais, cerca de um quarto do orçamento total, de US$ 7 trilhões. O restante cobre programas de saúde, aposentadorias e o pagamento de juros da dívida pública, hoje em US$ 37,5 trilhões.
O principal ponto de divergência é a extensão dos subsídios do Affordable Care Act (ACA), que ajudam a tornar os seguros de saúde mais acessíveis para milhões de pessoas. Esses subsídios estão prestes a expirar.
Os democratas querem a inclusão desses subsídios no projeto orçamentário, bem como a reversão de cortes no Medicaid (programa de saúde social dos EUA para famílias de baixa renda), que foram feitos recentemente pelo governo.
Os republicanos, por sua vez, defendem que a aprovação do orçamento (ou de uma resolução provisória) deve ocorrer “sem contestações” — ou seja, sem incorporar mudanças de política de saúde no texto principal — para, depois, negociar essas questões separadamente.
Resta aguardar para saber o que vai acontecer desta vez.
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