Na onda das recompras de ações na B3, elas escolheram esperar: as empresas que ‘deram um tempo’ nos seus programas, segundo o Itaú BBA
Segundo o Itaú BBA, empresas do setor de transporte e bens de capital não têm feito novas recompras de ações, mesmo com programas em aberto

Em meio a um mercado pessimista com a perspectiva de juros mais altos e desaceleração econômica, as empresas brasileiras vêm sendo negociadas a valores descontados na B3, o que levou muitas delas a empreenderem programas de recompra de ações bilionários.
No ano passado, as companhias não financeiras recompraram R$ 26 bilhões de seus próprios papéis em bolsa, e o BTG Pactual estima a tendência deve continuar neste ano. Se totalmente executados, os programas de recompra em aberto hoje somam R$ 64,5 bilhões, segundo o banco.
Programas de recompra de ações geralmente são vistos com bons olhos pelos investidores, pois significam que as pessoas que mais conhecem o negócio consideram seus papéis baratos e atrativos. As recompras também são uma forma de dar retorno ao acionista que permanece na base da companhia.
- SAIBA MAIS: É hoje – estratégia do ‘robô da bolsa’ mostra como brasileiros podem buscar média de até R$ 500 por dia
No entanto, algumas empresas com programas de recompra de ações em aberto parecem ter escolhido "esperar para ver" e deram um tempo nas aquisições de papéis, observa o Itaú BBA.
O banco analisou as recompras entre as empresas de sua cobertura em dois setores: o imobiliário e o de transportes e bens de capital.
No setor imobiliário, "as condições macroeconômicas desafiadoras resultaram em valuations baratos – e as companhias concordam", dizem os analistas Daniel Gasparete, Luiz Capistrano, Mariangela Castro e Alejandro Fuchs.
Leia Também
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) lideram quedas do Ibovespa. O que está por trás das perdas das ações?
Eles acreditam que a força vendedora das ações do setor e a falta de gatilhos otimistas no curto prazo criaram uma assimetria nas avaliações das companhias.
"Por exemplo, Cyrela (CYRE3) negociando a 0,75 vez sua relação preço/valor patrimonial (P/VP) após entregar os melhores resultados operacionais da história da companhia", diz o relatório.
Assim, os analistas observam que as companhias incrementaram seus programas de recompra de ações, e a maioria deles não está nem perto de ser concluída. Destaque para a Multiplan (MULT3), que já recomprou 90 milhões de papéis (31% do seu free float atual).
'Esperar para ver'
No setor de transportes e bens de capital, entretanto, o comportamento das empresas é um pouco diferente.
Segundo os analistas do Itaú BBA, a maioria das companhias sob sua cobertura – Vamos (VAMO3), Localiza (RENT3), Marcopolo (POMO4), Movida (MOVI3), JSL (JSLG3), Rumo (RAIL3) e Tupy (TUPY3) – tem evitado recomprar as próprias ações em meses recentes, mesmo em meio à performance fortemente negativa dos papéis, com um recuo médio de 30% na bolsa.
"Apesar dessas correções de preço, a maior parte das companhias parece ter adotado uma postura 'esperar para ver', embora elas mantenham programas de recompra ativos", diz o relatório.
A exceção, observam os analistas, é a Tupy (TUPY3), que deu um gás nas suas recompras no último mês de dezembro.
"Nós mantemos nossa preferência por ações que demonstram tendências de curto prazo favoráveis e valuations atrativos, com Weg (WEGE3), Embraer (EMBR3) e Marcopolo (POMO4) como nossas top picks", concluem.
Uma renda nem tão fixa assim: Ibovespa reage a balanços enquanto investidores monitoram Trump e decisão de juros na Inglaterra
Itaú reporta lucro líquido maior do que se esperava e anuncia dividendos extraordinários e recompra de ações multibilionária
Itaú (ITUB4) lucra R$ 10,88 bilhões no 4T24 e anuncia dividendos extraordinários e recompras de R$ 18 bilhões
Sem surpresas, principais linhas do balanço do bancão vieram em linha com o esperado por analistas, e valor da distribuição extra ficou um pouco abaixo
Vem IPO de FII por aí: construtora aposta em residenciais para aluguel e anuncia novo fundo imobiliário na bolsa
IPO do fundo imobiliário da Neoin deve ocorrer ainda em 2025 e, apesar do cenário de turbulências no mercado, a construtora aposta na expansão dos negócios
Vale mais do que dinheiro: demanda por ouro bate recorde em um ano e investimentos explodem
Os preços mais elevados do metal precioso, no entanto, têm afetado em cheio do mercado de joias, que deve continuar em baixa em 2025
Santander (SANB11) tem fome de rentabilidade, mas ROE de 20% não virá em 2025, diz CEO; ações saltam na B3
Para Mário Leão, 2024 foi o “ano da consolidação da transformação” do banco — mas os próximos meses pedirão cautela, especialmente em meio à volatilidade do cenário macroeconômico
Embraer fecha maior acordo da história, no valor de até US$ 7 bilhões, com empresa dos EUA; EMBR3 lidera altas do Ibovespa
A Embraer Executive Jets anunciou um contrato de compra com a empresa de aviação privada americana Flexjet para uma frota de jatos executivos e um pacote de serviços
Um (dilema) Tostines na bolsa: Ibovespa reage a balanços e produção industrial em dia de aversão ao risco lá fora
Santander Brasil é o primeiro bancão a divulgar balanço do quarto trimestre de 2024; Itaú publica resultado depois do fechamento
Santander Brasil (SANB11) tem lucro de R$ 13,8 bilhões em 2024; resultado do 4T24 fica acima das projeções
Um dos destaques do resultado foi a rentabilidade. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) encerrou o trimestre na marca de 17,6%
Itaú no topo outra vez: ITUB4 é ação favorita dos analistas para investir em fevereiro, com dividendos extras e balanço do 4T24 no radar
O gigante do setor financeiro acumulou sete recomendações entre as 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro; veja o ranking de indicações para este mês
O gringo está de olho na bolsa brasileira: estrangeiros injetam R$ 6,8 bilhões na B3 em janeiro — o maior valor desde agosto
Este é o maior valor investido pela categoria em um único mês desde agosto de 2024, quando o ingresso de recursos somou R$ 10,013 bilhões
Sem pressão no balanço? Braskem (BRKM5) lidera ganhos do Ibovespa em meio a ‘alívio’ da Fitch Ratings sobre provisões para Alagoas
Segundo relatório da agência de classificação de risco, o acréscimo nas provisões não deve impactar os indicadores como liquidez e fluxo de caixa livre (FCF)
Pode ficar pior para a Petrobras (PETR4)? Ações caem após dados de produção; saiba o que fazer com os papéis agora
A estatal divulga no dia 26 de fevereiro o resultado financeiro do quarto trimestre de 2024 e os analistas dizem o que esperar — inclusive sobre os proventos bilionários
Magazine Luiza (MGLU3) afunda quase 5% na bolsa após ata do Copom e lidera as perdas do Ibovespa hoje. O que está por trás do tombo?
A gigante do varejo não é a única no vermelho nesta sessão. No pódio de maiores quedas, a CVC (CVCB3) vem logo na esteira, com quedas da ordem de 4,55%
Spotify ‘samba’ no lucro do 4T24, mas aumento no número de usuários faz ação saltar no pré-mercado; veja os números
Balanço da Spotify Technology mostra alta de 12% no número mensal de usuários ativos, chegando a 675 milhões – o melhor 4º trimestre da história da companhia
A próxima “Grande Aposta” está no Brasil? Os gestores que lucraram na crise financeira de 2008 dizem que sim
“Você está falando apenas do mercado que acabou de ter dividend yield de 10% apenas no índice”, disse Peter Collins, sobre a bolsa brasileira
Um olho na estrada, outro no retrovisor: Ibovespa reage à ata do Copom enquanto se prepara para temporada de balanços
Investidores também repercutem a relatório de produção e vendas da Petrobras enquanto monitoram desdobramentos da guerra comercial de Trump
Dos dividendos do Itaú (ITUB4) aos impactos do agro no Banco do Brasil (BBAS3): o que esperar dos resultados dos bancos no 4T24
Mercado espera Itaú mais uma vez na liderança entre os bancos tradicionais e alguma cautela com as perspectivas do Nubank; saiba o que esperar
Eneva (ENEV3) é ‘oportunidade única de compra’ e ação pode subir até 40%, diz Itaú BBA – veja o principal gatilho
Em relatório, analistas do banco afirmam que a companhia é ‘uma das melhores alocadoras de capital da cobertura’
A Petrobras (PETR4) não está sozinha: estatal tem companhia entre as ações favoritas do Itaú BBA no setor de óleo e gás
Os analistas destacaram positivamente o anúncio do aumento de reajuste do diesel, que fortaleceu a “a autonomia da empresa na execução de sua estratégia comercial”
Fim da linha para a Weg (WEGE3)? A onda de tarifas de Trump é uma marola ou um tsunami para a queridinha da bolsa?
As ações da companhia operam em queda nesta segunda-feira (3) na B3, acompanhando a aversão ao risco que tomou conta os mercados mundo afora depois do tarifaço do republicano