Onde investir em março? As melhores oportunidades em ações, criptomoedas, dividendos, FIIs e BDRs para este mês
No novo episódio do Onde Investir, analistas da Empiricus Research compartilham suas recomendações de olho na Super Quarta, nos resultados da temporada de balanços e no cenário internacional

Se o ano só começa de verdade depois do Carnaval, a partir de agora o mercado entra com o pé no acelerador em 2025. A primeira Super Quarta do ano, marcada para 19 de março, promete atrair atenções, com Brasil e Estados Unidos definindo o rumo das taxas de juros.
Por aqui, o Banco Central (BC) já indicou uma Selic a caminho dos 14,25% ao ano, reacendendo discussões sobre crescimento, inflação e o impacto nos ativos locais.
Enquanto isso, o Ibovespa oscilou em fevereiro, refletindo um cenário político turbulento e a expectativa de uma mudança de governo em 2026.
Na temporada de balanços do quarto trimestre de 2024, a Vale (VALE3) entregou um resultado fraco, mas compensou com dividendos robustos, enquanto a Petrobras (PETR4) surpreendeu negativamente com um prejuízo bilionário.
Diante desse cenário desafiador, onde estão as melhores oportunidades de investimento?
Neste novo episódio do Onde Investir, os times de analistas da Empiricus Research e da Empiricus Gestão trazem as recomendações em ações nacionais e internacionais, empresas com os dividendos mais polpudos, fundos imobiliários e criptomoedas para o mês de março.
Leia Também
Veja o episódio completo do Onde Investir para saber quais são os melhores investimentos para os próximos dias e tenha acesso às carteiras recomendadas completas:
O cenário macroeconômico e os resultados corporativos
Antes do quarto trimestre de 2024, o mercado aumentou as expectativas para os resultados das empresas, já que os trimestres anteriores superaram as previsões.
Agora, a deterioração nos resultados vistos no quarto trimestre indica um cenário desafiador para 2025 — mas não catastrófico, segundo Larissa Quaresma, analista de ações da Empiricus.
No mercado doméstico, o setor de varejo viu uma desaceleração na receita. Além disso, a inflação pressionou as margens e empresas de diversos setores, o dólar alto prejudicou companhias com custos dolarizados, e a Selic elevou o peso das dívidas.
Dentre os destaques do quarto trimestre de 2024, a Suzano (SUZB3) foi o mais positivo da temporada de balanços até agora, assim como outras exportadoras brasileiras.
Segundo Larissa Quaresma, “os ativos de risco estão precificados para além da alta da Selic”. Ela afirma que, ao observar a curva de juros, “o mercado precifica uma Selic de 15,50%, chegando a quase 16%”.
A grande dúvida, segundo a analista, é qual será a sinalização do Banco Central sobre os próximos passos da política monetária.
Para ela, há uma correção de pessimismo exagerado: embora os juros subam em 2025, o impacto não deve ser tão negativo quanto o já refletido nos preços.
Impacto do cenário internacional
Em relação aos Estados Unidos, o Brasil e a América Latina, exceto o México, não estão no foco da guerra comercial de Donald Trump. No entanto, a reciprocidade das tarifas pode gerar tensões em alguns setores, já que o Brasil taxa mais alguns produtos norte-americanos.
Mesmo assim, Quaresma acredita que o País pode se beneficiar dessa disputa conquistando novos mercados em outras regiões. “Trump está colocando tudo isso na mesa para forçar uma negociação, usando a guerra comercial como moeda de troca”, diz.
A incerteza sobre esse tema deve continuar, e isso reforça a necessidade de reavaliar a alocação de capital. Nesse contexto, a tese do “excepcionalismo americano”, que sugere que só vale a pena investir nas big techs e na inteligência artificial, começa a perder força.
Já a sigla BIG (Bonds, International e Gold – renda fixa, bolsas internacionais e ouro) vem ganhando espaço como uma nova tendência a ser monitorada pelos investidores.
VEJA TAMBÉM: cobertura completa da temporada de balanços - Saiba o que esperar do mercado e como se posicionar
As ações para o mês de março
Para o mês de março, a estratégia da carteira Empiricus continua sendo defensiva, considerando as incertezas e os impactos da Selic, da inflação e do dólar.
Em fevereiro, o mercado viu as empresas varejistas registrarem resultados fracos através dos números do quarto trimestre. Por isso, a analista decidiu aumentar o peso de algumas empresas do setor na carteira este mês, mas com um viés mais conservador.
Entre as ações escolhidas, a RD Saúde (RADL3) é um dos destaques, com um potencial de crescimento de 15% ao ano e grande aceitação entre investidores estrangeiros.
Por outro lado, a SLC Agrícola (SLCE3) foi retirada da carteira da Empiricus. Mesmo com um desempenho positivo apesar do dólar mais fraco e a expectativa de uma safra mais forte, a analista acredita que esse potencial “já está no preço” da ação.
Dividendos
Para os investidores que buscam ações com foco em dividendos, a escolha para março é o Banco Itaú (ITUB4).
Para Ruy Hungria, o banco tem conseguido superar os momentos difíceis da economia brasileira com crescimento acima dos concorrentes e do esperado pelo mercado.
E, segundo ele, é justamente esse bom desempenho que permite um aumento na distribuição de dividendos aos acionistas — que, no caso do Itaú, são pagos mensalmente.
Outro ativo selecionado foi a Eletrobras (ELET3), cuja negociação com a União pode trazer impactos importantes para a empresa, inclusive na distribuição de proventos.
Fundos Imobiliários
Em fevereiro, o índice de fundos imobiliários (IFIX) terminou o mês com uma alta de 3,3%, a primeira em cinco meses. Mas, segundo o analista Caio Araújo, o ano de 2025 tende a ser marcado por volatilidade do setor.
Ele lembra que uma eventual derrubada do veto da isenção do Imposto de Renda para FIIs e Fiagros, atualmente discutido pelo governo, pode ser um gatilho positivo para o mercado de fundos imobiliários em março — embora a macroeconomia ainda seja o fator predominante.
Dentre as opções mais seguras, o analista indica os fundos de shoppings tradicionais, que oferecem estabilidade de proventos e alta taxa de ocupação.
Neste mês, a recomendação é o Hedge Brasil Shoppings (HGBS11), que conta com um dividend yield de dois dígitos e um potencial de valorização de cerca de 15%.
E MAIS: Analista revela qual a recomendação para as ações da Petrobras (PETR4) após o resultado do 4T24
Ações internacionais
Com o tarifaço dos EUA, o mercado tem reduzido a exposição às ações das big techs norte-americanas. Por outro lado, as ações chinesas, como Alibaba (BABA34), dispararam em fevereiro, e o efeito da DeepSeek reforçou a relevância da China no setor de tecnologia.
Para março, o analista Enzo Pacheco mantém o Brazilian Depositary Receipts (BDR) da “Amazon chinesa” na carteira, mas reduzindo o peso de 15% para 5%.
Isso porque, no final do ano passado, as ações do Alibaba passaram por um forte rali, impulsionado pelos estímulos do governo chinês, mas depois devolveram os ganhos.
Embora o cenário atual não seja exatamente o mesmo, a recomendação é evitar investimentos de risco no curto prazo, já que há uma expectativa de realização de lucros nos BDRs da empresa.
Para o mês de março, a estratégia, segundo o analista, é adotar um caráter mais tático, aumentando a exposição a ações que, na visão dele, sofreram quedas devido a reações exageradas do mercado. Entre elas, estão UnitedHealth (UNHH34) e Coinbase (C2OI34).
Já a exposição às ações da Dell (D1EL34) foi reduzida, apesar da visão positiva sobre a empresa. Além disso, o BDR da Microsoft (MSFT34) saiu da carteira, dando lugar à Meta (M1TA34).
Criptomoedas
No mês passado, o mercado global de criptomoedas passou por uma forte correção. O bitcoin (BTC), por exemplo, que havia ultrapassado US$ 104 mil em janeiro, caiu cerca de 15%, sendo negociado em torno de US$ 84.700 no final de fevereiro.
Essa queda foi atribuída a diversos fatores, entre eles o colapso da criptomoeda $LIBRA, nova criptomoeda promovida por Javier Milei, presidente da Argentina, e que abalou o mercado e a confiança dos investidores. Além disso, um ataque hacker de US$ 1,5 bilhão na exchange Bybit aumentou o nervosismo entre os investidores.
Embora fevereiro não tenha sido positivo em termos de rentabilidade, o mês trouxe avanços importantes em regulação, de acordo com o analista Marcello Cestari.
Por isso, a recomendação de Marcello Cestari para o momento é priorizar investimentos em criptos com fundamentos sólidos e narrativas coerentes no longo prazo, evitando ativos especulativos como as memecoins.
Confiança em xeque: mercado de capitais brasileiro recebe nota medíocre em pesquisa da CVM e especialistas acendem alerta
Percepção de impunidade, conflitos de interesse e falhas de supervisão reforçam a desconfiança de investidores e profissionais no mercado financeiro brasileiro
Prio (PRIO3) sobe no Ibovespa após receber licença final para a instalação dos poços de Wahoo
A petroleira projeta que o início da produção na Bacia do Espírito Santo será entre março e abril de 2026
Dólar vai abaixo dos R$ 5,30 e Ibovespa renova máximas (de novo) na expectativa pela ‘tesoura mágica’ de Jerome Powell
Com um corte de juros nos EUA amplamente esperado para amanhã, o dólar fechou o dia na menor cotação desde junho de 2024, a R$ 5,2981. Já o Ibovespa teve o terceiro recorde dos últimos quatro pregões, a 144.061,64 pontos
FII BRCO11 aluga imóvel para M. Dias Branco (MDIA3) e reduz vacância
O valor da nova locação representa um aumento de 12% em relação ao contrato anterior; veja quanto vai pingar na conta dos cotistas do BRCO11
TRXF11 vai às compras mais uma vez e adiciona à carteira imóvel locado ao Assaí; confira os detalhes
Esse não é o primeiro ativo alugado à empresa que o FII adiciona à carteira; em junho, o fundo já havia abocanhado um galpão ocupado pelo Assaí
Ouro vs. bitcoin: afinal, qual dos dois ativos é a melhor reserva de valor em momentos de turbulência econômica?
Ambos vêm renovando recordes nos últimos dois anos à medida que as incertezas no cenário econômico internacional crescem e o mercado busca uma maneira de se proteger
Do Japão às small caps dos EUA: BlackRock lança 29 novos ETFs globais para investir em reais
Novos fundos dão acesso a setores, países e estratégias internacionais sem a necessidade de investir diretamente no exterior
Até onde vai o fundo do poço da Braskem (BRKM5), e o que esperar dos mercados nesta semana
Semana começa com prévia do PIB e tem Super Quarta, além de expectativa de reação dos EUA após condenação de Bolsonaro
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
Anita Scal, sócia e diretora de Investimentos Imobiliários da empresa, afirma que a perspectiva de um ciclo de queda da taxa de juros no Brasil deve levar as cotas dos fundos a se valorizarem
TRXF11 abocanha galpão locado pelo Mercado Livre (MELI34) — e quem vai ver o dinheiro cair na conta são os cotistas de um outro FII
Apesar da transação, a estimativa de distribuição de dividendos do TRXF11 até o fim do ano permanece no mesmo patamar
Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?
Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista