Ibovespa renova recorde histórico intradia após pesquisa que coloca Tarcísio à frente de Lula; corte de juros também embala os ganhos
No mercado de câmbio, o dólar à vista oscila desde a abertura, mas entra na tarde desta quinta-feira (28) operando em queda

O apetite por risco está dando às caras no mercado brasileiro nesta quinta-feira (28). O Ibovespa opera em forte alta, renovando o recorde histórico intradia ao superar 141.563 pontos, embalado pela expectativa de corte de juros nos EUA em setembro e pela pesquisa Atlas, que indicou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem vantagem sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas intenções de voto para a eleição de 2026.
“Acredito que o mercado deve continuar [subindo], é o rally da eleição começando. Toda a pesquisa que o governador Tarcísio aparecer na frente, o mercado deve responder com alta, já que ele seria um presidente que tenderia a fazer uma uma política econômica mais próxima do que o mercado deseja”, diz Gabriel Mollo, analista de investimentos da Daycoval Corretora.
A cereja do bolo dos ganhos da bolsa, segundo analistas, é o dado recente de inflação e atividade, que reforça a percepção de que os juros no Brasil também devem começar a cair no início de 2026 ou até mesmo em dezembro deste ano, o que aumenta a atratividade da renda variável, ofuscando as preocupações com os efeitos das tarifas dos EUA sobre os produtos brasileiros.
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“Os outros indicadores dos EUA, como a segunda leitura do PIB e pedidos de desemprego, vieram em linha, o que reforça a ideia de que os juros devem ser cortados lá e aqui, provavelmente, no primeiro trimestre de 2026”, afirma Mollo.
Por volta de 12h05, o Ibovespa subia 1,80%, aos 141.705,25 pontos. No mercado de câmbio, o dólar à vista tinha queda de 0,11%, cotado a R$ 5,4113. A moeda vem alternando entre perdas e ganhos desde o início do pregão, às 9h.
Entre as maiores altas do dia, destacam-se a Raízen (RAIZ4), que sobe 9,43%; Magazine Luiza (MGLU3), que avança 8,64%; e a Ultrapar (UGPA3), que tem alta de 8,18%.
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No caso de Raízen e Ultrapar, vale lembrar que as empresas são distribuidoras de combustíveis e sobem depois que, na manhã de hoje, a Receita Federal colocou em curso a operação Carbono Oculto na Faria Lima e em outras dezenas de endereços. O Seu Dinheiro contou em detalhes a operação e você pode conferir aqui toda a história.
Suzano (SUZB3), Hypera (HYPE3) e RD Saúde (RADL3) apareciam entre as maiores quedas do Ibovespa no início da sessão, mas por volta de 12h05, só a Brava Energia (BRAV3) recuava (-0,50%).
A pesquisa que mexe com o Ibovespa
A pesquisa que impulsiona o Ibovespa foi divulgada mais cedo pela AtlasIntel/Bloomberg e aponta que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, numericamente à frente de Lula em um eventual segundo turno das eleições de 2026. O republicano teria 48,4% das intenções de voto contra 46,6% do petista, resultado que configura empate técnico no limite da margem de erro do instituto.
O levantamento indica ainda que Lula empata numericamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ambos com 48,3%. Nos demais cenários de segundo turno, Lula venceria com margem confortável. Contra o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), teria 46,9% das intenções de voto ante 41,1%. No embate com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), registraria 47,1% contra 40,9%.
O presidente também superaria o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), por 46,7% a 40,3%. Já contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), abriria a maior vantagem: 47,2% a 24,9%.
Nos cenários de primeiro turno, Lula lidera em todas as simulações. Quando o principal adversário é Tarcísio, o petista aparece com 44,1% das intenções de voto — queda em relação aos 48,5% registrados em julho. Tarcísio soma 31,8%, também em recuo frente aos 33% anteriores. Os demais nomes, incluindo Zema e Ratinho, alcançam juntos 16,7%.
Tarcísio também figura em segundo lugar quando o candidato governista é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Nesse cenário, Haddad teria 36,2% contra 32,2% do chefe do Executivo paulista, enquanto o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece em terceiro, com 7,5%.
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Os dados nos EUA
Dois dados que saíram hoje nos EUA também mexem com o Ibovespa: o PIB norte-americano e o índice de preços para gastos pessoais (PCE, na sigla em inglês) — a medida preferida do Federal Reserve (Fed) para a inflação.
A segunda estimativa do Departamento de Comércio do país mostrou que o PIB dos EUA teve alta anualizada de 3,3% no segundo trimestre de 2025. A primeira leitura, divulgada há cerca de um mês, havia apontado avanço de 3%. A previsão de analistas consultados pela FactSet para a segunda estimativa era de alta de 3,2%. No primeiro trimestre de 2025, o PIB norte-americano mostrou contração anualizada de 0,5%.
Para a Capital Economics, a revisão do PIB dos EUA no segundo trimestre confirma um cenário de crescimento mais sólido, impulsionado por consumo e, sobretudo, por investimentos em tecnologia. A consultoria britânica chama atenção também para o efeito das tarifas nas empresas norte-americanas. Segundo a análise, "apesar do impacto das tarifas, os lucros corporativos totais aumentaram 1,7%", resultado atribuído à capacidade das companhias de absorver parte dos custos adicionais.
Já o PCE subiu ao ritmo anualizado 2% no segundo trimestre, de acordo com a segunda estimativa do Departamento de Comércio do país. O resultado veio abaixo da primeira leitura, de 2,1%, e acelerou em relação ao avanço registrado no trimestre anterior, de 3,7%.
Com esses dados nas mãos, os investidores correm para ajustar suas apostas no corte de juros nos EUA, quem vêm sendo mantidos na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano desde dezembro.
De acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group, para setembro, as chances de um corte de 25 pontos-base (pb) nos juros recuou marginalmente de 87,3% para 85,3% após os indicadores. A possibilidade de manutenção dos juros, por outro lado, ganhou ligeira força, de 12,7% para 14,7%.
Para o acumulado até dezembro, a chance estimada de redução de juros em 50 pb até o fim do ano segue como principal, mas teve pequena redução, de 49,5% para 49,3%. A probabilidade de corte maior, de 75 pb, passou de 36,5% para 35,8%, enquanto a de uma redução de 25 pb subiu de 13% para 13,8%. O cenário de manutenção dos juros durante todo o ano era de 1,1% após a divulgação dos dados econômicos.
Por volta de 12h05, o Dow Jones recuava 0,19%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq avançavam 0,06% e 0,36%, respectivamente. O mercado norte-americano opera de olho também na Nvidia, que divulgou resultados trimestrais na noite anterior e você pode conferir aqui. As ações NVDA recuam 0,91%.
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