8 mitos sobre o trabalho que sabotam sua carreira (e como reprogramá-los)
É preciso reconhecer que algumas convicções pré-concebidas atrapalham nossa vida profissional e no ambiente de trabalho, mas é possível mudá-las

Crenças. Crenças limitantes. Escuto o termo e já me reviro na cadeira. Mais um jargão exaustivamente utilizado no mundo dos gurus do autoconhecimento. Decido olhar para o tema sem pré-concepções. Será que isso rende uma boa coluna? Para testar, aciono alguns amigos próximos e pergunto sobre suas próprias convicções em relação ao trabalho.
Bingo! Lá estão elas, presentes e, muitas vezes, à espreita.
Dou o braço a torcer e cá estou, falando sobre esses malditos mandatos que incorporamos em nossas células e modelo mental.
Alguns amigos, já com recursos cognitivos sofisticados e uma boa dose de (auto)análise, alegam ter superado uma longa lista de presunções. Maturidade, dizem eles.
Ainda assim, várias crenças permanecem. Em gradação menor e no campo consciente, mas ainda lá. E, embora pareçam inofensivas, influenciam decisões e escolhas ao longo da carreira.
Crenças: o que ainda nos limita no trabalho?
Vamos a um exemplo prático de como isso funciona. A lógica por trás dos quatro passos é:
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- 1. identificação do pressuposto negativo;
- 2. questionamento do pressuposto;
- 3. criação de uma nova crença; e
- 4. reforço do novo padrão.
Prerrogativa negativa: “Não sou bom (boa) o suficiente para conseguir essa promoção.”
Questionamento: Quais são minhas habilidades e experiências? Quais são os requisitos da vaga? Já conquistei outros objetivos desafiadores?
Novo mandato: “Tenho as qualificações necessárias para a promoção e posso demonstrar meu valor.”
Reforço: “Sou competente, dedicado(a) e tenho muito a oferecer. Vou me preparar para a entrevista e mostrar o meu melhor.”
Conversando com os amigos, me empolguei e listei mais oito crenças sobre o trabalho. Vamos a elas.
#1 - Trabalho deve ser o centro da minha vida, independentemente da fase em que estou.
Questionamento: Quais outras áreas da minha vida estou negligenciando? Qual o custo de tornar o trabalho o eixo central? Como essa mentalidade pode me impactar no longo prazo?
Novo mandato: “O trabalho é uma parte importante da minha vida, mas posso equilibrá-lo com lazer, família e hobbies.”
Reforço: “A importância do trabalho pode variar ao longo da vida. Posso me permitir explorar novos caminhos.”
#2 - O mundo profissional é implacável e as pessoas são falsas. Devo ser sempre desconfiado(a).
Questionamento: Será que todas as pessoas no mundo profissional são falsas? Já tive experiências positivas de colaboração e confiança no trabalho? Quais são os benefícios de construir relações saudáveis com meus colegas?
Novo mandato: “Acredito que posso encontrar pessoas genuínas e construir relações de confiança no trabalho. A colaboração e o respeito mútuo são essenciais para o sucesso profissional.”
Reforço: “Vou me aproximar dos meus colegas com sinceridade e abertura, buscando conexões verdadeiras. Confio na minha capacidade de identificar e me proteger de pessoas mal-intencionadas.”
#3 - Preciso estar sempre disponível e conectado, caso contrário, perco o controle e as coisas dão errado.
Questionamento: O que aconteceria se eu me desconectasse por algumas horas? Minha equipe é capaz de lidar com as situações do dia a dia? Quais os benefícios de ter momentos de descanso e desconexão?
Novo mandato: “Confio na minha equipe e sei que posso me desconectar sem comprometer os resultados.”
Reforço: “Vou estabelecer limites saudáveis entre trabalho e vida pessoal, priorizando meu bem-estar.”
#4 - Não posso tirar férias ou me desligar do trabalho, pois sou insubstituível.
Questionamento: O que aconteceria se eu tirasse férias? Quem poderia me substituir? Quais os benefícios do descanso?
Novo mandato: “Mereço descansar e tirar férias. Minha equipe pode se organizar durante minha ausência, e o descanso me permite voltar renovado(a).”
Reforço: “Vou planejar minhas férias com antecedência e preparar a equipe. Confio nos meus colegas e sei que mereço esse tempo para mim.”
#5 - O fracasso é uma demonstração de incompetência e pode arruinar minha carreira.
Questionamento: O que aprendi com meus erros passados? Como posso usar essas experiências para crescer? Quais exemplos de pessoas superaram fracassos e alcançaram o sucesso?
Novo mandato: “O fracasso é um degrau para o aprendizado e crescimento. Aceito meus erros e os uso como impulso para atingir meus objetivos.”
Reforço: “Vou encarar os desafios com coragem e aprender com cada experiência, seja ela positiva ou negativa.”
#6 - Devo respeitar a hierarquia e evitar expressar minhas opiniões para não causar problemas.
Questionamento: Quais as consequências de não expressar minhas opiniões? Como posso contribuir para um ambiente de trabalho mais colaborativo? Como me comunicar de forma assertiva e respeitosa?
Novo mandato: “Respeito a hierarquia, mas também expresso minhas opiniões de forma construtiva, contribuindo para um ambiente mais transparente.”
Reforço: “Vou me comunicar com clareza e respeito, buscando o diálogo e a colaboração.”
#7 - Demonstrar vulnerabilidade ou cansaço é sinal de fraqueza e pode prejudicar minha imagem de líder.
Questionamento: Quais líderes admiro e como lidam com suas emoções? Como a autenticidade fortalece a conexão com a equipe?
Novo mandato: “Compartilhar minhas vulnerabilidades pode aumentar a confiança e criar um ambiente de trabalho mais humano e autêntico.”
Reforço: “Vou me permitir ser mais transparente com a equipe, mostrando que vulnerabilidade fortalece a conexão e a confiança.”
#8 - Não posso delegar tarefas, pois ninguém fará tão bem quanto eu.
Questionamento: Quais são as habilidades dos meus colegas? Como posso delegar tarefas de forma eficiente? Quais os benefícios de delegar?
Novo mandato: “Confio na minha equipe e posso delegar tarefas com segurança, permitindo que desenvolvam suas capacidades e se responsabilizem pelos resultados.”
Reforço: “Vou delegar tarefas com clareza e oferecer suporte necessário para que todos cresçam juntos.”
Crenças podem ser infinitas, e ficarei feliz em saber quais outras você, caro(a) leitor(a), adicionaria à lista.
Até logo,
Thiago Veras
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